sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Confira a sinopse da Gaviões da Fiel para o Carnaval 2013

GRÊMIO GAVIÕES DA FIEL TORCIDA
CARNAVAL 2013
ENREDO: "SER FIEL É A ALMA DO NEGÓCIO!"


Sinopse do Enredo

Extra! Extra! Muita atenção! Os Gaviões vêm anunciar!

Nós somos da Fiel Torcida! Temos o orgulho de dizer que esse coração que explode na avenida pulsa forte junto com a nação Corinthiana. Essa é a nossa paixão, essa é a nossa cara! A dedicação, o amor em preto e branco.

Hoje é dia de samba; é dia da Torcida que samba mostrar o seu potencial, a sua garra. Vamos alçar vôo rumo ao infinito, voar ao limite do céu e de lá trazer o nosso orgulho. Podem confiar em nossa Escola, podem acreditar, a Gaviões não acabou e nunca vai acabar, porque aqui, cada elo da corrente, que nunca será quebrada, é um Gavião disposto a lutar pelos nossos ideais.

Grita forte, meu povo! Vamos estremecer a arquibancada! Mostrar a todos quem somos de verdade! Podem chegar, apreciar e comprem a ideia dos Gaviões:

Seu Cabral ia navegando quando alguém logo foi gritando:

Terra à vista!
Foi descoberto o Brasil
A turma gritava: Bem vindo Seu Cabral!
"Escreva aí, oh Caminha, para nosso querido Rei
Que a terra é linda e generosa, que é gente muito bondosa"(...)
Comercial televisivo da Varig nas décadas de 50 e 60

Foi assim, ora pois, que Caminha descreveu nossa terra tropical: de águas infindas, vasta, onde nela tudo dá.

Melhor propaganda que essa não há! Na carta ao Rei, os bons ares de Vera Cruz.

O descobrimento de um paraíso, o Éden de além mar! Flora exuberante, terra generosa, tudo registrado no primeiro reclame brasileiro.

E os índios de cá também queriam negociar, mercadoria foi o que não faltou, do artesanato aos animais. Papagaios e araras, ou apenas papagaios, que num toque de criatividade - com um pouco de urucum - viravam araras!

Na roda do tempo, a Gazeta chegava para conquistar a imaginação dos leitores, trazendo novidades que contagiaram as cidades brasileiras. Anúncios diversos começavam a salpicar as páginas da história.

"Esse é forte! Trabalhador! Bom de lavoura!". As propagandas de escravos circulavam nos jornais da época e corriam chão pelas fazendas. Os grandes Barões, senhores do café, iam aos mercados e negociavam pelo que viam nas folhas matinais.

E de terras orientais chegaram novos comerciantes. Chegaram os mascates!

De casa em casa, vendiam as especiarias em seus pregões, cantados ou falados. Os verdadeiros vendedores ambulantes!

Quem diria, nosso povo já se mostrava conhecedor da boemia.

Apreciador do sabor da paixão nacional, orgulho de ser pioneira!

Senhoras e senhoritas, a famosa Gaviões da Fiel apresenta o primeiro capítulo da empolgante novela!

O som começa a dar ritmo à imaginação.

O sonho de consumo da sociedade passa a ser sintonizado pelos rádios brasileiros. Atenção, atenção! Ouçam o início das radionovelas! Marcou a diferença em nossos programas de auditório, jingles que brincavam com o inconsciente. Ah... que maravilha é esse produto! É bastante bom, de mil e uma utilidades !

Tem notícia! Os comerciais estão anunciando, vem chegando o Repórter Esso! As notícias tristes da Segunda Grande Guerra se transformavam em assuntos de publicidade.

Já nas caixas de imagem vi surgir aquela moça, trazendo um sabor imcomparável. As garotas-propaganda conquistavam o público com um carisma encantador.

Bordões e personagens vão surgindo, a televisão foi se consagrando como grande companheira dos nossos reclames. A fantasia dos desejos bailava na mente dos consumidores. E aqui, em nossa casa, pode bater que deixamos entrar , nosso Cassino do Chacrinha está aberto para você, porque é qualidade, qualidade, qualidade comprovada !

Mas todo Gavião é esperto e sagaz, não se deixa levar por qualquer falatório, já que as aparências enganam.

Temos que estar espertos e não levar gato por lebre.

Peça a garantia de que a pessoa amada vai aparecer em três dias!

Não se deixe enganar pelo papo de políticos falastrões: vote em quem você confia e não em quem promete mais do que pode.

Ao contrário dessas propagandas enganosas, há quem atue pelo bem, pela nossa saúde, pela força do Gavião. Campanhas voltadas à saúde da criança pintavam em aquarela o social do país.

O brasileiro é assim, bom no que faz. Nossas propagandas já são referência!

É na era digital que nossos criadores estão sendo reconhecidos!

Guiados por nossos Gaviões, vão receber de suas garras o grande prêmio.

É o encontro da nossa Escola com os profissionais brasileiros na festa do Leão de Ouro.

Parabéns Brasil, consagrados Gaviões da publicidade; hoje, o céu é de vocês, as estrelas principais; e vamos em frente, nunca parar, porque ser Fiel é a alma do negócio!

Carnavalesco: Max Lopes

Pesquisa e Desenvolvimento: Max Lopes e Gabriel Haddad

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Desfile dos 500 Anos

Pela primeira vez na história, o desfile do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo seria dividido em duas noites, aos mesmos moldes da folia carioca. Havia uma certa apreenção, já que tal modelo não fazia parte da cultura carnavalesca dos paulistanos e o receio de ter em algum momento as arquibancadas do Sambódromo do Anhembí vazias ainda durante os desfiles era grande.

Mas como o Carnaval é reconhecidamente o Maior Espetáculo da Terra, o público não poderia deixar de acompanhar um desfile que prometia desde o início da preparação das Escolas ser o maior da história de São Paulo.

Dividida em 14 enredos, a história do Brasil desfilaria na passarela com as 14 maiores agremiações da cidade, a começar pela Tom Maior, que após dois anos no Grupo de Acesso (antigo Grupo 1), retornava a elite disposta a permanecer de uma vez por todas entre as chamadas grandes do nosso Carnaval. As campeãs de 1999, Gaviões da Fiel e Vai-Vai encerrariam respectivamente as duas noites de desfiles, o que seria (e realmente foi) garantia de arquibancadas lotadas durante todos as apresentações.

TOM MAIOR

Enredo: "Brasil... Amor à Primeira Vista" (A Exploração Portuguêsa - 1500-1520)
Carnavalescos: José Maria Zolezi e Claudio Cavalcante

Contando o descobrimento e os primeiros anos do nosso país, a Tom Maior apostou na experiência do carnavalesco José Maria Zolezi, que apresentou uma Escola tradicional, sem grandes inovações, porém correta em suas fantasias e alegorias. Por mais que as idéias fossem boas, faltou dinheiro na execução do trabalho e aí entrou a mão do jovem Claudio Cavalcante, que com soluções baratas e criativas acabou dando um jeito de compensar os problemas. O samba enredo de autoria de Didi e Maradona foi brilhantemente intepretado pelo Pavarotti do Samba, Rixxa. Destaque para o belíssimo figurino dos "Navegadores Portugueses", da comissão de frente e o carro "Certidão de Nascimento", que trazia um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha.

