sexta-feira, 30 de março de 2012

Chico Rei do Riso

Esta semana o Brasil ficou mais triste. Chico Anysio (foto), o Rei do riso nos deixou aos 80 anos.

O humor inteligente, contestador e algumas vezes escrachado do Chico é algo que certamente não veremos mais em nossos palcos. Fica a saudade e a homenagem que em vida o Rei do Riso recebeu da Caprichosos de Pilares no Carnaval de 1984.

Vamos recordar:

G.R.E.S. CAPRICHOSOS DE PILARES
CARNAVAL 1984
ENREDO: "A VISITA DA NOBREZA DO RISO À CHICO REI NUM PALCO NEM SEMPRE ILUMINADO"

Sorria, meu povo
Sorria, "Chico Rei" chegou

Nesse palco todo iluminado
Que um dia por pecado
Se apagou
Ô ô ô ô ô ô

E Popó mandou cair na folia
A festa é nossa no reinado da alegria
É cascata, o pacotão
No combate, como bate o coração
Na agonia, com a corda no pescoço
A piada rói o osso
E alegra o meu povão

Salomé, Salomé
Bate um fio pro João
Que dureza não dá pé

Tantas loucuras
Dos ministros, "Os trapalhões"
Brasil, "Brazil", brazuca
É Alice num país de ilusões
Meu sorriso brasileiro
Tempeiro nacional
Do Azambuja trambiqueiro
Do Turuna dando bronca federal
Palmas pro Velho Guerreiro
Que o ano inteiro faz seu Carnaval

Pai, Painho
No Abaitolá
Dando axé
Até o dia clarear

E feliz é o pintor...

Uma imagem vale mais que mil palavras, não é mesmo?!

Olha a carinha do maluco tentando se esconder lá atrás...rs

Análises Carnaval 2012

Chegou ao fim a primeira parte das análises do Carnaval de 2012.

Os desfiles de São Paulo foram grandiosos e coroaram a Mocidade Alegre em sua homenagem ao escritor Jorge Amado como a grande campeã.

Mas a "festa" não para por aí, não!

À partir de segunda-feira (01/04) é o Carnaval do Rio de Janeiro que ganha as páginas do blog.

Agradeço a interação dos amigos via e-mail, twitter, comentários nas páginas do blog e das demais redes sociais. Quero dizer que este espaço é para vocês que assim como eu amam o Carnaval brasileiro.

Continuem sempre interagindo!!!

"Vai clarear, chegou a emoção..."

O momento de maior emoção do Carnaval de 2012 sem dúvida alguma.

Quem assim como eu teve o prazer de conhecer essa pessoa maravilhosa que foi o Marko Antônio da Silva, sabe que o desfile da Tom Maior foi abençoado pelo grande Markinho.


Quando recebemos a triste notícia de que haviamos perdido o eterno presidente da Vermelho e Amarelo, mal poderiamos imaginar que ele havia deixado um enredo pronto para o ocasião.


"Paz na Terra e aos Homens de Boa Vontade" era um clamor pela paz entre os homens. Pregava a igualdade e a fraternidade entre os seres humanos, o clamor à preservação da natureza e ao amor entre os povos.


Desenvolvido pelo meu parceiro Marco Aurélio Ruffin, o enredo ganhou um ar de celestial e desde a comissão de frente a Escola parecia conduzida pelas mãos do Markinho.


O carro abre-alas não era grande como das demais agremiações do Grupo Especial, mas era tocante. Os arcanjos empunhando espadas protegendo o brasão da Escola circundado por pombas brancas eram sublimes. A grande sacada do Ruffin foi exatamente o tamanho das alegorias. A Tom Maior teve problemas para receber a subvenção municipal e teve de tocar grande parte de seu carnaval sem dinheiro e nessa hora uma alegoria compacta faz toda a diferença. Por isso o carnavalesco tem de saber a hora certa de diminuir ou aumentar seus carros alegóricos.


E não parou por aí, o carro da natureza e do caracól foram outros exemplos de que o gigantismo nem sempre é essêncial em um desfile de Escolas de Samba. O único porém fica por conta da iluminação escolhida pelo carnavalesco para o carro do caracól (Cidadânia), que passou desapercebida a luz do dia. O neón com a luz natural desaparece e isso prejudicou o acabamento desse carro que ficou de certa forma exposto. A última alegoria que sintetizava o enredo veio pra emocionar de vez com duas imagens enormes do Markinho bem à frente do carro. Meus olhos marejaram...


As fantasias seguiram o padrão de qualidade Marco Aurélio Ruffin e estavam lindíssimas. Apagou completamente a má impressão deixada nos dois últimos desfiles assinados por ele na Império de Casa Verde.


Nos quesitos de avenida a Tom Maior se destacou. O samba de enredo funcionou maravilhosamente bem e aliada a magnífica voz do intérprete Renê Sobral passou como um dos melhores de 2012 tranqüilamente. A bateria do mestre Carlão novamente foi oa licerce de um grande desfile da Tom. A cada ano que passa parece que essa bateria cresce consideravelmete em qualidade e afinação.


Os meus queridos Jairo e Simone mais uma vez foram perfeitos em sua paresentação. Com a elegâcia de sempre o casal foi soberano na segunda noite de desfiles.


A Tom Maior é uma agremiação que vem se consolidando e a cada ano confirma sua crescente. Para 2013, a equipe comandada pela presidente Luciana Silva permanece para tentar quem sabe o título que o Markinho tanto sonhava. Seria sem dúvida um belo presente para o seu eterno presidente e para a sua comunidade valente que literalmente acompanha a Escola para onde ela for.


Foi a grande surpresa de 2012!!!

"Eu sou da Nação, sou valente e festeiro..."

... Corintiano loucamente apaixonado!!!

É isso aí Nação, Corintiano sem h, esses somos nós.

Muita expectativa cercava o desfile dos Gaviões da Fiel em 2013, e o motivo principal, como não poderia deixar de ser era a homenagem (merecidíssima, diga-se de passagem) ao ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, uma legenda do país e "corintiano loucamente apaixonado", como fazia-lhe referência o samba de enredo.

