ENREDO: "Se Pra ter Dignidade Basta Viver com Alegria Sorria... Pois São Paulo Hoje é só Harmonia"
"A riqueza Humana consiste na diversidade cultural religiosa do presente e do passado."
Willian M. Schneider
"Se Deus quisesse uniformidade, não teria criado a diversidade..."
Daniela Raffo
"A diversidade é o que nos faz brasileiros."
Walysson dos Reis
I - Justificativa do enredo
O G.R.C.E.S. X-9 Paulistana levará pra avenida, a representatividade da união das raças e dos povos, numa corrente repleta de harmonia. Numa viagem fascinante, mostraremos que o simples desejo de união, está na diversidade vivendo em comunhão, e isto está na alma da gente, na vida da gent e...O simples ato de sonhar, acreditar e realizar faz com que o mundo ganhe cores, vida, e traga alegria aos nossos corações.
É com essa imensa vontade e desejo de união, de confraternização universal, que levaremos a verdadeira alegria, e o desejo enorme de ser feliz!
Venha ser feliz com a X-9 Paulistana...Embarque com a gente nessa viagem fascinante... Pois levaremos ao mundo, o alegre e sagrado significado da vida!
Pois se pra ter diversidade basta viver com alegria, sorria... Pois São Paulo hoje é só harmonia!!!
II - Sinopse do enredo
O INÍCIO
Era uma vez...
Uma terra não muito distante, um reino formado por pessoas comuns, representantes de todas as nações, de todas as cores, que haviam perdido o sentido da vida. O mundo havia se tornado sem graça, perante os olhos destas pessoas que viam em seu cotidiano o significado das cores, dos sons e perspectivas... A tristeza era predominante!
As flores sem perfume deixaram de desabrochar, pássaros não voavam mais com a alegria de sempre, e o reino, antes, alegre e festeiro, hoje dá lugar ao silêncio e a melancolia.
A vida passava despercebida, enquanto o ponteiro do relógio impiedosamente condenava as horas, os minutos e os segundos desta gente, que jamais teriam este tempo perdido de volta...
Algo precisava ser feito, o reino precisava despertar... Para trazer de volta a alegria e a vontade de viver em harmonia com a vida, onde a verdadeira diversidade estaria na alma dessa gente!
O povo deste reino precisava reconquistar a simplicidade do brilho de
seus olhos.
Foi então que um sábio guerreiro resolveu buscar o elemento perdido numa viagem à outros quatro reinos: o Reino da Raça Negra, o Reino da Raça Amarela, o Reino da Raça Branca e o Reino da Raça Vermelha. Cada qual com sua característica, e com um grande segredo que se revelaria nessa grande viagem.
E assim a vida foi redescoberta! Foi então que sonho virou carnaval e ganhou as cores da folia, do manto da alegria, assim começa a história de um sábio homem que descobriu na alegria e na harmonia a sua maior paixão, e por caminhos e trilhas que percorreu buscou a resposta para sua vida...
Assim começa essa fascinante estória, que na verdade faria parte da História, que contaremos ao descerrar das cortinas e no abrir do grande Portal da Imaginação!
Eis que surge um Povo sem fronteiras, num Mundo sem Fronteiras...
O primeiro reino
Despede-se em poema o dourado sol da grande savana...
O ouro refletido em paz, o brilho da estrela maior, banha os rios, os lagos e os mares...
A fauna e a flora se abraçam, e o canto dos pássaros despede-se de mais um dia, de mais uma vitória.
Cai a noite um novo brilho, uma nova cor.
A noite se revela negra, e negra é a cor do continente mãe.
O que se sabe é que a alguns milhões de anos um ser se mostrou forte, e deu inicio a uma longa jornada sobre duas pernas, com os pés no chão, evoluiu e se fez guerreiro se fez imbatível, se fez altaneiro.
Negra cor da liberdade, que exala a fragrância profunda de quem um dia sofreu...
Negra cor da liberdade que entoa um canto de paz, capaz de seduzir e fazer até o mais injusto dos homens, se render à tamanha beleza.
Negra cor que transborda pensamentos e que transforma homens
valentes em leves pássaros a voar, rumo a um caminho desconhecido, rumo a uma viagem em busca do que ainda não se tem...
Cor negra, na pele com traços fortes...