Colocação: 10° lugar

CAMISA VERDE E BRANCO

Enredo: "Mare Líberum, nas Terras de Ibirapitanga" (Expansão Portuguêsa - 1520-1580)
Carnavalesco: Tito Arantes Filho

A tradicional Verde e Branco da Barra Funda foi a segunda Escola a desfilar e contou o início da colonização do Brasil, a época das invasões francesas e holandesas e as lutas travadas entre portugueses e os invasores pelo domínio da Terra Brasilis. A apresentação do Camisa ficou marcada pela beleza dos carros alegóricos, em especial do carro abre-alas, intitulado "Torre de Belém", mostrando a partida da esquadra de Martin Afonso de Souza. As fantasias (exceto da comissão de frente) apresentaram problemas de acabamento, mas funcionaram bem no conjunto geral da obra. O samba de enredo composto pelo próprio intérprete Carlos Jr. (Carlão) era sem sombra de dúvidas o melhor do ano e embora extenso, explodia nos curtos, porém muito bem escritos refrões. O carnavalesco Tito Arantes Filho (falecido em 2011) cumpriu a promessa de um desfile "retumbante", mas longe dos grandes momentos do Camisa no Especial.

Colocação: 4° lugar

MOCIDADE ALEGRE

Enredo: "Historia Brasiliae, Cultura, Hábitos e Costumes de uma Holanda Tropical" (Invasão Holandesa - 1580-1654)
Carnavalesco: Wagner Santos

Disposta a quebrar um jejum que já perdurava desde 1980, quando fora campeã com o maravilhoso "Embaixada de Sonho e Bamba", a Mocidade Alegre contou a história do Brasil Holandês de Maurício de Nassau. A prosperidade alcançada por Recife e Olinda sob o governo neerlandês foram mostrado com grande lirismo e poesia pelo (na época promissor) carnavalesco Wagner Santos, numa composição visual de rara beleza, emq ue fauna e flora locais se completaram num verdadeiro sonho tropical. O único porém quanto a estética da Escola fica por conta do carro "Paleta de Tintas", que tinha sérias falhas de acabamento. O samba composto por Biro-Biro, Di Verdi e Estevam, foi talvez o que mais empolgou o público na primeira noite. Grande parte do mérito se deve ao quarteto Clóvis Pê, Daniel Collete, André Pantera e Ricardo, que interpretou com extrema competência a obra que tinha no refrão "Vira-Virou" a sua principal força. A semente dessa "Nova Mocidade" que nos encanta nos dias atuais estava plantada.

 Colocação: 3° lugar

ÁGUIA DE OURO

Enredo: "A Formação do Povo Brasileiro" (Bandeiras Negras - 1580-1654)
Carnavalescos: Paulo Führo e Victor Santos

A Águia de Ouro iniciou sua apresentação cercada de expectativa por parte do público que viu a agremiação envolvida em uma grande polêmica durante todo o periodo pré-carnavalesco. Acontece que a dupla Paulo Führo/Victor Santos, conhecidos pela originalidade e pela ousadia havia preparado uma alegoria que desagradou e muito a Cúria Diocesana de São Paulo. Na alegoria "Missões", a Virgem Maria traria em seus braços a imagem de um índio morto, em uma reprodução da obra Pietá, de Michelangelo. Devido a uma proibição judicial, a escultura foi transformada na concentração do sambódromo para não ter de desfilar coberta. A Virgem Maria então se transformou em uma índia. Polêmicas à parte, o desfile da Águia foi marcado pela limpeza de formas nas alegorias e as fantasias bem acabadas. Destaque para o carro de "Zumbi", todo em branco e prata. A comissão de frente, composta por jogadores de vôlei, teve problemas com os costeiros e evoluiu sem muita segurança. Levando a assinatura dos compositores Regianno, Edu Chaves e Almir Espínola, o samba de enredo era dotado de dois refrões poderosos e letra bastante descritiva. Até então, o melhor desfile da história da Escola.

Colocação: 7° lugar

LEANDRO DE ITAQUERA

Enredo: "Vale Ouro Brasil, Minha Terra, Meu Tesouro" (Ciclo do Ouro - 1654-1700)
Carnavalesco: Marco Aurélio Ruffin

Engasgada com as últimas colocações, a Leandro de Itaquera entrou na passarela disposta a levar o título do carnaval para a Zona Leste. Contando um dos principais capítulos da história do Brasil, a Escola coloriu a avenida de dourado, num desfile plásticamente belíssimo, onde as alegorias ganharam destaque absoluto. As fantasias ricamente decoradas ganhavam vida quando vistas em conjunto do alto. Índios, brancos e negros, as raças que deram origem ao povo brasileiro, desfilaram pelo enredo que prestou em um dos setores homenagem a Chico Rei. Embalada pela maravilhosa voz da intérprete Eliana de Lima, o samba de enredo de autoria de Xixa, Luizinho de Itaquera, Beto Varandas, Jailson de Itaquera, Zanella e Medonha, cresceu muito e chegou a levantar a platéia que reverenciou a Escola com gritos de "É Campeã". Grande momento da Leandro no Grupo Especial.

Colocação: 5° lugar

X-9 PAULISTANA

Enredo: "Quem é Você, Café?" (Ciclo do Café - 1730-1770)
Carnavalesco: Lucas Pinto

Em nenhum momento da fase pré-carnavalesca, a X-9 Paulistana fora cotada como uma das favoritas ao título do Carnaval do ano 2000. Um fato no entanto que pouca gente sabe, é que o desfile campeão de 2000, que teve a assinatura do carioca Lucas Pinto, por pouco não fora desenvolvido pelo mestre Jorge Freitas, que chegou a abrir negociação com o então presidente Laurentino Borges Marques, porém, quiseram os "deuses da folia" que o Jorge fosse parar em outra Escola da zona norte de São Paulo. Mas isso é assunto para daqui a pouco. O desfile da X-9 não foi brilhante, porém, contou com a sorte das grandes campeãs. O samba de enredo de Armênio Poesia, Fernando Leal, Fred Viana, Diego Poesia, Marcos Peloso, Wander, Edson, Ló do Cavaco e Pixuca, cresceu muito na vóz do grande Royce do Cavaco e sacudiu o Anhembí. As alegorias, por mais que fossem batidas (Xícaras de Café, Trilhos de Trem e os Barões do Café) eram corretas e bem executadas. As fantasias pecaram um pouco na idéia e na realização, mas estavam muito bem adequadas ao enredo. Porém, em um quesito a X-9 sobrou: mulheres bonitas. Entre elas, Cida Marques, Vânia Acayaba (sumida) e as Malandrinhas. Neste áspecto, o título ficou em boas mãos!