Pois bem, o desfile não decepcionou, mas também não foi tudo aquilo que esperavamos. Foi mais um daqueles casos de um desfile que não aconteceu na avenida.

A trinca de carnavalescos formada por Delmo de Moraes, Fabio Lima e Igor Carneiro resolveu dar início a história do ex-presidente partindo da Literatura de Cordel. "Verás Que um Filho Fiel Não Foge a Luta - Lula o Retrato de uma Nação) ganhou ares de mágia e encanto nas páginas de um grande românce.

A comissão de frente trouxe gravuras fabulosas inspiradas nos grandes mestres do cordel. As representações da infância sofrida do menino Luis em Garanhuns, da vinda para São Paulo, do periodo como metalurgico e sindicalista em São Bernardo do Campo e a consagração como Presidente da República foram brilhantemente ilustradas em painéis que acompanhavam os 15 integrantes da comissão.

Na sequência, uma belíssima ala de baianas fazendo alusão a mãe de Lula e lembrando a paisagem hárida e seca do sertão nordestino constrastou maravilhosamente com uma ala marcada representando escorpiões, em referência ao signo astral do homenageado.

O carro abre-alas inovou e trouxe na figura do simbolo máximo da agremiação um gavião carcará, um dos expoentes da fauna nordestina. A gigantesca escultura foi toda revestida com plumas confeccionadas em um material flexível o bastante para simular o bater de asas de uma ave nos seus mínimos detalhes. A alegoria em sí, apresentava dois módulos de acoplagem e trazia figuras referentes ao cordel e uma nova menção ao signo do ex-presidente. O simbolo do Corinthians surgiu em meio aos raios do Sol bem à frente do carro.

Daí pra frente houve uma queda na qualidade de algumas peças, mas mesmo assim era um desfile muito à cima dos últimos que a Escola havia feito. Via-se claramente em cada detalhe a marca do trabalho do carnavalesco Delmo de Moraes, que desde os tempos em que era o fiel escudeiro do Roberto Szaniecki, mostrou-se detalhista e exigente no acabamento de alegorias e fantasias. O carro que aludia a Ditadura Militar e a Repressão era belíssimo, com materiais de qulidade e uma pintura de arte suprema. Realmente muito bonito.

As fantasias de um modo geral estavam a contento, mas confeço que ainda sinto saudades do requinte nos figurinos no tempo do Jorge Freitas. Haviam alas muito bem vestidas contrastando com fantasias de gosto um tanto quanto duvidoso. Mas enfim...

O samba de enredo ao meu ver era o melhor que a Escola apresentava desde 2004 e foi muito bem levado pelo veteraníssimo Ernesto Teixeira e sua equipe. A bateria de mestre Pantchinho manteve a média e foi uma das melhores da noite, com destaque para a troca de fantasias ocorrida no recuo, onde os componentes passaram de operários para presidentes da República. Na ocasião, a rainha de bateria Tati Mineratto também trocou de roupa, ou melhor, tirou a roupa, pois passou de uma macacão para uma "mera" pintura corporal. Meu Deus!

O casal de mestre-sala e porta-bandeira dos Gaviões, os meus queridíssimos conterrâneos Dorival e Gislene, ou melhor, Bozó e Gi são um espetáculo à parte. Donos de um estílo clássico, o casal evolui levemente e não perdem o sorriso um só minuto. Como deu para perceber adoro esses dois, né...rs

Na média o desfile dos Gaviões foi muito bom, mas o fato de ser Gaviões da Fiel pesa muito. Algumas notas atribuídas a agremiação mostram claramente que as pessoas ainda a julgam de maneira equivocada por se tratar de uma organizada. Exemplo melhor que o bizarro 8,9 atribuído à Esvola por uma jurada (certamente anti) de evolução não há. Isso sem contar algumas outras notas que são totalmente controversas.

O pior de tudo é que o msmo descaso para com os Gaviões da Fiel não há na hora de se avaliar Mancha Verde e Dragões da Real. Mas claro, nenhuma das duas tem 43 anos de história e 4 títulos conquistados (para o desespero geral).

Colocação à parte, foi um desfile legal.

Os dirigentes da Escola no entanto devem buscar o equilibrio entre os setores e dar oportunidade aos seus componentes de desenvolver um trabalho à longo prazo. Isso parece que irá acontecer. Ernesto Teixeira (este intocável), Bozó e Gi e mestre Pantchinho já tem sua permanência assegurada para 2013. Dúvida ainda fica por conta dos carnavalescos, mas os mesmos possuem o respaldo da diretoria e devem continuar à frente do Carnaval da agremiação. Agora é escolher um enredo forte e tentar retomar uma trajetória de sucesso precocemente interrompida por uma fatalidade em 2004.

"Quem é Vila Maria, levante as mãos..."

Não vou classificar o desfile da Unidos de Vila Maria em 2012 como uma decepção, porém, foi uma apresentação muito, mas muito à baixo do que eu esperava.

Sei também que o grande carnavalesco Chico Spinoza está isento de culpa neste caso, já que quem teve acesso ao seu projeto de carnaval (assim como eu) sabe que ele estava preparando um desfile arrebatador em termos de alegoria e fantasias. A realização do trabalho é que deixou e muito à desejar.

O enredo "A Força Infinita da Criação, Vila Maria Feita a Mão" até dava margem para uma viagem interessante pela jornada criativa das mãos, como tanto o Chiquinho pregava. Mas sabe aqueles desfiles que simplesmente não acontencem na avenida? Pois é, nada aconteceu.

É verdade também que para um enredo que já passou pela avenida algumas vezes (União da Ilha, 1983 e Barroca Zona Sul, 2005) se esperava algo mais claro, o que não aconteceu em alguns momentos. Acho inclusive que a dificuldade em visualizar algumas situações propostas pelo carnavalesco foi o "Calcanhar de Aquiles" da Vila em 2012.

Em termos alegóricos o abre-alas e o carro da Torre de Babel, foram muito superiores aos demais. O acabamento, umas das marcas do Chiquinho foi bem executado, mas ainda assim muito à baixo do que o carnavalesco costuma apresentar nas Escolas por onde passa. As fantasias de ala estavam confusas e de dificílima interpretação. Prova maior disso foram os babalorixás da bateria que mais pareciam caçadores primitivos (urôs). Por outro lado, bem executadas e com materiais sofisticados, comprovando a tal da "estética caprichada" da qual Spinoza tanto vinha se gabando.