Negra raça determinada e em busca de seu tesouro perdido surge à negra ancestralidade, calejada pela história... Memória negra de um mundo que lhe pede perdão...
Negra felicidade, no batuque do seu tambor, no ritmo contagiante
causado pelo bater de suas mãos, que um dia fez força no braço para erguer monumentos e hoje, levanta estes mesmos braços fortes, para encantar o mundo em notas musicais.
Negra esperança refletida na fé de seus Deuses, no axé de quem sabe o que quer, e aonde quer chegar...
Negra viagem por um continente chamado África que abre suas
portas ao mundo revelando que a lágrima hoje derramada por uma criança é o regar de um futuro prospero e promissor...
Negra esperança que nuca morre, refletida no olhar de quem um dia chorou.
Diante desse belo cenário, na direção do nosso sábio viajante, segue um
Velho Guerreiro Negro, de vestimenta colorida, colares que caracterizavam a sua herança cultural, e um largo sorriso estampado no rosto e diz: "Bem vindo às minhas terras! Apresento-te o meu povo e suas riquezas".
O sábio homem, então, se depara com uma gente marcada pela
incoerência e pelo preconceito, mas que traz no rosto em harmonia a liberdade e a vitória, da raça.
Então perguntou ao senhor: "Como eles conseguem viver com tantas marcas do passado?".
O senhor então responde: "Olhe em sua volta... Conquistamos nossa
liberdade, somos donos desta terra de magia, onde o sol brilha durante o dia, dando a nossa terra a cor do ouro, e durante a noite, com o brilho da lua, nossa terra ganha a cor da prata. Nossos animais são os mais ferozes e mais imponentes, guardam cada pedaço deste reino que também a eles pertencem, e nossos rios se confundem com mares, revelando à nossa terra todo o esplendor de uma savana milenar".
Nosso sábio guerreiro então pergunta novamente: "Mas e estas cicatrizes de sua gente? Estas marcas que eles carregam? Como podem ter este fardo e ainda assim conseguir viver em harmonia?".
E o senhor responde: "Estas marcas são a prova e a constatação de nossa vitória, foram adquiridas pela liberdade de nossa gente... Carregamos essas marcas com orgulho de uma raça, que está garantindo aos seus sucessores um futuro de paz e alegria".
É revelado o primeiro segredo...
E segue assim, a viagem do nosso sábio guerreiro, rumo a um novo reino, e a revelação de mais um segredo...
O segundo reino
Um mandarim perdido a se revelar...
Um exército de pedra guarda o coração valente daquele que um dia reinou.
Enquanto o Último Imperador chora a desilusão da queda de uma dinastia.
O sol é vermelho, vermelho é o sangue, vermelho é a vida...
Do alto do grande monte o vento corta os céus, anunciando a presença secreta de um ninja solitário, que leva em suas costas, a marca do grande Dragão, carregando em sua alma o ensinamento milenar de uma gente próspera e em eterno equilíbrio. O bem e o mal em um só símbolo, bordado pelo saber, feito pelo tempo, ensinado por aqueles que jamais ultrapassam a velocidade do ponteiro do relógio.
Serenidade, paciência e perfeição, juntos na fé e na perseverança, eternos samurais treinados com respeito, na reflexão dos seus pensamentos.
Crenças imortais, monges, mestres, e espiritualidade misturam-se a fonte perfeita dos prazeres e das delicias.
Sabedoria refletida em harmonia, às sombras da cerejeira, o rouxinol despede-se com ternura viajando por mundos distantes em busca do que ainda não se sabe a resposta, mas na certeza do retorno garantido.
Revela-se o pergaminho, abrem se os papéis que o tempo um dia esqueceu, nas escrituras a verdade escrita, sob o sol nascente de mais um dia o antigo provérbio oriental se revela, e nas palavras ali descritas, a certeza que cada momento depende apenas de nós mesmos: "Uma longa viagem começa com um único passo..."
Nosso sábio viajante se depara com esse cenário magistral e eis que
surgem as revelações desse reino...
O primeiro segredo revelava o respeito! Este segredo mostrava que ali cabelos brancos eram sinais de sabedoria, davam status de rei e oferecia à todos, os privilégios por sua história de vida e luta.
O segundo segredo revelava, a fé! Este segredo mostrava que não importava o tamanho do obstáculo, pois um novo dia haveria de surgir no horizonte, banhado pela luz do sol, dando a certeza de que uma energia maior estaria sobre eles.
