No último sábado (28/01), durante o ensaio técnico da Unidos de Vila Maria tive a oportunidade de trocar algumas palavras com o carnavalesco da agremiação, o carioca Chico Spinoza (foto).Chiquinho, como é mais conhecido, é um cenógrafo e figurinista consagrado na televisão e no teatro. No Carnaval, atua a 30 anos e tem em sua carreira quatro títulos conquistados, sendo um deles no Rio de Janeiro (Estácio de Sá, 1992) e três em São Paulo (Vai-Vai, 1998, 1999 e 2008).
Atualmente na Escola da zona norte, a missão do artista é conquistar o tão sonhado título que a Vila persegue desde o seu retorno ao Grupo Especial (2002).
O enredo "A Força Infinita da Criação, Vila Maria Feita a Mão", conta a jornada criativa das mãos, ou seja, narra as criações modeladas pelas mãos dos artesões, partindo da Criação do Mundo até o Carnaval. Um tema já abordado algumas vezes, porém, com uma série de possibilidades infindadas.
No entanto, uma palavra dita pelo Chico no sábado me deixou com a "pulga atrás da orelha". Ele me disse "É um trabalho no qual eu acredito muito. A tempos eu não tenho uma senssação tão boa como este ano, com este enredo".
Pra quem é do meio, vive e faz Carnaval, às palavras de Spinoza nas "entre-linhas" quer dizer: este é o ano da Vila Maria.
Há quem conteste, há quem critique. Porém, Chico Spinoza é um carnavalesco dos mais competentes e que sem sombra de dúvidas, é um fora de série no Carnaval de São Paulo, pois é um dos poucos artistas que tem a senssibilidade a ponto de conseguir transpor tudo o que esboça no papel para o seu barracão. É um designer arrojado e que sabe trabalhar com poucos recursos. O que obviamente não é o caso este ano, pois bem sabemos do poderio econômico da Unidos de Vila Maria.
Acredito que é chegada a hora da Vila soltar o grito de´"é campeã" que certamente está entalado na garganta da maravilhosa comunidade do Jardim Japão e arredores.
Vai, Vila!!!
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