quarta-feira, 6 de abril de 2011

"Mangueira é nação, é comunidade..."

Mais uma Escola de Samba que eu devo tomar o maior cuidado do Mundo ao análisar, uma vez que o seu cenário político atual, não me permite tecer elogios no que diz respeito a administração e conduta profissional.

Mas como a Mangueira é a Mangueira, vamos lá...rs


Bom, após todas as palhaçadas possíveis do Sr. Presidente (me recuso a dizer o nome desse cidadão) como troca de carnavalesco durante o processo de criação, mestre de bateria, casal de mestre-sala e porta-bandeira, a criação de um grupo de intérpretes ridiculamente batizado de "Os três Tenores" em detrimento a Luizito, e as constantes agressões verbais a algumas pessoas que estavam a anos com a Magueira (Eraldo Caê, China Branco e Jamelão Neto, que o digam), me fizeram ver a gloriosa Verde e Rosa com outros olhos.

Mas pensei comigo: após um ano conturbado, a maturidade fará com que as coisas se acertem naturalmente.

Engano meu...

Bem que meu pai dizia: "Quando o Jamelão morrer, a Mangueira vai virar uma zona". Dito e feito!!!

Se bem que a preparação para 2011 começou animadora. A escolha de Nelson Cavaquinho como tema do enredo e a contratação de Mauro Quintaes para desenvolver esse magnífico tema, pareciam colocar a Manga nos trilhos após alguns anos conturbados.

A escolha do samba também provou que a Mangueira estava no caminho certo. A obra típicamente paulistana do meu amigo Alemão do Cavaco, venceu a obscura disputa de samba onde ninguem sabe quem são os compositores e o Sr. Presidente é o único que tem direito a voto, de maneira incontestável. Pelo menos nisso o figura acertou!!!

Mas aí com a aproximação do Carnaval as coisas começaram a apontar para um novo decrlinio Verde e Rosa. A menos de dois meses para o desfile, o Sr. Presidente afastou inexplicávelmente o mestre de bateria Jaguara Filho (apesar de assim rotular, não tem nada de inexplicável) e curiosamente o substituto do mesmo é um dos autores do samba de 2011. Estranho...

Outra coisa que me deixa profundamente revoltado, nas publicações oficiais da LIESA e da própria Escola, o nome da dupla de carnavalescos, Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves, jamais apareceu. Em seu lugar, reinava a famosa Comissão de Carnaval, onde várias pessoas que exerciam as mais diferentes funções apareciam com praticamente a mesma importância da dupla que desenvolveu o enredo. Palhaçada! Isso tudo sem contar que nessa tal comissão, existiam pelo menos uns 5 Meirelles. Não preciso dizer mais nada, não é mesmo...

Quanto ao desfile, foi até melhor do que a Mangueira merecia.

A comunidade que se acha a última trakinas do pacote, ficou revoltada com o Mauro e com o Wágner (mais com o Mauro) devido a falhas no acabamento das alegorias e tal. Mas nessas horas, ninguem lembra que o barracão da Escola é o mais desorganizado entre as 12 agremiações do Grupo Especial. Ninguem lembra que os tais profissionais envolvidos nos trabalhos de barracão, são simplesmente voluntários esforçados da comunidade que amam a Escola, mas que não tem o suporte exigido para tal fato. Ok, existem os profissionais especializados. Mas esses não tem vida longa na Mangueira. Depois o culpado é o carnavalesco...

Isso tudo sem contar que um vagabundo qualquer aí, que se diz mangueirense e tudo mais, simplesmente destrói o acabamento do carro abre-alas em pleno Setor 1, na frente de todo mundo e ainda tem neguinho chato que vem defender o bandido e pedir a cabeça do Mauro Quintaes, dizendo que o problema era do material que não era próprio para chuva e poderia derrubar o artista do pandeiro lá de cima. Me poupem.

Não é só porque sou amigo do Mauro Quintaes, que estou revoltado. É por uma série de fatores que agora estou inumerando aqui.

As alegorias e fantasias da Verde e Rosa estavam bonitas e contavam bem a vida e o legado de Nelson Cavaquinho. Foi um desfile emocionante. Isso é inquestionável. Mas repito, não me agrada.

Quesitos técnicos: harmonia, evolução e conjunto bons; mestre-sala e porta-bandeira elegantes e com estilo ( sou fã da Marcela Alves, além de lindíssima, é uma verdadeira bailarina); bateria apesar de elevada a categoria de oitava maravilha do mundo pelos torcedores e pela dupla Luiz Roberto e Glenda Koslowsk, apenas repetiu o que já tinha feito em 2010, e que o saudoso méstre Coé, já fazia a muito tempo atrás na Mocidade Independente de Padre Miguel, a tal da paradona. Comissão de frente um tanto quanto parecida com a do ano passado, mas totalmente dentro do enredo e bem desenvolvida. Quesitos básicos: enredo emocionante e bem desenvolvido e samba enredo valente e bastante lírico.

Para 2012, a mudança já era aguardada, mas para mim particularmente, a troca Quintaes/Gonçalves, por Cid Carvalho é prejudicial a Manga. Mas enfim, o Sr. Presidente acha que sabe o que faz.

Nas demais "posições", todos estão mantidos.

Não sei o que será da Mangueira em 2012, mas depois de um estranho 3° lugar em 2011, começo a acreditar que mais "queridinha" do que a Verde e Rosa somente a tal deusa da passarela mesmo...


PS: deixem o Luizito cantar!!!

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