Dona da maior galeria de títulos do Carnaval paulistano, a "Escola do Povo", contou a história do vinho no Brasil em busca do seu décimo quinto campeonato. As tradicionais bandeirinhas coloriram as arquibancadas e agitaram o público assim que o intérprete Wander Pires começou a cantar o samba de autoria dos compositores Zeca do Cavaco, Ronaldinho FDQ, Osvaldinho da Cuíca, Evaldo Rodrigues e Valter Camargo.
Um início impactante. Foi assim a abertura do Carnaval da preto e branco. Logo em sua Comissão de Frente, um homem "flutuando" sobre um grande tonel de vinho e um carro abre-alas de quase 60 metros de comprimento, retratando a arca de Noé, que não carregava somente animais, mas também, sementes de videira.
Outra referência bíblica nos primeiros setores veio com a transformação de água em vinho nas Bodas de Caná. O Brasil surgiu na terceira parte da apresentação, onde imigrantes italianos desenvolveram a cultura do vinho em nosso país. Centenas de quilos de uva, da região de Bento Gonçalves, foram trazidas especialmente para esse momento do desfile. Uma nova arca apareceu para fechar o enredo da "Saracura", desta vez, com uma mensagem de preservação ambiental, inspirada na Arca do Futuro, feita na Noruega. Nela, sementes de inúmeras espécies de frutas e plantas armazenadas em preparação para um possível próximo dilúvio.
O público ficou encantado com os efeitos aromáticos produzidos pelas alegorias, que exalaram fragrâncias de uva pela passarela.
O primeiro casal de MSPB, Pingo e Paulinha, que vieram ainda no primeiro setor, fizeram linda exibição, misturando elegância e irreverência. A escola do Bixiga contou com a presença de grandes personalidades em seu desfile, entre elas; a apresentadora Ana Hickmann, o ator Jair Rodrigues e o maestro João Carlos Martins. A bateria comandada por Mestre Tadeu deu mais um show na pista e sustentou o ritmo e a harmonia da escola que conseguiu finalizar sua apresentação no limite do tempo previsto pelo regulamento
Fonte: SRZD/CarnavalSP
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