Colocação: 1° lugar

GAVIÕES DA FIEL

Enredos: "Um Vôo Para a Liberdade" (Inconfidência Mineira e Chegada da Corte Portuguêsa - 1770-1808)
Carnavalesco: Jorge Marcos Freitas

Campeã de 1999, a Gaviões da Fiel era aguardada com grande expectativa por parte do público, já que vinha de uma sequência de grandes apresentações e era detentora de um dos melhores sambas deste Carnaval. Estreando o carnavalesco Jorge Freitas, a Escola narrou os ideais de Liberdade surgidos à partir da Revolução Francêsa e que serviram como inspiração para a Inconfidência Mineira e mais tarde a Proclamação da República. A chegada da Corte Portuguêsa no Rio de Janeiro, transferindo assim a capital do Reino para o Brasil e o progresso implantado por Dom João VI, foram mostrados com extrema competência pela Escola que tinha na obra de Ernesto Teixeira, José Rifai, Alemão do Cavaco e Armando da Mangueira um de seus pontos fortes. Alegorias com acabamento primoroso como o abre-alas "Tributo a Nação" (foto), o carro "Lisboa Tropical" e a alegoria que encerrava o desfile "Jardim Botânico", deixaram a plateia de boca aberta. As fantasias, não menos luxuosas se harmonizavam em um contraste de rara beleza. Um desfile impecável. Porém, um acidente com o costeiro da porta-bandeira Ildely, que despencou em frente a um dos módulos de julgamento, acabou sepultando o sonho do bi-campeonato (que viria em 2002/2003 com o próprio Jorge Freitas). Em resumo: o início da grande virada que o carnaval de São Paulo deu na última década.

Colocação: 2° lugar

A segunda noite de desfiles do Carnaval dos 500 Anos pareceu não ter o mesmo brilho do dia anterior, porém, contou com a participação de Escolas de Samba tradicionais e com torcidas apaixonadas, como é o caso de Nenê de Vila Matilde, Rosas de Ouro e da multi-campeã Vai-Vai.

MORRO DA CASA VERDE

Enredo: "Nobres e Nobreza - O Reino Unido Independente" (1° Reinado 1808-1840)
Carnavalesco: Nilson Lourenço

Abrindo o desfile do sábado, a Sociedade Cultural Morro da Casa Verde, a Escola da "dona" Guga, se apresentou com cerca de 3000 componentes, mostrando em seu enredo, a Corte Imperial e como a mesma se estabeleceu em solo brasileiro. O luxo, o requinte, as boas maneiras, as artes, a cultura e o desenvolvimento foram narrados com muita criatividade, marca do carnavalesco Nilson Lourenço. Privilegiando a comunidade, a Escola abriu mão de artistas e celebridades e teve no belíssimo samba de enredo de autoria de Nelson Dalla Rosa um de seus bons momentos. No geral, foi um desfile muito simples, porém, a correção com o qual o tema foi apresentado compensou toda a falta de estrutura.

Colocação: 9° lugar

UNIDOS DO PERUCHE

Enredo: "Cara e Coroa, as Duas Faces de um Império" (2° Reinado 1840-1889)
Carnavalesco: Fábio Borges

Empolgado com sua estréia em terras paulistanas e fascinado pela limpeza visual do sambódromo do Anhembí, o carnavalesco Fábio Borges foi o responsável por narrar no desfile da tradicional Unidos do Peruche o longo periodo do Segundo Reinado, um dos periodos de maior prosperidade do Brasil. A epopéia da abolição da escravatura, a ascenção da burguesia cafeeira, a Guerra do Paraguai, o inídio da industrialização, tudo foi mostrado com clareza didática e beleza visual.  Fica aqui o registro de que o desfile em sí não foi tão ruim a ponto de amargar a última colocação entre as 14 Escolas do Grupo Especial, pelo contrário. As alegorias, embora pesadas tinham boas sacadas, entretanto devido ao tamanho acabaram deixando muito aparentes as falhas no acabamento. As fantasias foram realizadas com simplicidade, mas eram fieis ao enredo e muito claras no que diz respeito a idéia central. No quesito samba de enredo, a Escola estava muito bem servida. O sempre regular Nilson Valentim contou com o luxuoso apoio do Independente Paulo Henrique na condução da obra dos compositores cariocas Alex, Serginho do Porto, Serginho Saracutaco, Wander Timbalada e Jackson Martins. Achei o rebaixamento um tanto quanto injusto, afinal, na comparação com o Morro da Casa Verde, a Peruche teve mais "corpo" de Escola de Grupo Especial.

Colocação: 11° lugar

IMPERADOR DO IPIRANGA

Enredo: "Imperador na Velha República" (1° República 1889 - 1930)
Carnavalesco: Pedro Luís Pinotti

Deve-se respeitar e muito a competência e a criatividade do experiênte carnavalesco Pedro Luís Pinotti, o popular Pedrinho, ainda hoje na ativa (Torcida Jovem do Santos). O fim da Monarquia e a Primeira República foram contadas por ele com muita originalidade e luxo. O "Baila da Ilha Fiscal", assunto abordado na Escola anterior (Peruche), foi também o tema central do carro abre-alas da Imperador, que impressionou logo de cara pelo gigantismo das alegorias e dos adereços. A segunda alegoria causou muito impacto com uma gigantesca escultura do Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil. A alegoria mais ousada, no entanto, abordava a Guerra de Canudos e trazia uma imponente figura do líder religioso Antônio Conselheiro. Nessa mesma alegoria, componentes encenavam as batalhas em Canudos. Outro carro muito interessante era o que retratava o Ciclo da Borracha e o explendor do Teatro de Manaus. Nesta alegoria, outra escultura gigantesca retratava um caboclo com uma garrafa nas mãos. Para que se entenda: é que quando a República foi proclamada os amazonenses só ficaram sabendo três meses depois graças a um vasilhame contendo um jornal da época jogado no Rio Amazonas por uma embarcação inglêsa. Mantendo a máxima de que a Escola da Vila Carioca tem tradição de grandes sambas de enredo, a composição de Moisés Santiago, Vicentinho, Djalma Falcão, Jota R e Wanderley Alemão, apenas confirmou a escrita. A Imperador do Ipiranga realizou um desfile que poucos acreditavam ela ser capaz de apresentar. Foi ao meu ver a grande surpresa de 2000, porém, os jurados parecem não ter concordado com isso.

Colocação: 8° lugar

NENÊ DE VILA MATILDE

Enredo: "Por Que Me Orgulho de Ser Brasileiro?" (Era Vargas 1930-1945)
Carnavalesco: Augusto de Oliveira

A Escola do "Seu" Nenê, uma das mais tradicionais de São Paulo foi a responsável por narrar em seu desfile umd os periodos mais importantes da história do Brasil, a Era Vargas. A "Mais Querida da Zona Leste", como é chamada por admiradores e carnavalescos entrou no Anhembí com pinta de campeã, com 21 alas, 6 carros alegóricos e mais de 3500 componentes. Os grandes feitos da Era Vargas foram contados pelo estreante Augusto de Oliveira com muito luxo, requinte e grandeza. As enormes alegorias foram destaque em meio a um visual impecável. Destaque para o carro do Cristo Redentor, um dos mais belos de 2000. A Era de Ouro do Rádio, a luta pelo petróleo e pelo aço, as misturas culturais (o famoso Chiclete com Banana) foram contados com muita graça, simpatia pela Azul e Branco de Vila Matilde. O refrão "Canta Nenê/Heje eu quero ver/O Anhembí delirar/Canta Nenê/Exaltando a era Vargas/Hoje o Brasil vai lembrar" fez o público literalmente vir a baixo. O samba de enredo de autoria de Santaninha, Clóvis, Baby e Rubens Gordinho,seguia os moldes tradicionais e casou perfeitamente com a bateria de mestre Pascoal. Destaque também para o ator Miguel Falabella que "quebrou tudo" à frente da bateria da Escola. Desfile competente, mas longe do "oba-oba" criado pela imprensa que consedeu o Troféu Nota 10 à Escola.

