Enredo: “Pará – O Muiraquitã do Brasil. Sobre a Nudez Forte da Verdade, o Manto Diáfano da Fantasia”
Autores: Me Leva, Gil Branco, Tião Pinheiro, Drummond e Maninho do Porto
A Escola que vinha mantendo desde 2010 uma impressionante regularidade na escolha de seus sambas de enredo me decepcionou profundamente em 2013. A obra escolhida pela “Rainha de Ramos” está longe de ser ruim, mas não está a altura das obras apresentadas nos anos anteriores.
Pra começar, não gostei da parceria Dominguinhos do Estácio e Wander Pires. Dominguinhos é uma das vozes mais marcantes do Carnaval carioca e merecia ser o cantos solo deste samba que homenageia o Pará, estado brasileiro que é tão significativo para o cantor. Wander é dono de uma belíssima voz, porém, é um péssimo profissional, o que ao meu ver não tem mais espaço no modelo de Carnaval atual.
Quanto ao samba, o seu início é muito bom. O refrão de cabeça e os primeiros versos são de uma beleza extraordinária. Porém, da metade para o final o hino cai muito em qualidade e fica até chato de se ouvir.
Volta a ganhar qualidade no trecho “Oh! Mãe...Senhora sou teu romeiro/A ti declamo em oração:/Oh! Mãe... Mesmo se um dia a força me faltar/A luz que emana desse teu olhar/Vai me abençoar!”.
Novamente critico a utilização de mais de uma voz por faixa, não fica legal.
O que serve de alento pra comunidade de Ramos é que nos últimos três anos, com grandes sambas de enredo a Imperatriz não conseguiu transformar a qualidade das obras em grandes apresentações na avenida. Pode ser que agora, com um samba mais fraco em relação a estes citados, consiga realizar um bom desfile e volte a brigar pelas primeiras colocações, algo que não acontece desde 2005.
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