Quero destacar a ala das baianas que trouxe em sua saia tecido pastilhado gliterizado e com aplicações exclusivas. No momento em que as baianas giravam podia se notar o brilho diferente que esse tecido proporcionava. Muito legal.

O melhor de tudo foi ver o samba de enredo que era tão criticado pela mídia e nos foruns de Carnaval na internet crescer e passar na noite do dia 18 de fevereiro como um dos melhores do ano. Ponto fraco na parte música é a participação pra lá de apagada do intérprete Nêgo, que foi mero coadjuvante do Fernandinho SP que retornava à agremiação.

A excepcional bateria da Vila que estreava o mestre Zuca ao lado do competentíssimo mestre Mí mais uma vez foi soberba, apresentando-se com uma pegada invejável. É seguramente uma das mais fortes de São Paulo. E sem dúvida nenhuma, aquela que trás a sua frente o melhor time feminino do Carnaval. Este ano, com todo o destaque para a maravilhosa Quitéria Chagas. Faziam parte dessa charmosa corte: Priscila Bonifácio, Monalisa Marques, Flavia Viana, entre outras beldades. Um verdadeiro colírio para os olhos.

Defendendo o pavilhão da Vila, mãe e filho. Rodrigo e Marina formaram pelo terceiro ano consecutivo o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação e a exemplo de 2011 deram um verdadeiro show de elegância apresentando uma dança tradicional e muito bem ensaiada. Gosto muito de ver esse casal bailar.

O presidente Paulo Sergio Ferreira, o Serginho resolveu manter Chico Spinoza à frente do carnaval da agremiação para 2013 e ao meu ver, acertou em cheio. O intérprete Nêgo deu adeus a Vila e inclusive já acertou seu retorno ao Império Serrano no Rio de Janeiro. Até o momento, Fernandinho SP está efetivado no primeiro microfone da agremiação. Mas o sonho continua sendo Carlos Junior. Nas demais posições não haverá mudanças.

"Águia de Ouro eterna paixão..."

Cebolito, Cebolito... se prepara...rs

A Águia de Ouro é uma Escola onde só tenho amigos, assim, é normal que eu tenha muito carinho pela agremiação, porém algumas verdades devem ser ditas.

Quando foi anunciado o enredo "Tropicália o Movimento da Paz e do Amor" pensei: "putz... taí um grande enredo!". Estava super otimista com o desenvolvimento desse carnaval pelo meu amigo Cláudio Cavalcante, o Cebola. O desenvolvimento não me decepcionou, mas alguns fatos foram no mínimo difíceis de digerir.

O começo da apresentação foi animador, com uma comissão de frente bem organizada e uma elemento algórico de muito bom gosto anteviam um abre-alas que sem dúvida alguma é o mais belo da história da Águia de Ouro. Nesse quesito, ponto para o Cebola que ano após ano vem se aperfeiçoando e trabalhando os detalhes que no início tanto lhe faltavam.

Algumas alegorias seguiram o capricho do abre-alas, mas outras como a do Cassino do Chacrinha, por exemplo, estavam mau realizadas e com problemas no acabamento. O carro dos Festivais, que trazia personalidades do porte de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Angela Maria, entre outros, tinha madeira aparente na grande escadaria que tomava todo o carro. Problemas que sem dúvida alguma comprometem o conjunto geral de um desfile.

Nas fantasias uma unidade cromática e de realização mais agradável. Gosto muito da distribuição de cores usada pelo Cebola. Ponto para a Escola.

O samba de enredo, se não era uma grande obra, serviu bem ao tema e embalou o desfile de maneira satisfatória. A interpretação de Serginho do Porto também merece destaque. O cantor que já é figurinha carimbada nos desfiles da Águia desde 2002 imprimiu um andamento muito gostoso ao samba e o "levou" numa boa do início ao fim do desfile.

A bateria do mestre Juca é que vem se mostrando mais tímida nos últimos anos abandonando totalmente as convenções e as coreografias que a consagrou no Carnaval paulistano. Isso talvez tenha se dado devido a algumas notas um tanto quanto controversas atribuídas a ela ao longo dos anos. Um destaque ainda falando em bateria vai para a rainha Valeska Popozuda que surgiu em frente a ala belíssima (quem diria!) de rosa representando uma borboleta.

Para defender o primeiro pavilhão da Escola uma estréia: David Sabiá e Fernanda Love. O jovem casal se saiu muito bem em sua primeira oportunidade à frente da Águia da Pompéia e mostrou que a experiência é obtida apenas com uma sequência de trabalho. Parabéns ao presidente Sidnei Carrioulo que acreditou na dupla.

No geral foi um desfile correto. Na minha modesta opinião, superior ao de 2011 que obteve a 6° colocação. Este ano, a 11° colocação não refletiu o que foi apresentado na avenida, porém, a comunidade da Pompéia não tem muito para reclemar, já que grande parte da comunidade "sambística" de São Paulo queria rebaixa-la no lugar da Pérola. Ao meu ver nem uma nem outra, mas isso não vem ao caso.

Seguindo a sua linha de trabalho, o presidente Sidnei deverá manter a equipe visando aperfeiçoar os quesitos que de alguma forma necessitem de uma reavaliação. Essa tranquilidade que os profissionais do Carnaval tem para trabalharem na Águia de Ouro é a formula do "sucesso" da agremiação que de 1999 para cá esteve no Grupo Especial em treze oportunidades. O carnavalesco Cebola inclusive já me confidenciou que vem trabalhando em cima de uma idéia que pretende levar para a avenida em 2013.

O mais importante é que a comunidade e a diretoria não desanimem pelo resultado, pois sei que muito se esperava desse desfile. Mas em vista do que se transformou o Carnaval de São Paulo, resultado é o que talvez menos importe no momento. Força Pompéia!

"O rufar do tambor vai ecoar..."

As minhas previsões se confirmaram assim que a comissão de frente da Mocidade Alegre se posicionou no portal de entrada do sambódromo na noite do dia 18 de fevereiro.