Colocação: 3° lugar

SOCIEDADE ROSAS DE OURO

Enredo: "Yes, já Temos Mais Que Bananas" (2° República 1945-1954)
Carnavalesco: Raúl Diniz

Coube a Sociedade Rosas de Ouro a missão de narrar na avenida os deliciosos anos dourados. Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil viveu anos de prosperidade e crescimento. Foi a época da Industria Automobilistica, do início da televisão, da Bossa Nova e da Construção de Brasília. Enfim, anos felizes para os brasileiros. O desfile em sí não foi dos melhores, porém, prevaleceu a força e a tradição da roseira. O abre-alas, que trazia as figuras de Juscelino Kubitchek, Jânio Quadros e João Goulart era até certo ponto inovador, mas não chegava a ser um colírio. As demais alegorias seguiram a linha. As fantasias eram luxuosas e traziam alguma inovação em termos de material. Fato é que o desfile foi frio. O ponto alto do desfile foi a bateria, que veio fantasiada como Super Heróis. Um dos carros mais criativos da Escola  foi o intitulado "Campeões de Audiência", que fazia referência aos grandes personagens da história da TV. O incidente mais grave no desfile da Rosas aconteceu quando o quadripé "Cacareco" quebrou na concentraçãoe  acabou não desfilando. Na última alegoria, a escultura de um homem sentado em uma vassoura anunciando os duros anos de chumbo que estavam por vir. Assim como o desfile sem graça, o samba da parceria de Serginho, Rudney, Renatinho, Fofão, Paulinho, Chiclete e Toninho 44, também não ajudava. E olha que nem a irreverência do intérprete Quinho salvou esse "boi-com-abóbora" Acabou sendo premiada com a 3° colocação (sim! houve um empate triplo na 3° colocação), sendo que merecia a meiúca da tabela.

Colocação: 3° lugar

ACADÊMICOS DO TUCURUVI

Enredo: "Noventa Milhões em Ação! Na Tristeza e na Felicidade" (Periodo Militar - 1964-1984)
Carnavalesco: Jerônimo Guimarães

Antes de qualquer coisa, gostaria de saber por onde anda o carnavalesco Jerônimo Guimarães. Desde 2004, que não tenho nenhuma notícia dele. Se alguem souber, me da um toque.
Quanto ao desfile da Acadêmicos do Tucuruvi, vale à pena destacar a grandiosidade das alegorias e a coragem do carnavalesco em se valer de temas delicados ainda hoje no Brasil, como por exemplo os desaparecidos políticos. Porém, a dura missão de retratar estes temas foram tiradas de letra pela Escola que abusou da ironia e do bom humor. O desfile teve início falando do golpe militar, que foi muito bem representado pelo monumental abre-alas denominado "Assombrado". Nele, uma gigantesca bruxa sobrevoava o sambódromo em meio a um mar de crocodilos e caveiras. Temas como a Bossa Nova, a Jovem Guarda, a Tropicalia, os Grandes Festivais, o Tri-Campeonato Mundial, o Cinema e a Televisão, enfim. Tudo oq ue marcou de alguma forma esse período foi mostrado pelos Acadêmicos. Vale à pena destacar a presença de Dante de Oliveira, autor da emenda que propunha eleições diretas no carro "Diretas Já". Neste setor as cores que vinham mais puxadas para o escuro clareavam como que clamando por esperança. O samba de enredo que começava com um refrão arrebatador ("Bruxa ta solta/O Tio Sam quer mandar...") perdia a graça conformeo desfile ia se desenrolando. As boas sacadas dos compositores (Aurinho do Mazzei, Breck do Cavaco e Clóvis Pê) paravam por aí. De bom mesmo, a excelente interpretação do Preto Jóia. Um desfile agradável, porém, não deixou a menor saudade.

Colocação: 6° lugar

VAI-VAI

Enredo: "Vai-Vai Brasil!" (Nova República 1984-2000)
Carnavalesco: Flávio Tavares

Iluminada pelo Sol da manhã de domingo, a campeoníssima Vai-Vai desfilou com toda a pompa de uma veterana em carnavais. O enredo "Vai-Vai Brasil!" narrou os últimos acontecimentos da história do Brasil e como não poderia deixar de ser, deu o derradeiro sacode no Anhembí. Tal empolgação pode ser vista somente com a passagem da Gaviões da Fiel na manhã anterior. A Escola levou para a avenida 4500 componentes divididos em 25 alas e 6 carros alegóricos que presaram pelo acabamento impecáavel. O abre-alas em tons terrosos foi uma aposta ousada do Flávio, mas acabou dando certo e foi um dos pontos altos do desfile. A campanha das "Diretas", o Plano Cruzado, a Era Collor e a reestruturação da econômia nacional foram lembradas de maneira bastante clara e objetiva. Um dos momentos mais engraçados do desfile se deu com a passagem da alegoria "Congelamento", que trazia a imagem de José Sarney em meio a duas donas de casas empurrando carrinhos de supermercado, remetendo ao plano cruzado. O samba de enredo de Zeca, Zé Carlinhos, Nayo Denay, caiu na boca do povo que se levantou cantando o refrão irônica que falava de um "presidente colorido e diferente". Destaque para as passagens da apresetnadora Eliana à frente da ala infantil e da ex-Feiticeira, Joana Prado como destaque no carro "Setenta Anos de Vai-Vai".

Colocação: 1° lugar

É isso aí meus amigos, este foi um pequeno apanhado do que foi o desfile dos 500 Anos do Brasil, um Carnaval que me marcou profundamente e que não sairá jamais da minha mente.

Espero comentário!!!

Recordar é viver: Carnaval dos 500 anos


São Paulo, 3 de Março de 2000. Uma data jamais sairá da minha mente.

Dentre vários motivos que a fazem uma das mais especiais da minha infância, está diretamente ligada ao fato de que este foi o primeiro desfile de Carnaval no eixo Rio/São Paulo que pude acompanhar na íntegra.

Na época, um garoto de 11 anos que já sonhava em um dia fazer parte dessa magnífica festa. No mesmo ano, em Bragança Paulista, realizava uma pequena parte deste sonho: acompanhar meu pai, o grande intérprete Sérjão no carro de som da minha queridíssima Unidos do Lavapés.

Mas voltando ao motivo maior dessa publicação, o Carnaval dos 500 anos do Brasil começou antes mesmo da noite do dia 3 de Março.

Pouco antes do Natal de 1999, ganhei de presente do meu pai o CD com os sambas de enredo das Escolas de Samba do Carnaval de São Paulo e nem precisa dizer que o ouvi até decorar todas as letras. Na ocasião já nutria um grande amor pela Gaviões da Fiel, o que me motivou a pela primeira vez na vida "virar" a madrugada acompanhando os desfiles pela TV.

Estava mais do que decidido! Eu veria todo aquele Carnaval!

Na manhã do dia 3 de Março, já empolgado com o que veria à partir daquela noite, fiz meu pai me acordar bem cedinho para acompanhar todas as notícias da grande noite e ainda ir a banca de jornais comprar todos os suplementos que continham informações acerca dos desfiles.

