Cebolito, Cebolito... se prepara...rs
A Águia de Ouro é uma Escola onde só tenho amigos, assim, é normal que eu tenha muito carinho pela agremiação, porém algumas verdades devem ser ditas.
Quando foi anunciado o enredo "Tropicália o Movimento da Paz e do Amor" pensei: "putz... taí um grande enredo!". Estava super otimista com o desenvolvimento desse carnaval pelo meu amigo Cláudio Cavalcante, o Cebola. O desenvolvimento não me decepcionou, mas alguns fatos foram no mínimo difíceis de digerir.
O começo da apresentação foi animador, com uma comissão de frente bem organizada e uma elemento algórico de muito bom gosto anteviam um abre-alas que sem dúvida alguma é o mais belo da história da Águia de Ouro. Nesse quesito, ponto para o Cebola que ano após ano vem se aperfeiçoando e trabalhando os detalhes que no início tanto lhe faltavam.
Algumas alegorias seguiram o capricho do abre-alas, mas outras como a do Cassino do Chacrinha, por exemplo, estavam mau realizadas e com problemas no acabamento. O carro dos Festivais, que trazia personalidades do porte de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Angela Maria, entre outros, tinha madeira aparente na grande escadaria que tomava todo o carro. Problemas que sem dúvida alguma comprometem o conjunto geral de um desfile.
Nas fantasias uma unidade cromática e de realização mais agradável. Gosto muito da distribuição de cores usada pelo Cebola. Ponto para a Escola.
O samba de enredo, se não era uma grande obra, serviu bem ao tema e embalou o desfile de maneira satisfatória. A interpretação de Serginho do Porto também merece destaque. O cantor que já é figurinha carimbada nos desfiles da Águia desde 2002 imprimiu um andamento muito gostoso ao samba e o "levou" numa boa do início ao fim do desfile.
A bateria do mestre Juca é que vem se mostrando mais tímida nos últimos anos abandonando totalmente as convenções e as coreografias que a consagrou no Carnaval paulistano. Isso talvez tenha se dado devido a algumas notas um tanto quanto controversas atribuídas a ela ao longo dos anos. Um destaque ainda falando em bateria vai para a rainha Valeska Popozuda que surgiu em frente a ala belíssima (quem diria!) de rosa representando uma borboleta.
Para defender o primeiro pavilhão da Escola uma estréia: David Sabiá e Fernanda Love. O jovem casal se saiu muito bem em sua primeira oportunidade à frente da Águia da Pompéia e mostrou que a experiência é obtida apenas com uma sequência de trabalho. Parabéns ao presidente Sidnei Carrioulo que acreditou na dupla.
No geral foi um desfile correto. Na minha modesta opinião, superior ao de 2011 que obteve a 6° colocação. Este ano, a 11° colocação não refletiu o que foi apresentado na avenida, porém, a comunidade da Pompéia não tem muito para reclemar, já que grande parte da comunidade "sambística" de São Paulo queria rebaixa-la no lugar da Pérola. Ao meu ver nem uma nem outra, mas isso não vem ao caso.
Seguindo a sua linha de trabalho, o presidente Sidnei deverá manter a equipe visando aperfeiçoar os quesitos que de alguma forma necessitem de uma reavaliação. Essa tranquilidade que os profissionais do Carnaval tem para trabalharem na Águia de Ouro é a formula do "sucesso" da agremiação que de 1999 para cá esteve no Grupo Especial em treze oportunidades. O carnavalesco Cebola inclusive já me confidenciou que vem trabalhando em cima de uma idéia que pretende levar para a avenida em 2013.
O mais importante é que a comunidade e a diretoria não desanimem pelo resultado, pois sei que muito se esperava desse desfile. Mas em vista do que se transformou o Carnaval de São Paulo, resultado é o que talvez menos importe no momento. Força Pompéia!
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Estava ancioso por este desfile, gostei do que vi, mas esperava mais.
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