O enredo "Ojuobá - No Céu, os Olhos do Rei... Na Terra, a Morada dos Milagres... No Coração, um Obá Muito Amado!", pretendia comemorar os 100 anos de nascimento do escritor baiano Jorge Amado através de uma de suas maiores (se não a maior) obra literária: Tenda dos Milagres.

A temática gerava um certo suspense na comunidade sambista em geral por se tratar do primeiro enredo concreto que a dupla Sidnei França e Marcio Gonçalves estava realizando, e assim, não tinhamos idéia de como seria conduzido o trabalho, uma vez que a temática abstrata estava se tornando a marca registrada da Escola e de seus carnavalescos.

Porém, o que se viu foi a afirmação de um trabalho. E que trabalho!!!

Plásticamente a Mocidade talvez só não tenha superado a Rosas de Ouro em 2012, mas dentro de uma proposta que aliava o rústico (primeiros setores) ao luxo (trecho final do desfile) a agremiação se saiu muito bem, com destaque para suas alegorias que cresceram muito em relação aos últimos anos e as esculturas muito bem realizadas pelas equipes de Parintins. Em termos alegóricos, o melhor ano da Mocidade desde essa retomada que a Escola deu à partir de 2003.

A comissão de frente seguiu as suas próprias características e não fez nada muito fora doq ue já vem fazendo nos últimos anos, mas dentro de sua "simplicidade", serviu maravilhosamente bem ao que se propunha.

As fantasias estavam irreprensíveis. As formas, as cores e a realização merecem todo o destaque. Um conjunto realmente "vistoso". Em termo de materiais, nada fora do comum, mas muito bem empregado. Um trabalho de arte que não é habitual nas agremiações hoje em dia.

A apresentação do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Mocidade foi o mais do mesmo de todos os anos. Não consigo ver na Adriana e no Emerson (assim como na Selminha e no Claudinho no Rio) tudo isso que pintam por aí. É um bom casal e ponto. Será que se dançasse por uma Acadêmicos do Tatuapé seria assim tão bem avaliado? Aí é que está.

Em termos de samba enredo, simplesmente brigando com o do Pérola pela "ponta" no quesito. Que samba lindo. Trechos de muita força como "Ouça o clamor do Ojuobá/É força, é trovão, é justiça!" e "No Ylê a sua luz brilhou/A mão de Mãe Senhora o consagrou", engrandecem a obra de tal forma que chega a ser emocionante.

O intérprete Clóvis Pê com a categoria de sempre conduziu essa obra-prima muito bem na avenida. Não é por ser meu amigo, mas sua condução era digna de um Troféu Nota 10. A bateria de mestre Sombra também sobrou. Em alguns ensaios técnicos cheguei a ficar temeroso devido a algumas "atravessadas", mas como dizem, "treino é treino e jogo é jogo" e a bateria do grande Sombra não brinca em serviço.

Dessa forma, o título ficou em boas mãos. Tanto Mocidade quanto Rosas de Ouro mereciam o campeonato, venceu a emoção. Entretanto, os ocorridos na apuração tornaram a Escola da presidente Solange Bichara ainda mais mal vista pelas demais agremiações que a acusam de apostar na frieza em detrimento de um desfile mais solto. Alguns falam inclusive em represália à agremiação nos próximos anos. Um absurdo, pois Carnaval acontece na avenida e a Mocidade Alegre ACONTECEU neste Carnaval.

Como em time que está ganhando não se mexe, toda a equipe de carnaval já está renovada com a Escola para dar continuidade a esse maravilhoso trabalho em 2013. Resta saber até onde essa Mocidade Alegre pode ir, pois em relação a maioria das Escolas de Samba de São Paulo ela já está sobrando. Meritos para Solange e cia.

segunda-feira, 26 de março de 2012

"É nessa onda que a Vila Madalena diz no pé..."

Crime, assalto, roubo, furto...

Essas são apenas algumas palavras que descrevem o absurdo que fizeram com a Pérola Negra neste Carnaval.

Um desfile que seria facilmente top 5 terminar em 13° lugar é algo inexplicácel. Ou melhor, explica-se em mais um dos milhares de jogos de interesse que permeiam a gestão de Paulo Sérgio Ferreira na Liga das Escolas de Samba de São Paulo. E o pior de tudo é que parece que o Edilson Casal, presidente da Escola concorda com o ocorrido que a essa altura do campeonato me cheira a comum acordo. Mas enfim...

"A Pedra Que Canta Também Samba, Itanhaém, Hoje a Pérola é Você" é o enredo desenvolvido pelo grande carnavalesco André Machado e como o nome já diz, pretava homenagem a cidade caiçara de Itanhaém, no litoral paulista.

O desfile da Escola começou mais uma vez com o show da comissão de frente do meu querido amigo friburguense Oyama Queiroz, que a cada ano vem se superando. Não à tôa, Oyama é tri-campeão do Troféu Nota 10 de melhor comissão de frente de São Paulo.

O que dizer então do magnífico carro abre-alas da Escola? Um trabalho de arte barroca que chegava até a ofuscar grandes momentos da rainha do "rococó" Rosa Magalhães. Querubins indigenas se misturavam a jesuítas, caravelas e candelabros que davam um ar de imponência a alegoria que em momento algum parece ter saído do minusculo barracão da Escola localizado no Viaduto Mufarrej. O conjunto alegórico da agremiação mais uma vez (como de costume) foi perfeito, sem altos e baixos. Foi constante, equilibrado e sempre exalando bom gosto.

Nos figurinos o mesmo apuro dos carros, muito requinte e soluções de muito efeito, mostrando mais uma vez que o bom, bonito e barato está na moda.

O samba de enredo da Escola pra mim é o melhor do ano, sendo que letra e melodia se conjugam perfeitamente. É dono de um dos trechos mais marcantes desse Carnaval: "Soca o pilão mantendo a tradição/Perfeição... das belas mulheres de areia/No paraíso encontrei/O abreço cortês e gente festeira". Lindo! A interpretação do "gigante" Douglinhas Aguiar apenas valoriza ainda mais a bela obra dos compositores Mydras, Carlinhos, Regianno, Michel, Bola, Tigrão, Serginho, Guga Mercadante, Marcelo Soares e Tião.