Vocês não imaginam como eu estava eufórico naquele dia!

Durante toda a manhã foi um tal de notícias daqui, informações dali, sambas de enredo nas rádios e o CD rodando em volume máximo para que toda a vizinhança entrasse no clima. Que lembrança mais feliz!

Já no final da tarde, fui com meu pai buscar as camisas com as quais desfilariamos no domingo em Bragança e quase chorei de tanto desespero quando o "meu velho" começou a bater papo com os amigos da Escola de Samba e não havia meio de parar pra voltarmos para casa. Por mais que eu soubesse que os desfiles só começariam por volta das 22:30 h. (e não passava das 19:00 h.) tinha medo que houvesse alguma novidade e eu não estaria ali para saber. Coisas de criança...rs

Enfim chegava a hora! O momento tão esperado!

A novela mal havia acabado e eu já estava sentado em frente a tv com um pacote de salgadinho e um suco de caixinha nas mãos. Ao meu lado, um bloquinho de papel e uma caneta. Aí você me pergunta: "porque o papel e a caneta?". Eu respondo: queria desenhar todas as fantasias e alegorias que eu visse aquela noite. Era o espírito carnavalesco aflorando!

E finalmente, por volta das 22:45 h. a transmissão tem início com a Tom Maior, primeira Escola a desfilar no Carnaval da Virada já perto do meio da avenida...rs

Bom... esse foi um pequeno resumo daquele que talvez fora o dia mais intenso e feliz da minha vida.

Agora, segue uma publicação com um olhar sobre o desfile de 2000 de São Paulo, que contou os 500 anos do Brasil em ordem cronológica e que com certeza ensinou a muita gente a história do país de um jeito que nenhum professor conseguiria!

Tempo bom...

Foto: Abre-Alas da X-9 Paulistana, campeã do Carnaval de 2000, com o enredo "Quem é Você, Café?" juntamente com a Vai-Vai ("Vai-Vai Brasil!").

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fabrica do Samba: obras seguem adiantadas

Sonho dos sambistas, carnavalescos e amantes do Carnaval da cidade de São Paulo, a "Fábrica do Samba", complexo onde serão projetados os barracões para a criação das alegorias começa a ganhar forma.

O projeto que começou em 2005 na Assessoria de Projetos Estratégicos da São Paulo Turismo, está com os trabalhos em ritmo acelerado para tornar realidade o desejo dos foliões.

A área permitirá a construção dos 14 barracões, além do Barracão Escola e sede administrativa. O empreendimento terá ainda uma arena central para eventos, pequenas exposições e também estacionamentos com vias internas de circulação de veículos leves e pesados.

Em cada um dos barracões, trabalharão em horário comercial, em média, 120 homens e mulheres, com manuseio de produtos químicos, como tintas e materiais diversos, como isopor, inflamáveis, tecido, plástico, vidro, ferro e madeira, entre outros.

Além de abrigar os galpões, a "Fábrica do Samba" terá ainda uma área comum para eventos (shows, exposições e feiras, além de estrutura de recepção turística adequada ao porte e importância do tema. O local escolhido para o projeto, possui no seu entorno uma série de serviços públicos já consolidados, como eficiente sistema de transportes (metrô, trens e três corredores de ônibus), hospitais, escolas (de creches ao ensino médio e cursos profissionalizantes).

Com mais de 63 mil m² de área construída, o espaço fica na Avenida Doutor Abraão Ribeiro, esquina com Marginal Tietê, distante apenas mil e cem metros do sambódromo. O investimento total será de R$ 124 milhões.

Sobre a conclusão das obras e a inauguração do espaço, o diretor de ações estratégicas e comunicação Luis Sales faz projeção.

"Considerando tudo o que vai acontecer de hoje em diante, incluindo o período de chuvas e contratempos, projeto deve ser concluído em agosto de 2013", afirma.

Ter boas condições de trabalho para a produção de carros alegóricos, fantasias e adereços sempre foi um sonho das escolas de samba de São Paulo. A sua instalação, em um local de tamanho suficiente para abrigrar os barracões das grandes agremiações, é um tema recorrente desde os anos 80, porém as análises até então produzidas não atenderam alguns princípios como: adequação dos locais e as conseqüentes situações legais, modelagem do condomínio, entre outros.

Hoje os barracões estão espalhados por vários pontos da cidade, fazendo com que o transporte dos carros alegóricos até o Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo (o sambódromo) seja uma das operações mais delicadas de todo o Carnaval. Nela são envolvconsiderando todas as etapas, diversos órgãos, entre eles, a Companhia de Engenharia de Tráfego CET, que monta uma operação especial nas semanas que antecedem aos desfiles, visando minimizar o impacto destes deslocamentos sobre o trânsito e as rotinas da cidade.

Ao propor a criação da Fábrica, a Prefeitura Municipal de São Paulo busca garantir às escolas de samba melhores condições de trabalho, que irão refletir imediatamente na qualidade dos desfiles carnavalescos. Haverá também impacto positivo na geração e qualificação da mão-de-obra utilizada para a produção do evento, a criação de um novo ponto turístico e a implantação de diversos projetos de cunho sócio-educativos e de inclusão.

Fonte: SRZD/CarnavalSP

Crédito da Foto: José Cordeiro/SPTuris - agosto/2012  

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Fim da espera: Gaviões da Fiel divulga seu enredo para o Carnaval 2013

Uma semana após anunciar a contratação do carnavalesco Max Lopes, a escola de samba Gaviões da Fiel divulga o seu enredo para o Carnaval de 2013.
A agremiação alvi-negra buscará o seu quinto título no grupo especial da folia paulistana com o tema "Ser Fiel é Alma do Negócio". O enredo abordará a história da propaganda brasileira, até os dias de hoje.

As eliminatórias para a escolha do samba que irá ilustrar o desfile, começam no dia 14 de setembro, com final programada para o dia 28 do mesmo mês.

Tanto o regulamento como sinopse serão entregues aos compositores interessados em participar do concurso na quadra social da escola, localizada na Rua Cristina Thomás 183 no Bom Retiro.

Informações com Cecília, diretamente na secretaria da escola ou pelo telefone (11) 3221 2066 e e-mail: secretaria@gavioes.com.br.

O carnavalesco Max Lopes explanará o enredo na próxima segunda-feira, 20 de agosto, às 21h na sede da Gaviões da Fiel.

Carnaval bragantino: Confira a logomarca do enredo da Mocidade Independente Júlio Mesquita

Na última terça-feira (14), a Mocidade Independente Júlio Mesquita divulgou a logomarca oficial do seu enredo para o Carnaval 2013.

No ano em que comemora seus 20 anos de fundação, a agremiação do bairro Jardim Dr. Júlio de Mesquita Filho, retratará na avenida seus principais momentos ao longo dessas duas décadas de desfiles.

O enredo que tem como título "Mocidade, Sorria! São 20 anos de Alegria" será desenvolvido pelo carnavalesco Sérgio Júnior. A sinopse será entregue aos compositores nos próximos dias.

