segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Os profissionais e as ferramentas de um barracão

Quem vê um carro alegórico passando na avenida com todo o seu brilho não imagina a quantidade de trabalho que é necessário para fazer aquela estrutura. Meses de trabalho, horas incontáveis manipulando soldas, tesouras, lixas e máquinas de cola quente nos barracões das escolas de samba resultam nas dezenas de alegorias que tornam o carnaval de São Paulo cada vez mais bonito.

Nos barracões das agremiações, trabalhadores de Parintins, no Amazonas, e integrantes da escola trabalham desde setembro para garantir belos desfiles. Tudo começa com a pesquisa e com a idéia do enredo, em que os carnavalescos fazem esboços e plantas exatas do que querem levar para o Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte da capital, em fevereiro. Baseados nesses desenhos, ferreiros, escultores e decoradores fazem a sua mágica.

Segundo Márcio Gonçalves, carnavalesco da Mocidade Alegre, o serviço de toda equipe é muito bem integrado. “O mesmo trabalho que eu faço no papel o ferreiro vai fazer no chão do barracão. Ele traça o tamanho dos carros no chão com giz e faz quadrados para ter as medidas exatas”, diz.

Depois, os trabalhadores começam a dobrar tubos de metal para fazer as estruturas dos carros. Como os barracões são pequenos, porém, os carros são feitos em pedaços, que depois são desmontadas e “colados” novamente já no Anhembi, quando atingem seus tamanhos máximos. “É praticamente um quebra-cabeça”, comenta Gonçalves.

A parte de escultura é semelhante à do ferreiro. São passadas as dimensões dos carros para os escultores e, através de projeções do desenho em bloco de isopor, as grandes estruturas de bonecos e dragões são montadas. O trabalho final fica por conta do decorador. “Ele precisa de peças montadas e pintadas para fazer a parte final de acabamento. Os detalhes são montados em uma mesa e depois aplicados nos carros”, conta o carnavalesco da Mocidade.

Após tanto trabalho nos bastidores das escolas, o bom desempenho da agremiação diante dos jurados só vai depender dos integrantes que vão desfilar e, claro, de um pouco de sorte.

Fonte: g1.globo.com/carnaval/2013

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