A bateria do mestre Bola mais uma vez foi competente para acompanhar um grande samba de enredo. É um quesito no qual a Escola vem melhroando ano após ano.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira André e Gisa mais uma vez foi brilhante, apresentando um bailado elegante e clássico, como deve ser a apresentação de um casal nota 10.

Como podem perceber, os atributos da Escola a garantiam uma colocação bastante satisfatória, porém o imponderável entrou em cena e condenou a simpática agremiação da Vila Madalena a um rebaixamento vexatório e escandaloso.

O presidenten Edilson Casal no entanto aposta na máxima de que "em time que está ganhando não se mexe", mesmo que o time em questão tenha como melhor resultado a 8° colocação de 2010. André Machado, Douglinhas Aguiar, Oyama Queiroz, mestre Bola e o casal André e Gisa já renovaram seus contratos e seguem rumo ao acesso que seguramente acontecerá, recolocando a Pérola no seu devido lugar em 2014.

Espero que quando retornar a Elite (seu devido lugar) os critérios de julgamento e principalmente os princípios da Liga das Escolas de Samba sejam outros, porque se não, de nada adianta passar linda e maravilhosa como nos últimos 4 anos e estar sempre brigando para não ser rebaixada. Isso sim é desanimador.

E pra encerrar, uma homenagem a comunidade sempre campeã da Vila Madalena:

Vou pra Vila Madalena
Erguer mais alto minha bandeira
Pois quem versa lá não chora
E reclama na hora de ir embora

"Quem é que não te ama nessa passarela..."

A nova caçula do Grupo Especial vinha a alguns anos despontando no Grupo de Acesso como uma das grandes promessas do Carnaval paulistano. Vinha de uma sequência de grandes desfiles e ao meu ver, subiu exatamente quando fez sua apresentação mais fraca.

Com a chegada ao Grupo Especial, muito se esperava em relação a linha de desfile que seria adotada pela agremiação que já havia apresentado enredos muito interessantes como "Renovação... Assim Caminha a Humanidade" e "Bem Vindos a Idade Mídia". Porém, em seu primeiro ano junto a elite do samba paulistano, a Escola optou por um enredo que do meu ponto de vista é fraco.

E as minhas expectativas se confirmaram logo na entrada da Dragões da Real na segunda noite de desfiles no sambódromo do Anhembí.

O enredo "Mãe, Ventre da Vida e Essência do Amor" nada mais era do que um apelo sentimental ao público e aos jurados. Doa a quem doer, a verdade é essa. Não é um enredo, é um tema. Não é conteúdista, é vago. E o pior, não renderia nada que já não tivesse insistentemente passado pelos sambódromos de todo o Brasil.

A comissão de frente com um figurino todo costurado a mão até tinha uma proposta interessante, porém, era falho em execussão e não rendeu nenhum grande momento estético. O abre-alas, pomposo como costumam ser as alegorias do carnavalesco Eduardo Caetano tinha ótimas soluções, como nas decorações dos queijos laterais e na iluminação muito bem dirigida. Achei algumas esculturas ao longo de todo o desfile um tanto quanto desproporcionais, mas nada que desfoque o conjunto alegórico apenas razoável da agremiação.

Nas fantasias das alas um capricho que já vem se caracterizando como marca da Escola, mas alguns figurinos se mostraram confusos e de difícil entendimento. Outros no entanto, eram bem populares. No geral, ficamos no meio termo.

Nos quesitos chamados de avenida, o casal de mestre-sala e porta-bandeira não chegou a saltar na vista, porém, se apresentou corretamente e sem sustos. A bateria de mestre Carlinhos foi correta e a interpretação de Daniel Collete como sempre foi destaque (tanto que foi agraciado com o Troféu Nota 10 do Diário de São Paulo). Já do samba de enredo não se pode dizer o mesmo...

Pode ganhar como melhor samba na enquete do SRZD, pode o Celso Viáfora vir com a história de que é um dos melhores sambas desse Carnaval, pode o povão cantar... mas não me convence. Como diria o mestre Fernando Pamplona, não passa de uma marchinha sem vergonha que tenta empolgar a qualquer custo. E este qualquer custo é o efeito pipoca que ele produz. Pipoca porque parecia até Trio Elétrico em Salvador com o publico pulando feito doido. Não gosto desse samba e acho que o que fez dele tão popular assim é a magistral condução do Daniel que deixa qualquer samba no mínimo audível. Pra mim, Collete é um dos maiores intérpretes de samba enredo do Brasil.

Para uma estréia (ainda mais por tudo que a Dragões sempre prometeu), acho que foi até certo ponto decepcionante. Esperava mais em todos os aspectos. Se compararmos com a estréia da Mancha Verde no Grupo Especial em 2005 (coincidentemente, o carnavalesco na ocasião era o mesmo Eduardo Caetano), a agremiação da torcida palmeirense foi infinitamente superior. Tinha enredo, e que enredo! Tinha um samba que até hoje eu me pego cantarolando com a maior empolgação e o principal: foi um desfile que marcou, pois muitas pessoas falaram dessa apresentação da Mancha durante boa parte daquele ano em São Paulo, coisa que até agora não via contecer com a Dragões da Real. Claro, para uma estréia é algo totalmente compreensível, mas a diretoria da Escola tem de reconhecer as falhas, afinal, a 8° colocação foi totalmente enganosa.

Para 2013 as mudanças serão poucas, porém, devem mexer com a estética da agremiação de forma radical. Eduardo Caetano após 4 carnavais pela Dragões deixou a Escola com sua missão cumprida. Para o seu lugar, chega uma aposta de risco, André Cezari, figurinista carioca e integrante menos badalado da polêmica e controversa comissão de carnaval da Beija-Flor de Nilópolis. Daniel Collete para a alegria da Nação permance frente ao microfone da Escola e o casal Rubens e Lyssandra continua empunhando o pavilhão vermelho preto e branco.

Estou curioso para ver como o André Cezari trabalha, pois na Beija é apenas mais um dos subordinados do Laíla. Espero realmente que a Dragões não se arrependa dessa aposta...

quinta-feira, 22 de março de 2012

"O dia vem anunciar..."