Para que este segredo viesse à tona eram necessários rituais e oferendas, louvando, não apenas seus deuses, mas também àqueles, que não estariam mais entre nós, mas nos deixaram os ensinamentos e a herança de com viver em harmonia e equilíbrio.
O terceiro segredo revelava, a serenidade! Este segredo mostrava o caminho para a paz interior, ensinava a meditar e adormecia toda a fúria existente no coração, era o mais belo dos segredos, pois nele despertava também o amor.
Nosso sábio homem, com os segredos revelados desse reino, segue a
sua viagem...
O terceiro reino
O traço perfeito à imagem refletida, e a busca pela obra começa aqui. Contos de fadas imortais, inspirados em fatos reais, reis e rainhas de
carne e osso, fazem da história o presente e o futuro guardado a sete
chaves em uma torre cercada mitos e fantasias, reflete-se aqui a imensidão nórdica, que um dia conquistou o conquistador, que fez de um continente palco de acontecimentos que mudariam os rumos da humanidade, que fez desta gente a referência nos pincéis que misturaram as cores criando texturas, e descobriu que a verdadeira obra é a harmonia em que se revelam os sentimentos.
Fez da fé seu grande tesouro... Espalhando-a pelo mundo, estudou, navegou, conquistou, catequizou...
Em nome do pai, pregou a cruz em solos estrangeiros, apresentando a Salvação na qual acreditavam, pois em nome do Filho crucificou incrédulos, e por poder, e mais tarde em nome do Espírito Santo assumiu seus erros e pediu perdão pelos pecados da humanidade.
Harmonia na religião, nas artes, e na ciência. Desbravadores de
oceanos, escrivães da história, que hoje sai do papel, para ganhar forma e cores sob os olhos de quem viaja em busca da eterna felicidade, que mesmo perante a ciência e suas descobertas, não se deixa abater criando soluções acima da fé, mas que consideram na maioria das vezes eternos milagres capazes de fazer sorrir.
Parou para observar as pessoas deste reino!
Fora recebido pelo Líder Maior da crença predominante entre os povos desta raça, quando nosso sábio guerreiro questionou: "Estão todos sempre ocupados, correndo... Mas todos mantêm a alegria de viver e uma alegria cativante e otimista expressado em seus rostos! Qual seria o verdadeiro motivo?".
Então obteve a resposta de Vossa Santidade: "Aqui todos somos reis, todos somos iguais e todos vivemos num reino distinto! Somos reis de nossas vidas, prezamos nossas famílias e honramos nossa história, e governamos com amor, com liberdade, com igualdade e fraternidade! Conhecemos o espírito da eterna felicidade! Guardamos o segredo da justiça, da sabedoria, do conhecimento, da fé, da ciência...Em nossa história nos aventuramos e conquistamos, damos valor às grandes obras de arte, bem como a arte popular de nossa gente, cremos que a nossa real alegria e harmonia vem de anos de estudos e conhecimentos adquiridos por navegarmos em mares nunca antes navegados. Nossas construções milenares, guardam a nossa maior riqueza: a imortalidade de uma gente que vale mais do que o ouro e reflete mais que a prata...
Somos nobres sim, mas nossos corações são quentes como a luz do sol! Recebemos e acolhemos todas as pessoas, sempre de braços abertos!".
Mais uma vez nosso sábio guerreiro segue seu caminho...
O quarto reino
De repente o sábio guerreiro chega num reino sem muros, sem palácios, e sem relógio...
A beleza é fascinante, pois a natureza emoldura com traços do Criador todo o encantamento do nosso viajante. Os olhos humanos não conseguem captar toda exuberância deste Reino Divino.
Assustado ele se depara com uma imensidão, uma beleza infinita, onde tudo se vê, onde tudo se ouve! Depara-se com os sons da natureza, a sinfonia dos rios, que desperta Tupã, que e o recebe com um grande abraço fraternal.
Tupã, então, apresenta o seu povo, a sua gente! Mulheres guerreiras e trabalhadeiras, crianças que brincam na mata como se estivessem no Jardim do Éden, homens corajosos, que embreavam mata adentro à procura dos alimentos do dia-a-dia. E o que todos eles tinham em comum? Uma ingenuidade e uma pureza que vinham da alma.
