quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Inocentes de Belford Roxo


Enredo: “As Sete Confluências do Rio Han”

Autores: Bill Contry, Dominguinhos, Ildo dos Santos, Juarez Rosseto, Mara e J.J. Santos

A estreante no Grupo Especial, Inocentes de Belford Roxo, se valeu das comemorações dos 50 anos de Imigração sul-coreana e fez de seu enredo uma grande homenagem ao povo coreano.

A agremiação que é muito criticada desde o seu acesso (por méritos ou não, está no Especial), tem a difícil missão de abrir os desfiles de domingo na Marquês de Sapucaí e sabemos bem não se tratar de uma tarefa das mais fáceis, ainda mais que ficou uma grande dose de insatisfação pela ascensão da Escola da Baixada Fluminense.

No que diz respeito a seu samba de enredo, não considero dos piores, mas em meio a uma safra tão controversa como a de 2013, acaba se tornando mais um daqueles que passa desapercebido na audição do CD. Tem lá suas qualidade, mas a simplicidade em seus versos (o que eu particularmente acho muito bom) colabora com a critica negativa que a obra vem recebendo em especial nos fóruns da internet.

Um trecho que me chama atenção pela variação melódica e pela qualidade da letra é o “Rosa de Sharon/Recomeço e transformação/O respeito aos seus ancestrais/Reflete nos antigos rituais”. É onde o jovem e promissor intérprete Thiago Brito mais se destaca, tornando o trecho em questão agradabilíssimo de se ouvir.

O intérprete, aliás, é cria da Caprichosos de Pilares e assim como Zé Paulo Sierra, lembra muito o estilo de condução de samba característico do saudoso Jackson Martins, que nos deixou em 2004, quando vivia o melhor momento de sua carreira.

A participação do experiente Wantuir Oliveira da um toque de classe a obra, mas ao meu ver é mais uma das várias “participações” desnecessárias do disco. Que fique bem claro: considero o Wantuir um dos maiores intérpretes do Carnaval carioca, porém, esses carros de som cada vez mais “inflados” me desagradam profundamente, pois sou de uma época onde reconhecíamos a Escola de Samba pela voz de seu intérprete. Era assim com a Mangueira de Jamelão, a Ilha do Aroldo Melodia, a Mocidade de Ney Vianna e posteriormente de Paulinho Mocidade, e assim por diante...

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