Era simplesmente "o enredo!". A temática escolhida pelo presidente enredista Paulo Serdan não poderia ter sidomais feliz, afinal, as lições do candomblé deveriam ser seguidas por toda a humanidade, pois pregam o amor, a paz, a união e a humildade.

Pois é... eu que várias vezes critiquei a falta desse sentimento tão nobre nos integrantes da Mancha Verde, hoje tiro o chapéu para a Nação palmeirense que em 2012 deu show nesse quesito. Não ví um diretor, torcedor, desfilante, seja lá o que for da Escola reclamando da 4° colocação obtida este ano. Ao contrário, ví inclusive pessoas apontando as falhas e dizendo que era "alí" que teriam que trabalhar para não voltar a errar em 2013. Parabéns Mancha!!!

"Pelas Mãos do Mensageiro do Axé, a Lição de Odú Obará: a Humildade" foi sem sombra de dúvidas o enredo mais bem escriturado deste Carnaval. Escolhido pelo presidente e escrito pelo intérprete Thiago de Xangô, o enredo desenvolveu-se de uma maneira fabulosa. Com o início pautado no Planeta como ele está, um babalorixá (filho de santo) foi atrás de respostas para suas perguntas e encontrou nas lições de Odú Obará o caminho para um futuro melhor.

Só que infelizmente nem só de um bom enredo se vive na Mancha Verde. Ano passado bati nessa tecla e volto a faze-lo este ano. É inadimissível uma agremiação do porte da Mancha por dois anos consecutívos não ter um carnavalesco à frente do trabalho artistico. Fernando Dias e Troy Orh são bons aderecistas, mas jamais carnavalescos. Troy ainda desenha (Fernando Dias nem isso), mas todo o projeto da Mancha é feito pelo Magoo. Quem comanda o barracão e organiza as ações é o Paolo Bianchi. Portanto, Troy foi aquele que estava lá para por a mão na massa. Só isso.

Assim, pudemos presenciar em 2012 as mesmas falhas de 2011. Serdan falou tanto que perdeu o Carnaval de 2010 no quesito alegoria, que iria consertar isso e tal... mas continua tudo na mesma. Aliás, acho que no tempo do Cebola as alegorias da Escola eram muito melhores.

É verdade que o impacto daquele abre-alas com os peixes podres, o esqueleto e uma gigantesca mãe natureza toda desgastada pelas ações do homem é de tal ordem que chega até a disfarçar aparentes problemas de acabamento e realização, mas quem tem um olhar um pouco mais crítico nota isso. Não é nada que comprometesse o belo trabalho de barracão da Escola, mas é algo que deixa a Mancha ainda distante de um título.

As fantasias eram simples, porém, melhor realizadas. Um pouco diferentes dos desenhos que foram expostos no site da agremiação é verdade, mas esse é um fator que na falta de carnavalesco acaba ficando evidente.

Vão falar que estou perseguindo a Mancha, mas não é verdade. Como sou um artista plástico e carnavalesco, ressinto quando uma Escola (ainda mais no Grupo Especial) opta por desprezar essa figura tão importante no Carnaval atual.

Nos quesitos de avenida, a Escola deu show. Samba de enredo belíssimo, bateria afiada e casal de mestre-sala e porta-bandeira a contento. A comissão de frente a meu ver vem sendo um dos pontos fracos da Mancha nos últimos anos (embora as notas queiram provar o contrário), acho as coreográfias da Mirian Justino muito repetitivas. Mas enfim...

No final do desfile a figura do goleiro Marcos foi o ponto alto da Mancha Verde. O ex-jogador que é admirado por todas as torcidas estava ao lado da esposa e da filha bem à frente do segundo abre-alas da Escola. A proposta dessa alegoria aliás era interessante, mas gerou uma senssação de dejavu total. O último carro apesar de quase igual ao abre-alas estava melhor acabado.

Não sabemos o que será da Mancha em 2013. Ou melhor, sabemos algumas coisas. O enredo sobre o jornalista Mario Lago já foi lançado, assim como também sabemos que o mestre Moleza deixou o comando da bateria "Puro Balanço". O intérprete Freddy Vianna permance, bem como o primeiro casal da agremiação, Jéssica e Fabiano. A grande dúvida fica por conta do carnavalesco. Parece que em 2013 haverá um. Já ouvi falar em vários nomes, porém, a agremiação ainda não se posicionou quanto a isso.

É aguardar pra ver.

"Teu filho, oh Mãe África..."

Foi o desfile que mais me surpreendeu em 2012.

Fica evidente que tanto a Escola, quanto o seu carnavalesco, Wagner Santos atingiram em conjunto a maturidade.

Ano passado, fui um dos que mais criticou o vice-campeonato da Escola, pois acho que a mesma fez um desfile sem brilho, aquele que fica no meio da tabela. Já este ano, fiquei inconformado pelo fato da Acadêmicos do Tucuruvi não retornar nas campeãs, pois do meu ponto de vista, fez um dos 3 melhores desfiles de 2012.

O enredo "O Esplendor da África no Reinado da Folia" era uma manifesto pela cultura africana. Um enredo valente (a exemplo do ano passado), altamente político (sem ser partidário) e que rendeu extrapolações fenomenais para o grande Wagner Santos.

Desde a apresentação da comissão de frente me encantei pela mistura de cores e a váriedade de tecidos e aplicações que foram utilizadas pelo carnavalesco. O carro abre-alas então me deixou boqueaberto, uma alegoria grandiosa, muitíssimo bem acabada e com um jogo de iluminação digana de mestres como Renato Lage e Roberto Szaniecki.

As fantasias eram volumosas e muito expressivas. Aliás, o conjunto de fantasias foi o que mais se aproximou do apresentado pela Rosas de Ouro, o melhor do ano.

Outra bela presença foi a do experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira Robinson e Thais Paraguassú, um dos melhores de São Paulo. Além da maravilhosa fantasia, o casal se apresentou como se estivesse flutuando na avenida, o que rendeu calorosos aplausos do público e do julgador do primeiro módulo.

