quinta-feira, 29 de setembro de 2011

1999: O maior espetáculo do interior

Durante o ano de 1998, muito se discutiu a respeito da criação de uma liga para cuidar de maneira mais ordeira e profissional dos rumos do Carnaval bragantino. No entanto, o sonho de muitos dirigentes ainda estava apenas sendo cozinhado em fogo brando.

Outra questão importante a ser decidida para os desfiles de 1999, era a questão do números de agramiações desfilantes, uma vez que vinhamos de dois anos atípicos, com algumas Escolas deixando de se apresentar por uma série de fatores distintos.

Para o alívio da Secretária de Cultura e Turismo e da Prefeitura Municipal, as principais Escolas de Samba confirmaram presença no mega evento que era preparado para o último Carnaval da década de 1990.

A maior novidade no entanto, seria a unificação dos grupos, com todas as 8 agremiações disputando um Grupo, sub-dividido em Chave A e Chave B, onde pela classificação final do desfile, teriamos a redistribuição das Escolas para o desfile de 2000.

Uma grande novidade para o desfile de 1999, foi a gravação do CD com os sambas de enredo de todas as Escolas. A iniciativa que partiu das próprias agremiações e ganhou total cobertura da Prefeitura Municipal, deu uma outra vida aos desfiles de Bragança Paulista. As gravações aconteceram entre os dias 15 e 27 de outubro no Estúdio Hawaí, no Rio de Janeiro, sob a produção do intérprete Davi do Pandeiro.

Outra novidade foi a cobertura total dos desfiles pela já extinta TV Bragança. Antônio Carlos Gomes e Jota Malon, comandaram as transmissões que além de cobrirem as 4 noites de desfiles na Passarela Chico Zamper, estiveram presentes também nos principais salões da cidade e também na folia do Bloco do Guaraná, que tradicionalmente abre o Carnaval bragantino.

A ordem de desfile separou em duas chaves as chamadas quatro grandes Escolas da cidade, Unidos do Lavapés e Dragão Imperial na Chave A, e Nove de Julho e Acadêmicos da Vila na Chave B.

O desfile que começou rigorosamente as 20:30 h. com a apresentação da corte do Carnaval, reservava muitas emoções em sua primeira noite.

G.R.E.S. CAPRICHOSOS SAADA

As arquibancadas ainda estavam longe de estarem cheias quando o sistema de som da Passarela Chico Zamper anunciou o início do desfile da simpática agremiação do bairro do Uberaba. Com o enredo "História de um Preto Velho", da carnavalesca Sandra Elena Bastos, a Escola buscava driblar a falta de recursos com um tema de grande abrangência e que tinha no belíssimo samba enredo de autoria também da carnavalesca a sua principal arma. A Caprichosos começou o seu desfile com uma certa aprienção, uma vez que por problemas com a diretoria, o méstre de bateria Mazzola, proibiu os seus ritmistas de tocarem enquanto o mesmo não recebesse o seu pagamento. Um fato lamentável, mas logo resolvido pelo presidente Ronaldo Teixeira. Com o impasse resolvido, o desfile teve início com a sua comissão de frente apresentando passos de Jongo, com uma fantasia de palha e ráfia que mesmo simples, gerou um efeito muito bom. Infelizmente a primeira alegoria se apresentou ainda inacabada, com boa parte da ferragem aparente. As primeiras alas no entanto compensaram a má impressão do abre-alas. O setor que mostrou figurinos referentes a várias nações africanas, levavam para o carro da Senzala, este sim com um bom acabamento e com formas delicadas. No centro da alegoria, uma encenação de capoeira fez relativo sucesso com o público. À partir daí, o enredo passeou pelo tempo do Brasil colonial, com uma forte referencia ao barroco. Alas de damas, nobres, aristocratas e senhores de engenho desfilaram com muita classe e com uma evolução correta e bem ordenada. Novamente a Escola mostrou problemas no acabamento de outra alegoria. O carro que representava a mata e a sua fauna, tinha as peças de decoração dos queijos despencando ao longo da avenida. Ao final, a ala de crianças representando anjos e o carro que trazia a imagem do Preto Velho enfim liberto encerraram um desfile simples, porém com bons momentos de criatividade. Os quase 600 componentes tiveram na evolução o principal sustento da Escola.