Nosso guerreiro então pergunta a Tupã: "Não existe riqueza, não existe conforto, não existe facilidades, como eles mantêm esta felicidade cativante?".
Tupã então responde: "Nossas riquezas, tiramos de nossas terras, onde plantamos, pisamos, vivemos e colhemos os frutos do nosso dia-a-dia. Conforto, temos ao cair da tarde, ao nos depararmos com o pôr do sol, ou num dia de calor quando uma grande árvore da vida, nos oferece sua delicada sombra para repouso e felicidade! Pois tudo o que precisamos, a natureza nos presenteia de bom grado! Falamos com o vento... Entendemos os animais, sabemos quando o tempo de amanha irá nos garantir a doce chuva, que lava as nossas almas. E através de festas e rituais agradecemos constantemente por todas estas dádivas!".
Tupã então finaliza: "Este é o meu povo, a minha gente! O povo que carrega na alma a eterna pureza da criança!".
Nosso sábio percebe que o que encontrava, para sempre esteve no seu reino, e segue o caminho de volta, confiante e com a certeza de ter
revelado os grandes mistérios e segredos da vida!
A revelação
De volta ao ponto de partida, nosso sábio homem, volta sem nenhuma riqueza material, mas com várias questões resolvidas!
Percebe que sua gente guerreira carrega a vontade de viver e de
vencer...Era chegada a hora da alegria vencer a tristeza, das cores emanarem da alma e da vontade de viver em harmonia intensamente, dominando a vida de todos desse lugar...Nosso guerreiro sorri e revela, o que descobriu, ao seu povo: "Estive fora, viajando por todos os Reinos do nosso Mundo, que pareciam, até então, desconhecidos, mas na verdade, esses lugares e essas pessoas fazem parte de nossas vidas...
Ao retornar, encontrei num País, uma Grande Cidade, onde a vida encontra a harmonia na diversidade que é respeitada e
honrada. Nesse reino onde onze milhões de pessoas, se deparam com setenta idiomas, todos falam a mesma língua: a linguagem da alma... Onde todos vivem em paz, com suas crenças e ideais! Todos somos livres, iguais... A fraternidade, aqui, é Universal!
Em nosso Reino, encontramos o passado e o futuro caminhando lado a lado e isto está em nosso presente!
Aqui é onde a força, o poder e a energia se encontram com a diversidade, com a harmonia e com a vida! Onde encontramos o respeito, a dignidade, a alegria. Onde existe a honra e orgulho de sermos e fazermos parte dessa terra, deste chão! Nossa terra é de todas as raças, é de todas as faces, de todos os credos, de todas as cores...
Nosso Reino é o coração de um Gigante que há muito tempo despertou, para mostrar ao mundo a sua grandeza e beleza! E esse Gigante se mostra capaz e inzoneiro, grande e altaneiro, faz de si mesmo um hino à liberdade, faz de seu nome exaltação à força, de suas estrelas, os símbolos de diversas vitórias, das suas cores, orgulho de uma gente, e de sua imagem, a ideologia de uma gente guerreira.
E é aqui, que a viagem se encerra, pois não existem buscas e sim agradecimentos!
É aqui que a viagem se revela, pois não existem povos e sim uma única nação, aqui é São Paulo, um pedaço do Brasil, o grande
celeiro de ideias e paixões... Uma cidade forte, muralha inquebrável, um polo receptor de divisas, local onde a diversidade
vive em harmonia com aqueles que chegam de coração e mente aberta, onde a busca por uma resposta, nada mais é, do que uma vivência à mais no dia- a-dia da cidade mais agitada do Brasil.
Esse Gigante se chama Brasil, e nele é o lugar do nosso Reino, que se chama: São Paulo!
São Paulo de todas as tribos, de todos os povos, de todos os lugares, de todas as artes, de todas as nações!
É com essa São Paulo de alma futurista, que daremos um salto para 2020, para mostrarmos ao mundo, que no coração do nosso
Gigante Brasil, caberá um mundo em harmonia!!!
Pois a força da diversidade traz a harmonia para o nosso crescimento!
E se pra ter diversidade basta viver com alegria, sorria... São Paulo hoje, amanhã e para todo o sempre é e será só harmonia!
Flavio Campello - carnavalesco
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