A bateria de mestre Adamastor mais uma vez foi explendida, deu sustentação ao desfile e ousou nas bossas mais complexas da noite. Hoje em dia é complicado comparar as baterias, até porque todas estão niveladas, mas ouso qualificar a bateria do "Zaca" como uma das 5 melhores de São Paulo.

Já o samba de enredo, tão comentado e elogiado na fase pré-carnavalesca simplesmente não aconteceu na avenida. Ao que pese uma estréia, o intérprete Igor Vianna, filho do legendário Ney Vianna e bisneto de Pixinguinha, não conseguiu repetir a boa performance dos últimos anos. Sua condução por mais que fora correta, não passou empolgação. Freddy Vianna fez muita falta.

Outro fato que sempre me chama a tenção nos desfile da Acadêmicos do Tucuruvi é a disposição do presidente Jamil, que sempre vem à frente de sua agremiação passando aquela energia para todo o público presente no sambódromo.

Mas voltando à parte plástica que foi o que realmente me encantou no desfile da Escola, quero destacar o segundo carro do Tucuruvi, onde uma gigantesca árvore em formato de toten trazia a representação de vários animais típicos das savanas africanas. Uma alegoria maravilhosa. Os demais carros estavam muito bonitos, porém, o brilho maior veio deste carro citado.

A comunidade da Cantareira pode se alegrar, pois alguns dias depois do Carnaval, o presidenten Jamil fez questão de anunciar que a equipe que vem colocando a Escola no holl das grandes do Carnaval paulistano permanece para tentar o inédito título em 2013. E olha... de uma coisa eu tenho certeza: Wagner Santos aperfeiçoa o seu traço a cada ano, está chegando a hora do maranhense alcançar o lugar mais alto do podium.

terça-feira, 20 de março de 2012

"É mais que um caso de amor..."

Pelo menos pra mim era o desfile mais agurdado dessa primeira noite de Carnaval.

Mesmo já conhecendo grande parte do projeto, queria ver como o conto de fadas desenvolvido pelo meu amigo e grande mestre Jorge Freitas aconteceria na avenida, afinal, o enredo ainda gerava certa desconfiança por parte do público.

E surpresas não faltaram neste desfile da Sociedade Rosas de Ouro!!!

Logo de cara "O Reino dos Justus" rendeu um fato inusitado: a presidente da agremiação, Angelina Basílio estava soberana na comissão de frente interpretando uma rainha surgida de um livro de contos de fadas. certamente um momento marcante desse Carnaval.

O que dizer então do abre-alas da Escola? Ou melhor dizendo, o que dizer do conjunto aelgórico apresentado pela Escola? Uma alegoria mais linda que a outra. O primeiro carro então era um festival para os olhos. Com todo o apuro que o tema pedia, a alegoria trazia leões guardando um dos principais monumentos da Hungria e soldados empunhando espadas e escudos com a cruz celta, um dos simbolos daquele país. Tudo regado ao mais perfeito acabamento. A pelúcia, marca do trabalho do Jorge mais uma vez esteve presente em meio a aplicações e adereços pra lá de requintados.

As fantasias das alas e dos destaques mantinham o padrão de qualidade apresentado nas alegorias. Destaque para a ala de abertura representando "As Águas do Danúbio", que trouxe mas uma vez a filha do carnavalesco, Taiana Freitas como principal destaque.

O samba de enredo que era duramente criticado pessou bem na voz do intérprete Darlan Alves e a bateria do mestre Tornado mais uma vez deu um show com paradinhas e bossas muito bem realizadas, animando a platéia que a essa altura despertava de vez para o grande espetáculo oferecido pela roseira.

E falando em bateria, o que dizer a respeito da insuperável Ellen Rocche??? A musa apareceu morena para delírio de seus milhares de admiradores (inclusive este que vos fala) representando a beleza da mulher hungara. Se todas as mulheres na Hungria forem como Ellen Rocche compro uma passagem só de ida agora mesmo...rs

O casal de mestre-sala e porta-bandeira Luizinho e Sueli se apresentaram trajando uma bela fantasia e com um bailado tradicional. Merece destaque.

As demais alegorias da Rosas de Ouro mantiveram o padrão de qualidade visto no abre-alas e trouxeram peças de extremo bom gosto. Os carros 2 e 3 traziam castelos, mas com tratamentos totalmente diferenciados, cada um retratando um momento da estória apresentada pela agremiação. O carro 4 falava da chegada da família Justus ao Brasil, com a representação do fundo do mar e um gigantesco bebê sendo coroado (em alusão ao 'menino rei', Roberto Justus). No último carro, o Roberto ao lado de sua esposa, Ticiane Pinheiro mostrou-se emocionado pela homenagem.

De longe, mas de muito longe o melhor desfile de sexta-feira.

"Bixiga é alegria, é 'Bom Brilhar'..."

A grande campeã de 2011 como sempre arrastou a sua gigantesca torcida para o sambódromo do Anhembí, na primeira noite dos desfiles do Carnaval paulistano.

E pelo que se viu nos ensaios técnicos e no disputadíssimo ensaio de rua da Escola, o Vai-Vai mais uma vez pisaria na avenida como a grande favorita ao título. Só que tanto favoritismo parece que fez mal ao pessoal da Bela Vista.

O enredo "Mulheres que Brilham" era extremamente batido, porém, esperava-se um tratamento diferenciado por parte do carnavalesco campeão de 2011, Alexandre Louzada. Só que dividindo-se entre 3 agremiações (Mocidade Independente de Padre Míguel, Unidos do Viradouro e a própria Vai-Vai), Louzada parece ter errado a mão e transformado um dos desfiles mais aguardados do ano em um grande "lugar comum".

A abertura já prenunciava o desfile confuso que seguiria. Os "transformistas" da comissão de frente não empolgaram. Devido a problemas na armação, o grupo que trazia a atriz Adriana Lessa em meio a outros 14 homens travestidos de mulheres do nosso cotidiano passou correndo em frente ao setor A e parou apenas à frente da cabine do primeiro módulo de julgamento para uma breve e acelerada apresentação. Não gostei da proposta.