G.R.F.S DRAGÃO IMPERIAL

Com um pequeno atraso devido a limpeza realizada na pista devido ao excesso de confete e serpentina atirado pelo público, a Dragão Imperial, uma das principais favoritas ao título deu início a sua apresentação. O enredo "Espelho, Espelho Meu. Narciso Sou Eu?", do carnavalesco Delmer Lima, falava da vaidade humana e como já vinha sendo uma das principais características da Escola, apelava para o bom humor. Desde os primeiros momentos do desfile, a alegria tomou conta das arquibancadas e houve uma comunhão maravilhosa entre a platéia e a os componentes da Dragão. O carnavalesco desenvolveu muito bem o enredo que passeou por várias épocas e trouxe muitos personagens conhecidos para ilustrar a temática abordada. No primeiro setor do desfile, a lenda de Narciso gerou alas muito bem vestidas, porém, trazendo esplendores com formas um pouco grosseiras. O momento mais bonito do desfile se deu com a passagem do carro de Oxum, a orixá da beleza que vinha cercada por belíssimos adereços feitos de palha. Os 500 figurantes evoluíram com bastante vigor e cantaram durante todo o tempo o animado samba de autoria de Genardão, Zulo, Paulinho Mala e Ademir do Cavaco. A bateria dessa vez dirigida por méstre Clebinho, foi um verdadeiro show. O único porém no desfile da Dragão Imperial ficou por conta da passagem da última alegoria, que fazia referência a busca pelo corpo perfeito e trazia a representação de uma animada acadêmia de ginástica. O carro que até tinha uma boa proposta, pecou grosseiramente pelo colorido exagerado e pelo acabamento precário. Se não fosse esse pequeno, porém gritante detalhe, a azul e rosa teria realizado um desfile perfeito.

G.R.E.S. UNIDOS DO LAVAPÉS

A Dragão Imperial estava na metade da pista e um clima de angustia e desespero tomava conta dos componentes da Unidos do Lavapés na concentração da Passarela Chico Zamper. O motivo para tal desespero se dava pelo fato das alegorias da Escola não terem chegado ao sambódromo até aquele momento. Ainda hoje é um mistério o que realmente aconteceu naquele fátidico 13 de fevereiro de 1999, porém, o que se sabe é que um dos mais luxuosos desfiles da história do Carnaval de Bragança Paulista foi por água abaixo naquela noite. O desfile da verde e rosa era aguardado com muita expectativa, pois o bom trabalho do presidente Nilton José Moraes e de sua diretoria refletia em ensaios quase sempre lotados e em uma arrecadação que permitiu conceber um Carnaval de quase 100 mil reais. O enredo "O 3° Milênio - Da Criação do Mundo a Viagem Espacial", do carnavalesco José Rabello, iria contar a história da humanidade e os principais avanços do homem. O problema é que o mistério que rondava o desaparecimento das alegorias, também acabou por atrapalhar outros setores da Escola. As fantasias da comissão de frente, por exemplo, que estavam sendo guardadas a sete chaves pelo carnavalesco no barracão e representariam andróides, também sumiram, o que obrigou os seus componentes a desfilarem apenas com as calças e os punhos do traje original. Em um último esforço dos próprios componentes da Lavapés, as alegorias foram levadas "no braço" por alguns ritmistas do barracão até o sambódromo. O desfile, previsto para ter início as 23:00 h. começou depois da meia-noite e com a agremiação já penalizada no item concentração. O gigantesco carro abre-alas que trazia a águia, simbolo da Escola representava a pré-história com várias cavernas e belas destaques representando a mulher primitiva. O primeiro setor tratou das grandes civilizações, como a Grécia, a China e o Egíto. Este último por sinal, ganhou uma magnífica alegoria toda em vermelho e dourado com pirâmides espelhadas, colunas com relevos de hieroglifos e uma riquíssima réplica da mascara mortuária de Tutancamon. Apesar da beleza plástica da Escola, os componentes sentiram o golpe e desfilaram desmotivados. Seguindo o desfile, a alegoria referente as grande invenções trazia uma belíssima escultura de Ícaro a frente de um gigantesco computador, fazendo uma referencia a ntiguidade clássica e a evolução tecnológica. Para representar o Brasil, o carnavalesco optou por um carro com mais de 50 crianças exaltando a UNICEF na figura do seu embaixador Renato Aragão, o Didi. Para encerrar o desfile que todo torcedor da Lavapés tenta esquecer, a alegoria que representava uma base de lançamentos com um foguete e tudo não chegou ao sambódromo. Horas depois soubemos que o carro estava preso a fiação elétrica a menos de 100 metros da concentração. O belo samba de Gera da Cuíca e interpretado com a maestria de sempre por Sérjão acabou se arrastando pelo desanimo dos mais de 700 componentes que claramente desejavam o fim daquele desfile. O que seria o mais belo desfile de 1999 (e certamente da história do Carnaval bragantino), não passou de um terrível pesadelo para a enorme nação verde e rosa.