Confira a sinopse do enredo da Unidos do Viradouro para o Carnaval 2013



G.R.E.S. UNIDOS DO VIRADOURO

ENREDO: ''Nem melhor nem pior, que não sai da minha mente... Inspiração para o meu samba, eu também sou diferente''

Pesquisa e desenvolvimento: Max Lopes e Gabriel Haddad

Por isso eu vim cantar noutro terreiro
Pra falar bem do Salgueiro
Em respeito a tradição
Romildo e Toninho

Aquele velho ditado que diz que o Salgueiro tem uma raiz nós conhecemos muito bem. E essa raiz, que nasce forte em qualquer lugar, veio inspirar o nosso carnaval. Um carnaval que vem cantar a tradição, o ''berço do samba e do amor, Salgueiro, tua beleza me inspirou''.

Nós também nascemos no morro, origem de bamba, onde o samba é pé no chão. Teu morro, nosso morro. De lá vem nossa inspiração, ''vem a melodia para dizer tudo que sinto no coração''.

Receba o nosso abraço; a nossa homenagem a quem tanto nos ajudou à época dos desfiles do lado de cá. Duas escolas de samba, irmãs e parceiras; duas bandeiras unidas. Unidas pelo sangue vermelho e branco. Unidas nas bênçãos do padroeiro - Salve Xangô!

E nessas vindas tijucanas às terras niteroienses fomos bebendo da fonte de uma escola de samba diferenciada. Escola de carnavalescos, escola de enredos, escola de compositores, escola de passistas, escola de sambistas. Mestres do nosso sonho de carnaval!

Esse é o Salgueiro diferente
Que empolga tanta gente

Falar do Salgueiro diferente é falar de revolução. Revolução no samba, revolução salgueirense. A busca por carnavais diferenciados foi o caminho para a vitória. Impressionar com enredos inovadores, fazer bailar o imaginário da passarela. Surpreender! Afinal, tem que se tirar da cabeça aquilo que não se tem no bolso...

Meu maracatu
É da coroa imperial
É de Pernambuco
Ele é da casa real

Navegando por uma nova estética
Festa salgueirense embalada por raízes africanas
Histórias de guerra e liberdade
Dançar um minueto ao som do samba. Mulher negra exaltada. Valorizada.
Nobre povo. Nobre Xica

O-lê-lê, ô-lá-lá
Pega no ganzê
Pega no ganzá!

Versos guardados no tempo.
O Salgueiro ganhava a avenida, era a festa do Rei
Mucamas com flores, corte negra, príncipes e lanceiros.
Todos para conduzir o africano em seu pálio real
E desde então é o rei dos reis da africanidade; valor real da cor Brasil, respeito e igualdade

Salve o Rio de Janeiro
Seu carnaval, seu quatrocentão.
Feliz abraço do Salgueiro
À cidade de São Sebastião

Sempre diferente.

Como gosta de falar do Rio de Janeiro! Tantas merecidas homenagens ao berço do samba.

Carnaval sobre carnavais; dos bailes aos blocos pela Praça Onze... Saudade que aperta no peito; saudade daquela colombina, arrastada pelas nuvens de confete.

Mascarados e bate-bolas; mais um folião nos bondes da cidade.

Assim cantou a Academia: sonhos decorados com serpentinas, o sonho multicor da fantasia. Essa é a cara do Rio. Essa é a cara do Salgueiro, carioca da gema.

Bahia, os meus olhos estão brilhando.
Meu coração palpitando
De tanta felicidade

Raiz cultural brasileira, um passeio sob o sol da cultura baiana.
Se Preto Velho Benedito já dizia, acreditemos: de Todos os Deuses é a Bahia.

Vencer a superstição e encantar a Avenida!
Na beleza de Yemanjá, espelhando a manhã que se abria.

E tudo se tornava encanto no branco mar do Salgueiro: festas e quilombos, capoeira, vendedores do mercado. Salve o mestre! Salve as baianas! Salve a Bahia!

O sol brilhará, surge a estrela guia
E sob a proteção da lua
Canta Viradouro, que a sorte é sua

No mundo do samba, nós também temos raiz! Também somos diferentes!

Nossa Viradouro, quando atravessou a Baía de Guanabara rumo ao carnaval carioca levou a força da nossa gente. A força dos desfiles em nossa cidade!

Desde nosso primeiro desfile entre as grandes do Rio mostramos que também somos diferentes! Garra! Luxo! Samba! E cintilante nossa estrela brilhou!

De desconhecidos, passamos a ser esperados na Sapucaí!

Nosso orgulho! Nosso chão! Nossa Escola de Samba, que hoje , de coração aberto, comemora os 60 anos da nossa co-irmã dedicados à cultura popular.

Receba, Academia do Samba, com carinho a homenagem, porque lá no Salgueiro também está um pedaço do nosso coração vermelho e branco - na verdade, é onde está um pedaço do coração de todo sambista.

Enredo em homenagem aos artistas que fizeram a diferença pelo GRES Acadêmicos do Salgueiro no carnaval.

Carnavalesco: Max Lopes

Mocidade recebe sambas concorrentes para o Carnaval 2013, dia 16, em sua nova quadra


A Mocidade Independente recebe nesta quinta, dia 16, na nova quadra na Avenida Brasil, das 16h às 23h, os sambas enredo concorrentes do Carnaval 2013.

A verde e branco de Padre Miguel levará para a Avenida no próximo Carnaval o enredo “Eu vou de Mocidade com Samba e Rock in Rio Por um Mundo Melhor”, de autoria do carnavalesco Alexandre Louzada (foto).

A expectativa é grande em torno da safra, no entanto, o carnavalesco Alexandre Louzada está bastante confiante, uma vez que no período pré-determinado para sanar as dúvidas dos compositores, o artista teve acesso à resultados bem interessantes.

Para a direção de Carnaval, a entrega na quadra da Avenida Brasil dará a oportunidade aos compositores que ainda não conhecem o novo espaço, onde será realizado o concurso, de sentirem o que vem pela frente. Uma nova realidade na disputa, uma vez que o espaço é bem maior que na antiga quadra.

A disputa de samba enredo na Mocidade começa dia 01 de setembro, com um grande show do Grupo Fundo de Quintal, a partir das 23h.

Fonte: Galeria do Samba

Confira a ordem dos desfiles dos Grupos de Acesso C, D e E


A Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro realizou na noite desta segunda-feira, o sorteio que definiu a ordem dos desfiles dos Grupos de Acesso C, D e D.

O evento aconteceu no Imperator, no Méier, Zona Norte e contou com a presença de dirigentes e diretores das 37 agremiações que compõem os três grupos.

Os desfiles das escolas de samba dos Grupo C, D e E acontecem domingo (Grupo C), segunda (Grupo D) e terça-feira (Grupo E), na Estrada Intendente Magalhães em Campinho.

