quarta-feira, 4 de maio de 2011

"Tá todo mundo aí, levanta a mão..."

Ai, meu Deus. Razão ou coração? É a minha Escola e todos sabem. Mas tentarei ser o mais imparcial possível, ok.


Muita expectativa!!!


Assim pode ser definido o que foi a fase pré-carnavalesca da Mocidade Independente de Padre Míguel.


Após sete anos sem retornar ao desfile das campeãs, a Estrela Guia de Padre Míguel prometia após o grande desfile de 2010 (mal avaliado na minha opinião), uma apresentação como nos bons tempos, disputando as primeiras colocações.


Entretanto, poucas coisas colaboraram para que o sonho de voltar a gritar "É campeã" saísse da garganta dos Independentes. O enredo desde anunciado gerou polêmica e muitos (inclusive este que vos fala) não gostou da agricultura ser levada para a passarela. Só que quando a sinopse foi divulgada, parece que o carnavalesco Cid Carvalho havia encontrado uma saída para este tema tão sonso. Novamente se veria na Sapucaí um passeio que iria terminar em Carnaval, mas mesmo assim, qualquer coisa seria melhor do que a agricultura em sí.


Depois, a escolha também contestada do samba enredo da parceria de J. Giovanni, que pelo segundo ano consecutivo iria apelar mais para o popular do que para o lirismo. Algo que dificilmente (salvo o efeito Ita, do Salgueiro em 1993) funciona.


Tudo bem, até então, o que se via no barracão de alegorias e nos ateliês da Escola parecia compensar a fragilidade de enredo e samba.

É reconhecido por 90% do público sambista que a Mocidade possuia o melhor barracão entre as 12 agremiações na Cidade do Samba. Os carros alegóricos eram gigantescos, com formas atraentes, esculturas muito bem realizadas e com cores que favoreciam na avenida. Um alívio, já que o Cid é reconhecido como o mais cafona entre todos os carnavalescos do Especial (te cuida Manga...rs).


A expectativa por um bom resultado era enorme!!!


Após o incêndio na Cidade do Samba então, a Mocidade já era dada como uma das 3 primeiras colocadas.


Mas inexplicávelmente não foi isso o que se viu na Sapucaí.


Um desfile frio que nem o samba "oba-oba" conseguiu ajudar a segurar, aliado a carros sem movimento e uma bateria apenas correta, fizeram a Mocidade sair da avenida mais uma vez desacreditada e sob a fúria de seus torcedores. Eu era uma desses. Me decepcionei muito com o desfile. O único ponto positivo que encontrei na apresentação da Verde e Branco, foi a impecável fantasia da bateria de méstre Bereco. Simplesmente linda.


As alegorias não estavam feias, mas estavam sem brilho. Diferente do que pede a tradição da Mocidade. O abre-alas ao meu ver foi o melhor do ano, mas era uma beleza cenográfica. Uma grande geleira e só. As fantasias exbanjaram o bom gosto nas formas do carnavalesco e não se perderam no uso demasiado de cores. Bonitas em sua maioria.


Nos quesitos técnicos: harmonia e evolução a contento e conjunto inconstante e até certo ponto bagunçado; mestre-sala e porta-bandeira, elegantes e esbanjando simpátia; bateria correta, mas sem inovação. A comissão de frente ao meu ver foi a pior do ano disparado. Não estou análisando o desempenho da coreografia e de quem a elaborou, mas estou me referindo a fantasia patética e que tentou resgatar o que o méstre Ranato Lage havia deixado de fazer em 2001, por questões regulamentares. Horrível. Nos quesitos básicos, o enredo dentro do que foi proposto pelo carnavalesco foi bem desenvolvido e o samba que tinha a missão de levantar a Sapucaí, falhou bizonhamente. Muito desse desanimo eu credito ao intérprete Nêgo, que parecia mais uma vez estar bêbado e assim, cantava pra dentro. Lamentável.


Para 2012, com a reeleição do presidente Paulo Vianna, e as contratações de impácto apresentadas logo após o desfile de 2011, a Mocidade busca alavancar de uma vez por todas.


Ao cotnrário doq eu a grande e esmagadora maioria acha, eu acredito que o melhor para a Estrela no momento é a permanência do seu presidente. Ok, a Escola está desde o seu primeiro ano de mandato sem voltar ao sábado das campeãs. Mas será que a culpa é só do PV?


O carnavalesco Alexandre Louzada não é dos meus preferidos, mas sabe trabalhar em condições adversas e tem boas idéias. Se realmente o enredo escolhido por ele for sobre o pintor Cândido Portinari, a Mocidade tem grandes chances de voltar a brilhar. Com o vozeirão do brilhante Luizinho Andanças (espero que isso enterre de vez as viúvas do Wander Pires), o samba da Escola será realmente um sacode, independente se for mais um "oba-oba", ou um clássico. O casal Robson e Ana Paula, também não é dos meus preferidos, mas tem o meu total apoio.


PS: acredito que se fosse para tirar o excelente casal Fabrício Pires e Christiane Caldas, que fosse para trazer um casal a cima da média, como Rogérinho e Lucinha, ou Marquinhos e Giovanna.


O Independente pode ter esperança nessa nova fase da Escola. Apoiar é o melhor que temos a fazer. Afinal, estamos todos unidos por um bem maior, a Mocidade Independente de Padre Míguel!!!


Salve a Mocidade!!!

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