quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Imperatriz Leopoldinense mostra riquezas paraenses no carnaval

O estado do Pará, tema da Imperatriz Leopoldinense de 2013, já foi mostrado na Sapucaí por outras escolas, como Beija-Flor, Estácio de Sá e Viradouro. Entretanto, isso não chegou a assustar o carnavalesco da agremiação Cahê Rodrigues. “O desafio foi criar uma nova história, com caminhos diferentes para mostrar o Pará como ele nunca havia sido mostrado”, explicou Cahê, que leva para avenida o enredo Pará - O Muiraquitã do Brasil.

A Imperatriz virá na avenida com 3.200 componentes, divididos em 32 alas. Segundo Cahê, a comissão de frente é uma das partes mais esperadas nos desfiles das escolas, por isso todas fazem grande investimento. “Ela foi pensada com muito carinho e a gente acredita que vai ser um dos pontos altos do desfile”, disse.

Já a bateria da escola, comandada pelo mestre Noca, terá à frente a atriz Cris Vianna. O carnavalesco não quis dar muitos detalhes sobre as fantasias dos ritmistas: “Ela está inserida no setor que fala do artesanato, sobre as obras de grandes artistas paraenses. Está no contexto das joias que nascem da terra”.

Ao lado de Cahê, a Imperatriz conta também com o trabalho do Mario e Kaká Monteiro, que dão uma visão mais cenográfica para as alegorias. Segundo o carnavalesco, os carros têm detalhes muito artesanais. “Nós temos um carro com vasos de cerâmica marajoara todos pintados à mão, um por um. Foi um carro bem trabalhoso”, explicou.


Tribos indígenas, artesanato e música

O desfile da escola foi dividido em seis setores. O primeiro vai mostrar como as tribos indígenas ajudaram a construir a história do estado. Logo depois, a escola começa a trazer a união dos nativos com algum elemento da natureza. “O setor mostra a chegada do homem branco ao Pará e, ao mesmo tempo, o índio em comunhão com a natureza”, falou o carnavalesco.

Cahê explicou que a terceira parte do desfile mostra todo o legado que o ciclo do ouro e da borracha deixou para o Pará. Já no quarto setor, a Imperatriz vai falar sobre a questão do artesanato, de tudo que é extraído do solo e transformado em arte.

Os ritmos e as danças do Pará serão o foco do quinto setor. “Vamos apresentar ao mundo os seus ritmos, através dos cantores da atualidade. A gente aproveita para relembrar outros grandes artistas paraenses que fizeram história através de sua música”. Cahê confirmou a presença da cantora Gabi Amarantos como destaque principal no sexto carro e dos artistas Fafá de Belém, Beto Barbosa e Dira Paes.

A escola encerra o desfile com uma romaria de fé, representando o Círio de Nazaré. “Um mar de fiéis vai invadir o sambódromo e isso finaliza com a última alegoria, que é uma homenagem ao Círio de Nazaré”. Sem trazer a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, Cahê vai utilizar um artifício para suprir a ausência. “Em algum momento do desfile vão aparecer efeitos de luzes no último carro que vão dar a entender que é a santa”, explicou.
Disputa acirrada


Para Cahê, a disputa entre as escolas do Rio de Janeiro é muito grande, mas a Imperatriz pode conseguir sair vitoriosa no carnaval 2013. “A Imperatriz tem um lindo enredo, um dos mais belos sambas do carnaval. A escola está preparada e fez mudanças muito positivas no quadro de seus profissionais. Ela pode ser uma das grandes surpresas de segunda-feira”, disse.

Fundada em 1959, a Imperatriz Leopoldinense já foi campeã oito vezes no Grupo Especial. No carnaval de 2012, a agremiação ficou em 10º lugar.

Fonte: g1.globo.com/carnaval/2013

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