Confira a ordem:

Grupo C

1 - Unidos de Lucas;
2 - Império da Praça Seca;
3 - Rosa de Ouro;
4 - Arranco;
5 - Em Cima da Hora;
6 - Difícil é o Nome;
7 - Villa Rica;
8 - Boi da Ilha do Governador;
9 - Favo de Acari;
10 - Mocidade de Vicente de Carvalho;
11 - Unidos da Vila Kennedy;
12 - Unidos da Ponte;
13 - Acadêmicos do Sossego;

Grupo D

1 - Corações Unidos do Amarelinho;
2 - Lins Imperial;
3 - Boca de Siri;
4 - Acadêmicos da Abolição;
5 - Acadêmicos do Dende;
6 - Independente de Sao Joao de Meriti;
7 - Mocidade Unida da Cidade de Deus;
8 - Arrastão de Cascadura;
9 - Acadêmicos do Engenho da Rainha;
10 - Unidos do Cabuçu;
11 - Gato de Bonsucesso;
12 - Acadêmicos de Vigário Geral;

Grupo E

1 - Mocidade Independente de Inhaúma;
2 - Matriz de Sao Joao de Meriti;
3 - Unidos de Manguinhos;
4 - Flor da Mina do Andarai;
5 - Arame de Ricardo;
6 - Vizinha Faladeira;
7 - Chatuba de Mesquita;
8 - Leão de Nova Iguaçu;
9 - Tradição Barriense de Mesquita;
10 - Unidos de Cosmos;
11 - Mocidade Unida do Santa Marta;
12 - Unidos do Anil;

Confira a sinopse do enredo do Império Serrano


G.R.E.S. IMPÉRIO SERRANO

ENREDO: "Caxambu - O milagre das águas na fonte do samba"

...E da terra brotou água sem parar
Revolvendo as entranhas desse chão
Rompendo cada pedra e cada grão
Doze fontes deram vida a um lugar
E da serra da Mantiqueira veio a lenda
No solo que se abriu como uma fenda
Fez nascer uma nova explicação

E a riqueza das águas que hoje eu canto
É a fonte para a minha inspiração

Dizem que Poseidon, o deus do mar
Bateu com toda força o seu tridente
O oceano se agitou tão de repente
Que as águas no Brasil foram parar
Lá na serra entre rios e cascatas
Ninfas protetoras lá das matas
Viam fontes borbulhando sem parar

E a riqueza das águas que hoje eu canto
É a magia que o meu verso foi buscar

Se assim contou a mitologia
A história imprimiu o seu valor
Como a alcunha inspirada em um tambor
"Cacha Mumbu" traz a forma em poesia
Do morro que a cidade hoje nomeia
É o corpo ao luar que serpenteia
Do negro que a montanha batizou

E a riqueza das águas que hoje eu canto
"Jonga" na ginga que o mestre me ensinou

O batuque que se ouve ali do lado
Nas ruas marca o passo em louvação
A ladainha que conduz a procissão
É a reza para o santo consagrado
Devotos percorrendo cada via
Entoam a mais bela melodia
Junto aos sinos que repicam em devoção

E a riqueza das águas que hoje eu canto
Traz a fé de todo um povo em comunhão

O tempo passa assim mineiramente
Conduzido pelo passo do tropeiro
Um deles se tornou o pioneiro
Destacou-se dentre toda aquela gente
De Barão das Águas foi chamado
Na Fazenda da Roseta fez reinado
No coração de todos fez história

E a riqueza das águas que hoje eu canto
Mora hoje na mais viva memória

Vieram também outros personagens

Como Nhá Chica, a famosa milagreira
Que ao comover a região inteira
Atraiu as mais diversas homenagens
Do povo que a fez idolatrada
Entre as santas do lugar é recordada
Por dedicar a Deus toda uma vida

E a riqueza das águas que hoje eu canto
É uma canção de louvor nunca esquecida

Enquanto se festeja o altar divino
Cá na Terra o profano é que é louvado
Quem será o rei maior do carteado?
Quem vai tirar a sorte grande no cassino?
No luxo dos hotéis, todo o sabor
Da era Vargas, o poder e o esplendor
Do glamour que em Caxambu fez a pousada

E a riqueza das águas que hoje eu canto
Ecoa Glória de uma época dourada

O recanto de um sonho brasileiro
Acolheu até mesmo uma princesa
Envolvida pelo manto da tristeza
Por não poder gerar o nobre herdeiro
Mas a força das águas da cidade
Concedeu à Isabel fertilidade
Veio o filho desejado afinal

E a riqueza das águas que hoje eu canto
Deu mais vida à Família Imperial

Em graças ao presente recebido
A princesa fez erguer ali um dia
A Igreja Santa Isabel de Hungria
Deixando todo o povo agradecido
E assim segue o ciclo da vida

No vai e vem das águas é trazida
A energia que das fontes emana

E a riqueza das águas que hoje eu canto
É a glória da nação imperiana

E da sinfonia que a minh'alma hoje entoa
Mina versos para a Serrinha desfilar
Na avenida novamente a celebrar
A mais rara joia da coroa
Sou reizinho, sou povo, sou patente
Do verdadeiro samba, o expoente
De todos os amores, o mais franco
E a riqueza das águas que hoje eu canto
É a fonte do meu samba em verde e branco!


Carnavalesco: Mauro Quintaes

Texto: Gustavo Melo
Pesquisa: Esther Maria Duarte Lúcio Bittencourt
Colaboração: Rachel Valença

Imperatriz lançou o seu enredo em Belém



A Imperatriz Leopoldinense, dando continuidade aos preparativos para o Carnaval 2013 lançou com festa na última sexta-feira, dia 10 de agosto, às 20h, em Belém, na quadra da escola de Samba Grande Família, o seu enredo "Pará - O Muiraquitã do Brasil". Sobre a Nudez Forte da Verdade: o Manto Diáfano da Fantasia", dos carnavalescos Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Cahê Rodrigues (foto).

Cahê Rodrigues, vai entregar aos compositores, interessados em participar das eliminatórias em Belém, a sinopse do enredo, também dará as explicações necessárias para o desenvolvimento das obras.

O diretor de carnaval Wagner Araújo, na ocasião, informar aos compositores o calendário e as regras das eliminatórias.

Em Ramos, a disputa segue com 18 sambas, no último domingo três sambas foram cortados já no lançamento.

As eliminatórias acontecem sempre aos domingos, às 20h, na quadra em Ramos.

Fonte: Galeria do Samba

Tradição vai reeditar samba-enredo da Portela de 1981



A Tradição definiu o seu enredo do Carnaval 2013. A agremiação de Campinho vai reeditar o enredo e samba "Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite", de autoria do carnavalesco Viriato Ferreira e o samba do compositor David Corrêa.

A releitura do enredo será feita pelo carnavalesco Orlando Júnior, que está de volta a escola.

A Tradição será a terceira escola a desfilar no sábado de Carnaval pela Série Ouro, na Sapucaí.

Fonte: Galeria do Samba

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Gaviões anuncia Max Lopes como carnavalesco

Faltando pouco mais de seis meses para o Carnaval de 2013, a escola de samba Gaviões da Fiel anuncia uma grande novidade para o seu próximo desfile.


Única agremiação do grupo especial da folia paulistana que ainda não divulgou de forma oficial o seu enredo para o próximo ano, a escola anuncia a contratação do carnavalesco Max Lopes (foto).

Conhecido como o "Mago das Cores", Lopes foi apresentado oficialmente para diretoria, integrantes e parceiros da "Torcida que Samba" na noite desta segunda-feira, 6 de agosto, na sede da entidade.

Considerado pelos sambistas como um dos mais criativos e respeitados artistas da folia, Max Lopes contabiliza premiações e passagens marcantes por grandes escolas de samba, entre elas, União da Ilha, Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Unidos de Vila Isabel, Estácio de Sá, Grande Rio e Porto da Pedra entre outras.