G.E.R. UNIÃO DO LAGO

Com todos os problemas enfrentados pela Unidos do Lavapés, o desfile da União do Lago só foi começar por volta das 2:00 h. e com grande parte das arquibancadas já vázias. Para contar o enedo "120 Anos de Imigração Italiana - História Beirando a Poesia", de autoria do carnavalesco Toninho do Peruche, a União trouxe cerca de 200 descendentes de italianos para comemorarem junto ao público a integração entre Brasil e Itália. O problema é que com o atraso do início do desfile, a Escola acabou entrando fria na avenida e nem o belo samba de André, Jamerson, Éric e Washington conseguiu animar os seus mais de 600 componentes. O desfile até que começou bem, com a comissão de frente representando a Sociedade Italobrasileira apresentando uma coreografia agradável e com uma frantasia de indiscutível bom gosto. O Návio que trouxe a primeira leva de italianos para o Brasil foi representado no abre-alas, no entanto, os problemas de acabamento eram evidentes, o que comprometeu a beleza dos destaques. As primeiras alas trouxeram as lavouras de café, a música, a arte e a cultura trazida da Itália pelos imigrantes. A segunda alegoria da Escola, que aludia a culinária foi o mais belo do desfile. Mas, em seguida, começaram as oscilações e os bons momentos se resumiriam a algumas fantasias, principalmente as dos destaques quase todas com um acabamento primoroso. Em contrapartida, os carros alegóricos foram piorando consideravelmente. Com excessão de uma alegoria que trazia a réplica da igreja de Santa Terezinha, em uma homenágem ao saudoso padre Aldo Bolinni, que tinha bom acabamento, os demais carros da Escola eram de péssimo gosto. Além de um visual de altos e baixos, a bateria comandada por méstre Gui se perdeu e atravessou o samba ao menos duas vezes durante o desfile, o que também comprometeu a interpretação do sempre regular Adriano Pinheiro. O desfile terminou com uma alegoria referente ao Carnaval, com destaques representando Pierrô, Arlequin e Colombina. A essa altura, já passava das 3:00 da manhã.

Uma chuva insistente e constante castigou Bragança durante todo o domingo de Carnaval. Os desfiles previstos para ter início as 21:00 h. atrasou alguns minutos devido a alguns problemas no transito nas imediações do sambódromo.

G.R.E.S. IMPÉRIO JOVEM

Sob uma garoa fina, teve início a segunda noite de desfiles do Carnaval de Bragança Paulista. As luzes do sambódromo brilhavam para receber a Império Jovem, com o seu enredo "Amazônia, um Tesouro Brasileiro", do carnavalesco Marcelo Toledo. Um carro trazendo a coroa imperiana cercada por índias e belas vitórias régias abriu alas para os 350 componentes. À frente da alegoria, vinha uma simpática comissão de frente representando uma tribo de mulheres guerreiras. Tons de rosa e verde tomaram conta de todo o primeiro setor do desfile, que mostrou algumas tribos indígenas, com a chegada dos exploradores espanhóis, os tons foram ganhando mais força com alas em vermelho e laranja. O verde voltou a imperar com a passagem do carro "tesouro brasileiro", que trazia um jacaré e duas onças em meio a matas e flores. Aliás, deve ser ressaltada a qualidade no acabamento de alegorias e fantasias. A bateria de méstre Benê seguiu a linha tradicional, passando "reta" durante todo o desfile. O intérprete Jorjão na mesma linha dos ritmistas também não comprometeu. As baianas vestidas em tons terrosos representaram a cerâmica indígena. Apesar de toda a simplicidade, foi um desfile interessante.

