segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Desrespeito para com o sambista!

E a história se repete!!!

Não meus amigos... não estou transcrevendo trechos da magnífica sinopse dos carnavalescos Roberto Costa e Carlinhos D'Andrade para a São Clemente, de 1991.

Mas o enredo "Já vi esse filme", se encaixa perfeitamente na postagem que vocês estão lendo neste momento.

Pois bem, quando em dezembro de 2010 o Kit com a revista, o CD e o DVD dos sambas de enredo das Escolas de Samba de São Paulo foi lançado, a Liga Independente das Escolas de Samba (@carnaval_SP), divulgou que a comercialização seria restrita a capital paulista, primeiramente sendo comercializados nas bancas de jornal em uma parceria com o Diário de São Paulo e posteriormente, nas quadras das agremiações filiadas a entidade (na época havia a divisão entre Liga e Super Liga).

Foi um "Deus nos acuda" para conseguir o meu Kit. Não abro mão de comprar os produtos oficiais do Carnaval do Rio e de São Paulo, uma vez que sou um colecionador confeço.

Logo após o Carnaval de 2011, no entanto, o fim da Super Liga e a unificação em uma única entidade responsável por cuidar do grande espetáculo carnavalesco da cidade de São Paulo, gerou a expectativa de que tudo voltasse a ser como antes, quando o CD era comercializado a nível nacional. Mas infelizmente isso não aconteceu.

Esta semana, após a coletiva de imprensa que marcou o lançamento oficial do produto que tem a exuberante Cinthia Poderosa [foto] (Águia de Ouro) na capa, vemos que a pífia (para não dizer grotesca) estratégia de marketing adotada pela entidade prevaleceu frente ao emprendedorismo e visão de negócios que parecia imperar na entidade comandada por Junior Marques (ex-Império de Casa Verde) e Paulo Serdan (Mancha Verde).

A Super Liga podia ter todos os defeitos do Mundo, mas respeitavam o público sambista e fizeram com que os seus CD's e DVD's fossem comercializados em todo o Brasil, dando um banho na concorrencia. A única coisa que poderia ser aproveitada da entidade sequer foi cogitada.

Aí eu pergunto meus caros amigos, porque esse preconceito (isso mesmo, preconceito) para com os sambistas e aficcionados por Carnaval que vivem no interior.

E olha que não estou nem falando do interior, interior mesmo. Especificamente comento a minha (e certamente de vários amigos) situação aqui em Bragança Paulista. Há menos de 1 hora da capital.

E quando você questiona alguem da Liga, eles alegam que privilegiam as comunidades das Escolas de Samba. Ok, não sou contra, mas será que isso não poderia ser encarado com profissionalismo e visão comercial? Afinal, seria algo benéfico para todos, principalmente para a Liga das Escolas de Samba.

Certo mesmo é que quem mora no interior de São Paulo (seja aqui em Bragança Paulista ou na longincua Presidente Prudente) e ama o Carnaval paulistano, terá de realizar uma verdadeira operação de guerra para obter o seu Kit, uma vez que como já dito antes, apenas 5.000 pontos de vendas estarão recebendo o produto no próximo domingo (11/12/2011). E se as vendas acontecerem como em 2010, se esgotarão nas primeiras horas da manhã.

Bom, acho que falo por muitos quando digo que essa atitude da entidade mais poderosa do carnaval de São Paulo mostra amadorismo e falta de respeito para com aqueles que colaboraram e muito para que o antes obscuro e desacreditado carnaval paulistano se transformasse nessa magnífica e gigantesca festa que atrai hoje milhões de turistas para a cidade durante seus 4 dias de folia.

Papelão, heim LIGA!!!

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