sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Leandro de Itaquera
Enredo: “O Leão Guerreiro Mostra sua Força! É a Garra e a Bravura do Negro no Quilombo da Leandro de Itaquera”
Autores: Didi Poeta, André Ricardo, Vitor Gabriel, Rodrigo Minuetto, Rodolfo Minuetto, Victor Muniz e Kleber
Em primeiro lugar: é uma pena ter de comentar a Leandro no Grupo de Acesso após o desfile de campeã que a mesma realizou em 2012. Uma injustiça e tanto a Escola não ter chegado ao Especial, pois fez desfile de campeã.
Em segundo lugar: que samba é esse que vem lá de Itaquera???
Não é novidade que na Zona Leste se faz samba da melhor qualidade, mas este ano os compositores “itaquerenses”, como bem frisou o intérprete Juninho Branco no início da faixa do CD, capricharam no hino da simpática Escola do nosso querido “seu” Leandro!
Uma obra no melhor estilo tradicional que brinca com as notas musicais e apresenta variações melódicas muito gostosas de se ouvir.
Destaco a força dos refrões que qualificam ainda mais essa maravilhosa obra. O de cabeça com os dizeres “O meu pavilhão é garra/O quilombo de Itaquera chegou!/Leandro é raça, é comunidade... meu amor!” já demonstra toda a garra que um samba de enredo afro necessita para cativar os sambistas. Já o da meiúca com os versos “Tem batuque abre o xirê... Axé/Devoção, Umbanda e Candomblé/Vem sambar, festejar, levanta poeira/Cultura afro-brasileira” faz reverencia ao culto negro em terra brasileira. Resumindo: pedradaaaaaa!
Também me chama atenção os primeiros versos que seguem o refrão inicial: “Oh, Oh, Oh... Ecoa o rufar do meu tambor/Com as bênçãos da Mãe África/O meu Leão Guerreiro a desfilar”.
Num todo, a obra é muito boa. Com vários momentos de muita inspiração por parte dos compositores e uma qualidade melódica incrível. Pode ser facilmente apontado como o melhor samba da Escola desde 2000.
Outro ponto que merece um destaque todo especial é a belíssima interpretação de Juninho Branco que a cada ano vem crescendo como cantor e hoje já pode ser apontado como um dos melhores de São Paulo. Particularmente gosto muito do Juninho desde 2005, quando integrou o grupo de intérpretes de transição que substituiu o cantor Vaguinho que havia deixado a Escola após o desfile do ano anterior.
Para arrematar, os versos “Ta no sangue e não tem jeito/Quem é bate no peito/Vermelho e Branco até morrer” exaltam o bem mais precioso que a Leandro ostenta: o seu componente que nunca desanimou, mesmo com os seguidos reveses que a Escola vem enfrentando ao longo dos anos.
Um dos melhores sambas de enredo do Carnaval de 2013 e o segundo melhor do Grupo de Acesso com sobras.
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