G.R.C.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE JÚLIO MESQUITA

A Escola do bairro Dr. Júlio de Mesquita Filho abriu seu desfile com uma enorme quima de fógos. O enredo era "0900" do carnavalesco Alexandre Colla. Os figurinos eram de Magda Regina. O tema que pregava o lema "você pode ser feliz, basta acreditar", falava sobre os serviços prestados pelas linhas de 0900 que aquela altura invadiam o Brasil. Foi um enredo muito bem planejado, pois foi montado de forma a justificar a presença de fantasias características do Carnaval, como bruxas, palhaços e pierrôs. O carro abre-alas, que trouxe um enorme telefone rosa cercado por uma coroa composta por 4 leões, começava a mostrar que a Mocidade nãoe stava para brincadeira. O samba de Gera da Cuíca, Jorjão e Cosminho, era sem dúvida nenhuma o mais popular do ano e foi cantado por todos que lotavam as arquibancadas do sambódromo. Eu gostei muito da alegoria que falava sobre o exoterismo, com uma escultura muito bonita de uma cigana e destaques representando esculturas vivas. As fantasias mesmo que muito simples, eram belíssimas. Não faltou nem a referência ao tele-sexo, com direito a um carro com várias beldades de topless que deliciaram a platéia. Uma pena foi a quebra do carro alegórico das crianças, que representava os contos de fadas. No momento da quebra, a harmonia demorou para recompor o setor e um claro tomou conta da pista na altura do segundo módulo de julgadores. Ao meu ver, pela originalidade e a alegria dos mais de 400 desfilantes, a Mocidade entrava na disputa pelo título.

G.R.C.E.S. NOVE DE JULHO

Após uma rápida limpeza na pista, a Nove de Julho foi autorizada a iniciar o seu desfile. Logo no grito de guerra, o intérprete Xuxa chamou a comunidade para que realizassem o "maior" desfile da história da vermelho e branco. E empolgados com a convocação, os mais de 1000 componentes pisaram forte na Passarela Chico Zamper e prenunciavam um momento único na história do Carnaval bragantino. O enredo apresentado foi "Sonho do Olímpo na Noite de Explendor", dos carnavalescos Avelino Gomes e Ana Carla Acedo. O enredo era uma tentativa clara de repetir o sucesso de 1986, onde com um tema semelhante a Escola sagrou-se campeã com um dos desfiles mais comentados de todos os tempos. Quando a Escola entrou na pista, passava um pouco das 23:00 h. e a platéia se levantou e logo surgiram os primeiros gritos de "é campeã". À frete da Escola vinha uma maravilhosa comissão de frente vestida de Hermes, o mensageiro dos deuses. Na sequência, um carro momumental mostrou os portais do Olímpo, com soldados e ninfas guardando a entrada da morada dos deuses. O impacto com a passagem das primeiras alas foi de tal ordem que o público antes empolgado acabou ficando atônito com a sucessão de alegorias e fantasias que a Nove de Julho colocava na avenida. Uma mais bela e bem acabada que a outra. O momento mais belo do desfile sem duvida nenhum se deu após a passagem de uma ala vermelha, uma dourada e uma grande alegoria toda em preto, com leões alados e colunas compondo o cenário. Simplesmente perfeito. Ao final do desfile, um carro com 3 anjos pratas sobre um luxuoso caramanchão vermelho encerravam uma apresentação que foi irretocável. Grande desfile da Nove de Julho, o melhor do ano disparado e o melhor da Escola até os dias de hoje.

