terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Chegou 2013!!!

Meus amigos...

2012 ficou para trás... o Mundo não acabou e mais um ano se inicia.

Pois é, 2013 já chegou. O tempo passou tão rápido nesse último ano que já estamos a poucos dias do Carnaval. E como dizem que o ano só começa pra valer depois do Carnaval...

Sendo assim, vamos dar início também as postagens deste ano falando um pouco sobre o que passou e o que ainda está por vir.

Em 2012, tivemos uma série de acontecimentos que nos levaram a uma séria reflexão quanto a alguns temas importantes no que diz respeito a maior festa popular do planeta.

Em janeiro, mais uma Escola de Samba de São Paulo sofreu com um incendio em seu barracão a poucos dias do Carnaval. A vítima da vez foi a Mocidade Alegre (que viria a ser a campeã). Seu barracão, como o de muitas outras Escolas fica localizado em baixo de um viaduto e as condições de trabalho que não são as mais favoráveis acabam facilitando que essas catastrofes aconteçam cada vez com mais frequência.

Para isso, a Prefeitura de São Paulo anunciou atravez do agora ex-prefeito Gilberto Kassab que as obras da Fabrica do Samba (a versão paulistana da Cidade do Samba) enfim iriam começar. Hoje podemos ver com bastante clareza o que será o complexo que irá reunir os barracões das 14 agremiações que compõe o Grupo Especial de São Paulo. Em primeira vista, o projeto parece inclusive mais arrojado que o da Cidade do Samba. Mas é claro, temos de esperar a conclusão total da obra para poder opinar.

Durante os Ensaios Técnicos este ano, tivemos um show de desorganização e despreparo por parte dos seguranças contratados pela São Paulo Turismo, que proibiam o acesso dos populares da área de concentração do sambódromo para as arquibancadas, enquanto algumas pessoas eram tranquilamente levados até as frisas da pista por diretores, presidentes e até mesmo por harmonias das Escolas de Samba. Em alguns momentos, os seguranças agiam com violência. Um absurdo, afinal, quem faz o Carnaval de São Paulo ser o mega evento que é, são os apaixonados pela folia e que prestigiam em peso os ensaios gerais no Anhembí.

A venda de ingressos para o Carnaval também foi um ponto negativo. Quem assim como eu estava na imensa fila formada nas bilheterias do Parque Anhembí no primeiro dia de comercialização das entradas viu um show de desorganização e descaso para com o público. Além de horas esperando na fila, os atendentes dificultaram a venda, pois não havia sequer tabela de preços, setores disponíveis para venda e muito menos sistema nos computadores. Sem contar um famoso intérprete de uma grande Escola da Zona Norte de São Paulo comprando inacreditáveis 300 bilhetes (o limite por pessoa era de 5 ingressos). Nos dias seguintes a venda foi mais tranqüila.

Já no que diz respeito aos desfiles, esses demonstraram a maturidade da administração Paulo Sergio Ferreira na Liga Independente. As duas noites de desfile do Grupo Especial, o domingo com o Grupo de Acesso e a terça-feira com a apresentação das agremiações do Grupo I da UESP, foram de tranquilidade e com a maior segurança possível. Os desfiles foram à cima do esperado e o público que compareceu em peso ao sambódromo pode sair satisfeito com o que viu.

Em contrapartida, a apurtação dos desfiles foi o caos. Após uma sucessão bizarra de notas, um integrante com a camisa da diretoria da Império de Casa Verde acabou invadindo a área onde se encontrava o locutor oficial da apuração e rasgou as planilhas com as notas de um julgador, o que acabou por dar como encerrada a apuração e a consequente proclamação da Mocidade Alegre como a grande campeã de 2012. A revolta acabou ficando com a Rosas de Ouro, que brigava ponto a ponto com a Mocidade pelo título, com a Gaviões da Fiel que recebeu a absurda nota 8.9 (em um julgamento fracionado em 0.1 a nota mínima deveria ser 9) de uma julgadora bem tendenciosa e com isso acabou ficando na modestíssima 9° colocação e das rebaixadas Pérola Negra (essa com desfile para figurar entre as 5 primeiras) e Camisa Verde e Branco. Após algum tempo, os animos esfriaram, a Império de Casa Verde foi a única piunida (perdeu o direito de receber a verba para 2013) e tudo ficou por isso mesmo.

Depois do ocorrido, o então prefeito Gilberto Kassab chegou a se revoltar contra a Liga e inclusive anunciou que à partir de 2013 era a Prefeitura de São Paulo quem tomaria conta da organização dos desfiles. O que para o bem geral da nação acabou não acontecendo. A medida de Kassab visava inclusive proibir a entrada do público nos Ensaios Técnicos. Um absurdo.

Com o passar do tempo, os enredos surgiram, os sambas de enredo foram escolhidos, as movimentações de bastidores se intesificaram e no último dia 15 de dezembro com uma grande festa (prejudicada pela chuva) no sambódromo do Anhembí o CD e a Revista do Carnaval 2013 foram lançados.

Até o momento, fica evidente que algumas lições foram tiradas de tudo o que aconteceu em 2012.

A maior certeza que tenho no entanto é que a cada ano os artistas do samba se superam. Tenho rodado alguns barracões, ateliês e quadras e podem ter certeza de uma coisa: tudo o que li, vi e ouvi me surpreendeu positivamente.

Já dos próximos dias, matérias na TV, nas rádios, nos jornais e na internet vão mostrar um pouco do que as Escolas de Samba paulistanas estarão levando para o Anhembí à partir do dia 8 de fevereiro e vocês poderão confirmar o que estou dizendo.

Aqui mesmo no blog vocês poderão conferir algumas matérias especiais bem como os palpites para os desfiles de São Paulo e do Rio de Janeiro. Será dada uma atenção especial aos Ensaios Técnicos e a movimentação nos barracões. Tudo para que vocês meus amigos possam estar cada vez mais próximo do dia-a-dia de quem faz esse grande espetáculo acontecer.

Vamos juntos rumo a um 2013 de grandes realizações!!!

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