Hoje acessando o site Galeria do Samba, me deparei com a intrigante notícia de que o "Pavarotti do Samba", o grande intérprete Richahs (foto) foi dispensado do Império Serrano após menos de três meses na Escola da Serrinha.
O cantor é uma das mais marcantes vozes da música popular brasileira e um dos maiores intérpretes da história do Carnaval. Começou a sua carreira em Escolas de Samba no Salgueiro em 1987. Permaneceu na Acadêmia até 1989, onde acabou contemplado com o Estandarte de Ouro de melhor intérprete. De 1990 a 1991, deu vóz a Estácio de Sá em dois de seus maiores desfiles antes do título de 1992, onde simplesmente arrebentou com "Paulicéia Desvairada - 70 Anos de Modernismo". De 1992 a 1994, Richahs esteve no próprio Império Serrano e na Mangueira, onde compôs ao lado do méstre Jamelão, de Sobrinho e Eraldo Caê, um dos mais afinados carros de som de todos os tempos.
Em 1995, Richahs deu início a uma nova e bem sussedida etapa de sua carreira. Esteve por 3 anos a frente da Portela, onde interpretou o maravilhoso "Gosto Que Me Enrosco", que deu a Azul e Branco de Madureira o vice-campeonato em 1995.
Em 1998, transferiu-se a peso de ouro para a União da Ilha do Governador, onde permaneceu até 1999. Dizem que a saída do cantor da Portela para a agremiação insulana, causou um mal estar entre as Escolas que perdura até hoje.
À partir daí, Richahs deixou a linha de frente dos intérpretes do Carnaval carioca. Em 2000, foi contratado pela Tom Maior, agremiação que abriu o Carnaval de São Paulo no desfile dos 500 anos. Em 2001, ainda em São Paulo, cantou pela Leandro de Itaquera em um desfile que revolucionou o Carnaval paulistano em termos de alegoria e fantasias.
Depois disso, Richahs foi a vóz da União de Jacarepaguá nos Grupos de Acesso do Rio de Janeiro durante vários anos.
Em 2010, a volta por cima. O Pavarotti compôs com Luizito e Zé Paulo Sierra o trio apelidado de "Os Três Tenores da Mangueira" na condução do samba "A Mangueira é a Música do Brasil", no desfile que resgatou as tradições mangueirenses.
Logo após o Carnaval daquele ano, alegando problemas particulares, Richahs deixou a Verde e Rosa. Pouco depois foi anunciado como intérprete da Mocidade Independente de Padre Míguel, onde iria formar com Nêgo uma dupla de "peso" na condução do samba "Parabola dos Divinos Semeadores". Entretanto, durante o desfile, Richahs se sentiu maç e não chegou a terminar o trajeto da Sapucaí. Logo após o desfile, foi dispensado jutnamente com Nêgo.
Pelos últimos trabalhos do intérprete, da para notar que sempre acontece alguma coisa que faz com que o mesmo deixe a agremiação onde está. Resta saber se o problema é ele ou com ele.
Fato é que o cantor é dono de uma voz poderosa e que domina a arte de cantar sambas.
Tenho Richahs como um de meus intérpretes favoritos e torço sempre para ve-lo em uma grande agremiação. Este ano mesmo vibrei muito ao ouvir a sua voz entoar o samba da minha Estrela Guia.
Termino essa postagem na toricida para que essa nova despedida não seja um adeus, mas sim um até breve!!!
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