G.R.C.E.S. ACADÊMICOS DA VILA

Ainda com o público extasiado com a passagem da Nove de Julho, a bi-campeã do Carnaval bragantino, a Acadêmicos da Vila foi autorizada a iniciar o seu tão aguardado desfile. Mesmo com a soberba apresentação da escola que a antecedeu, os componentes da Vila estavam tão confiantes que entoavam o grito de "tri-campeã", frente às cameras da TV Bragança ainda na concentração. O enredo "Orgulho e Vaidade Fazem Parte Desse Show", de autoria da dupla Neinha e Pudim e com o desenvolvimento do carnavalesco Jaferson Pistorezi, iria exaltar o pavão, simbolo da Escola e simbolo universal da beleza. Mesmo que indiretamente, seria a segunda agremiação no ano a abordar a vaidade humana, mesmo que sob outra ótica. O desfile foi aberto com a lenda grega do surgimento do pavão, nascido das gotas de sangue escorridas da cabeça decaptada de Medusa. O carro abre-alas, ainda referente a lenda grega, trouxe um componentes encenando a batalha contra o monstro com cabelos de serpente, além de um magnífico leque representando a cauda do pavão na parte traseira da alegoria. O samba, o melhor do ano conquistou o público que entoava o refrão com muita alegria e empolgação. Empolgação essa superior a demonstrada durante o desfile da Nove de Julho. As fantasias estavam irretocáveis, com destaque para as milhares de penas de pavão espalhadas por quase todas as alas da Escola. A impressão que se tinha é de que não havia uma pluma sequer fora do lugar, tão perfeito era o visual da Vila. O segundo carro trouxe a índia, com elefantes, templos hinduístas e a figura de Sheeva. Tudo com o mais perfeito acabamento. O terceiro setor do desfile trouxe a figura do pavão na atualidade, como simbolo da beleza, da vaidade e até mesmo como figura do jogo do bicho, explicando a sua provável origem no Camboja. O jogo aliás ganhou uma alegoria com um globo, onde lindas garotas atiravam bolas com o número 19. A última alegoria, que represetava a própria Acadêmicos da Vila, trouxe um gigantesco pavão em uma linguagem moderna, com neon e estruturas metálicas retorcidas, gerando um belo efeito sobre fundo branco. O único erro da Escola ao meu ver foi ter passado relativamente rápido pela avenida, uma vez que com 47 minutos, a última alegoria já passava pelo meio da avenida. Mas isso de forma alguma comprometeu o maravilhoso desfile da azul e branco que credenciava-se a disputar o campeonato de 1999.

Com o termino dos desfiles uma certeza ficava na mente do público em geral e da mídia carnavalesca: foi o melhor desfile de Bragança Paulista em todos os quase 40 anos de Carnaval de rua. Ao menos 4 agremiações poderiam ser apontadas como favoritas. Isso era incrível.

A apuração foi realizada no Salão Ari Ramos, anexo ao Ginásio de Esportes Dr. Lourenço Quilice e contou com a presença das torcidas das Escolas de Samba que foram acomodadas nas arquibancadas do ginásio. Nos primeiros quesitos apurados, Acadêmicos da Vila, Dragão Imperial e Nove de Julho saltaram na frente, seguidas sempre de perto pela Mocidade Júlio Mesquita. Quando foram apurados os quesitos plásticos, a Acadêmicos da Vila e a Dragão Imperial se distanciaram da Nove de Julho, motivo esse pelo qual a enorme torcida da vermelho e branco presente na apuração se revoltou, afinal, foi de longe o melhor visual do ano. Enquanto a briga pelo título se intensificava, a Unidos do Lavapés, favorita de outrora, ia recebendo uma chuva de notas baixas e a essa altura, brigava pela 5° colocação com a União do Lago para não perder o direito de em 2000 desfilar no Grupo de Elite. Com a leitura das notas de mestre-sala e porta-bandeira, a Acadêmicos da Vila comemorou o inédito tri-campeonato. A Dragão Imperial que vinha até então empatada com a Nove de Julho, teve neste quesito o desempate e a confirmação do vice-campeonato, colocação essa mais do que comemorada por sua diretoria e torcedores, quem enfim rompiam a barreira da 4° colocação.

Eis a classificação geral:

1° Acadêmicos da Vila - 297 pontos;
2° Dragão Imperial -293;
3° Nove de Julho -292;
4° Mocidade Independente 288,5-;
5° Unidos do Lavapés -281;
6° União do Lago -275;
7° Caprichosos Saada -269,5;
8° Império Jovem -260,5.

As cinco primeiras colocadas garantiram presença no desfile do Grupo Especial de 2000. As demais agremiações, passaram a integrar juntamente com a Unidos da Zona Norte, fundada logo após o Carnaval de 1999, o Grupo de Acesso.

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