Além de fazer sua estreia no Carnaval de São Paulo pela Gaviões da Fiel, Max Lopes assinará também o desfile da Viradouro pelo grupo de acesso da folia carioca.

Considerada como uma das potências do Carnaval paulistano, a Gaviões possui o maior número de torcedores e uma legião de seguidores em todo o Brasil. Campeã em 1995, 1999, 2002 e 2003, a agremiação ficou na nona colocação em seu último desfile ao apresentar no Anhembi uma homenagem ao Ex-Presidente Lula com o enredo "Verás que o filho fiel não foge à luta - Lula o retrato de uma nação".

Além de não apresentar novidade quanto ao enredo do próximo ano, a diretoria da Gaviões da Fiel não emitiu informação sobre a saída ou permanência da comissão de Carnaval composta por Igor Carneiro, Delmo de Moraes e Fabio Lima, responsáveis pelo desfile de 2012.

Fonte: SRZD/CarnavalSP

Orlando Júnior volta assinar o carnaval da Tradição em 2013



Depois de dez anos assinando o carnaval da Tradição, o carnavalesco Orlando Júnior (foto) está de volta à escola.

O retorno de Orlando Junior a Tradição foi anunciado na noite desta segunda-feira pelo presidente da agremiação, Nésio Nascimento.

Em um discurso emocionado, Nésio Nascimento falou sobre a amizade que mantém com Orlando, e ressaltou que o carnavalesco, mesmo depois de ter saído da agremiação, sempre esteve presente nos eventos da escola, inclusive participando dos últimos desfiles.

"Orlando é meu amigo. Ele já estava acertado de ir para uma escola em São Paulo, mas em um telefonema de apenas 3 minutos (ele) já estava conosco novamente", disse Nésio, que completou: "Em 1997, Orlando nos levou para o Especial e ficamos lá com ele até 2004. Em 2005 Orlando não esteve conosco e nós descemos. Como sempre ensinei aos meus filhos, nós temos que aprender a assumir os nossos erros. E hoje, peço desculpas ao Orlando se naquele momento eu não fiquei com ele em nossa escola".

Orlando Júnior agradeceu a confiança e a receptividade de todos e falou que retorna a Tradição contando com a mesma garra e determinação de sua primeira vez na escola.

Ao término da reunião, o presidente Nésio comunicou que o enredo para o Carnaval 2013 será anunciado oficialmente para a imprensa nesta terça-feira, assim que toda a documentação necessária esteja assinada.

A Tradição será a terceira escola de samba a desfilar no sábado de Carnaval pela recém criada Série Ouro do carnaval carioca.

Fonte: Galeria do Samba

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Confiram os enredos das Escolas de Samba de Bragança Paulista para o Carnaval 2013

ENREDOS CARNAVAL 2013



GRUPO ESPECIAL

G.R.C.E.S. 9 DE JULHO: "100 ANOS DE ALEGRIA E SAÚDE PRA O MUNDO - SAKATA PAIXÃO POR SEMENTE".

G.R.C.E.S. ACADÊMICOS DA VILA: “AGBALÁ...250 ANOS DE AFRICANIDADES BRAGANTINA!”.

G.R.E.S. IMPÉRIO JOVEM: “OMINO DI PAGLIA”

G.R.F.S. DRAGÃO IMPERIAL: "A FONTE DA VIDA - TESOURO DAS DEUSAS DA MANTIQUEIRA - O CIRCUITO DAS ÁGUAS PAULISTA".


G.R.E.S. UNIDOS DO LAVAPÉS: "DE UMA INSPIRAÇÃO DIVINA FOI CRIADA A MAIS BELA FLOR .....MULHER"

GRUPO DE ACESSO

G.R.C.E.S. UNIDOS DAS ÁGUAS CLARAS: “CORTE NEGRA - A SUPREMACIA DE UMA RAÇA"

G.R.C.E.S.M.I. JÚLIO DE MESQUITA: “MOCIDADE, SORRIA! 20 ANOS DE ALEGRIA”

SOCIEDADE FRATERNIDADE: "FRATERNIDADE REFLETE NO OLHAR, UMA AQUARELA DE SONHOS E CORES"

G.R.E.S. CAPRICHOSOS SAADA: “NO COLORIDO DA VIDA RENASCE O AMOR A AZUL E VERDE”

OBS: A Gaviões de Ouro pelo segundo ano consecutívo comunicou a presidência da LIESB que não pretende participar dos desfiles.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Gaviões Imperiais 2012

No último final de semana aconteceram os desfiles do Carnaval Virtual da LIESV (Liga Independente das Escolas de Samba Virtuais).

Entre as 20 agremiações que buscam o título de 2012, a Gaviões Imperiais, tem a minha assinatura em seu desfile. Um desfile aliás, que ficará marcado pela garra, afinal, foi totalmente desenvolvido em 28 dias. Isso mesmo! Incríveis 28 dias.

Com o enredo "Candeal, Rafricando a Nação Gueto Square", de autoria de Arthur Macedo, a Gaviões abordou as influências africanas na cultura músical da Bahia, tendo como pano de fundo a resistência negra no bairro do Candeal.

Seguem os desenhos de alas e carros alegóricos daquele que por muitos (apesar de todos os problemas) pode ser considerado o melhor desfile da história da agremiação.

DESFILE 2012



 Comissão de Frente: O Embarque, a Tristeza, a Valentia
 1° Casal Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Pó d'África nas Águas do Destino

 Ala 01: O Cortejo Indesejado
 Carro Abre-Alas: O Desembarque, o Desconhecido, Nova Terra - São Salvador, Bahia
Ala 02: O Desconhecido
Ala03: Grilhões e Correntes
Ala 04: O Contratador Opressor
Ala 05: A Força Negra Perene É
Carro 02:  Pelourinho - A Testemunha da Opressão
Ala 06: Casa de Ogum


Ala 07 (Coreografada): A Festa da (Re) Coroação
Ala 08: A Transformação do Gueto
Ala 09: O Som dos Tambores
Carro 03: Livre Quilombo Soteropolitano
Ala 10: Candeal Pequeno é Minha Grande África
Ala 11 (Baianas): Ilê, a Coisa Mais Linda de Se Ver
Rainha de Bateria: As Cores de São Salvador
Ala 12 (Bateiria): No Pracatum do Olodum
Ala 13 (Passistas): Carnaval de Salvador
Carro 04: O Encontro Negro - Aqui é África-Bahia
Ala 14: Ashansu - Rock Timbau
Ala 15 (Infantil): Menino Timbaleiro Sacudindo o Mundo Inteiro
Ala 16: Reconstrução do Candeal - As Cores do Futuro
Tripé: Cacique Brown
Ala 17: Arrastão da Timbalada

Ala 18 (Galeria de Velha Guarda): Sabedoria Perene dos Orixás - Saravá, Motumbá, Kolofé!
Carro 05: Gueto Square

PS: Em público, quero agradecer ao incansável presidente da Gaviões Imperiais, Leonardo Moreira pela confiança em meu trabalho e pela coragem de tocar um projeto tão grandioso em tão pouco tempo. Em 2013 a história será bem diferente...