Na sequência um belo momento: o monumental abre-alas da Escola que representava o Jardim do Eden e o nascimento de Eva, interpretada pela bela Luiza Ambiel. A alegoria que era composta por 4 módulos trazia ainda fontes, cascatas e lindas mulheres banhando-se sem o menor pudor (viva o Carnaval! rs).

As alas do primeiro setor estavam bem vestidas, porém, a evolução se mostrou acelerada devido ao andamento imposto pelo eterno mestre Tadeu à bateria da Vai-Vai, algo que também não me agrada. Alguns detalhes passaram desapercebidos no dia do desfile, mas revendo a apresentação da Escola alguns dias depois, dava para perceber detalhes de muito bom gosto nos figurinos desenhados pela equipe de Alexandre Louzada.

A segunda alegoria era compacta e com um ótimo acabamento, mas o carro seguinte mostrou um desenho simples e uma execussão falha. O bambú quando utilizado em sua forma primitiva deve receber um tratamento muito cuidadoso e parece que este cuidado faltou à equipe de barracão.

O melhor setor do desfile do Vai-Vai levou ao carro onde Cláudia Raia reinou absoluta em meio a um time de mulheres que realmente brilham. Elza Soares, Brunette Fracarolli, Paula Lima, entre outras emprestaram sua beleza e talento para abrilhantar ainda mais a Escola. A alegoria também é digna de todos os elogios, pois o trabalho com tubos aliados a muitos efeitos de iluminação é louvável. Muitíssimo bem executado.

No final uma queda de qualidade estética, mas nada que comprometesse o conjunto.

O samba de enredo é que ao meu ver derrubou a Escola. Já não era nada de extraordinário e com os erros de interpretação de Wander Pires então...

A bateria como sempre acelerada mas competente. O casal de mestre-sala e porta-bandeira Pingo e Paulinha Penteado mantiveram a média e apresentaram-se com elegância e simpatia, arrancando aplausos do julgador do primeiro módulo (apenas dois casais conseguiram isso na primeira noite).

Após a conturbada apuração e o desfile de protesto na noite das campeãs, o presidente Darly Silva, o Neguitão já começou a reformulação em sua equipe de carnaval. Saiu o carnavalesco carioca Alexandre Louzada, chegou o também carioca Cahê Rodrigues, que fará em 2013 sua estreia em São Paulo. O intérprete Wander Pires foi demitido logo após o desfile oficial e nem cantou na sexta das campeãs, sendo substituido na ocasião por um membro do time de apoio. Pelas "bandas" da Bela Vista, comenta-se que Wantuir pode pintar como a nova voz da Escola, mas por enquanto é só especulação mesmo. Nas demais posições, continuam os mesmos nomes.

segunda-feira, 19 de março de 2012

"Sou X-9 guerreira, levanto a bandeira..."

O que acontece com a X-9 Paulistana???

Primeiro escolhe um enredo sem pé nem cabeça. Depois, transforma este mesmo enredo em algo altamente interessante. Aí, escolhe um bom samba de enredo que atende as necessidades da agremiação. Por fim, quando se espera um desfile a altura da tradição da Escola, vem a grande decepção que vimos com a passagem da tricolor da Zona Norte.

A bem da verdade, o desfile da X-9 não foi tão ruim assim. Teve lá os seus bons momentos, mas é evidente que se espera muito mais de uma agremiação com a história que ela têm.

O enredo "Trazendo Para os Braços do Povo o Coração do Brasil, a X-9 Paulistana Desbrava os Setões Dessa Gente Varonil", era uma homenagem aos 20 anos do Rally dos Sertões, mas vendo a necessidade de expandir a temática, os carnavalescos Rodrigo Cadete e Flávio Campello o transformou em uma grande viagem pelo sertão brasileiro. Vale destacar que o Flávio (carnavalesco) é sobrinho do genial Arlindo Rodrigues, porém, parece não ter herdado o bom gosto e o requinte do tio.

O desfile foi aberto aludindo aos modernistas de de 1922, com referencia a Oswald de Andrade e o antropofagismo. Na sequência, o grande carro abre-alas que representava um carro de corrida até gerou um certo impacto, mas as falhas no acabamento comprometeram a alegoria.

Nas fantasias uma melhora significativa em relação aos desfiles anteriores de X-9. Uma regularidade bem bacana demonstrou a maturidade da dupla de carnavalescos que soube como poucos trabalhar com as penas artificiais e a grande mistura de cores e formas que o enredo pedia. Destaque também para os mais diversos tecidos utilizados na confecção das fantasias. Tudo muito harmonioso.

As baianas estavam deslumbrantes!!! As senhoras da Parada Inglesa eram lindas e leves borboletas multicoloridas. Um dos mais belos momentos deste Carnaval.

A segunda alegoria da Escola também merece ser lembrada. Representando a fauna e a flora do sertão brasileiro, o carro trazia uma grande onça pintada, árvores e vários pássaros formando um cenário de beleza típicamente brasileira.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira Renatinho e Fabiola apresentou-se com a classe de sempre. Não à tôa, este casal é um dos mais completos de São Paulo.

A competente bateria da X-9 sob a deireção de mestre Bruxinha, apresentou uma certa variação de ritmo, o que não chegou a comprometer, uma vez que é absolutamente normal se levarmos em conta que a troca na direção (saiu mestre Augusto com mais de 10 anos no comando) gera essa mudança.

O samba de enredo como já disse era um dos bons sambas deste ano, com destaque maior para letra do que melodia. O excepcional intérprete Royce do Cavaco, no entanto, não estava em um de seus melhores dias. Nítidamente rouco, Royce não comprometeu, mas também não pode explorar todo o seu potêncial vocal. Mesmo assim o samba passou bem.

A quarta alegoria, que trazia a representação do bumba-meu-boi estava belíssima, com fitas coloridas e referências às obras dos artesãos nordestinos. Foi a melhor alegoria da Escola.

O último carro voltou a apresentar irregularidades no acabamento e por ser uma alegoria vazada, esses problemas tornaram-se mais aparentes.

Ao final do desfile, ficava a dúvida de em qual grupo a X-9 desfilaria em 2o13. Permaneceu no Especial, mas carece urgentemente de uma reavaliação geral. O presidente Gaspar tem que parar e pensar: "eu ainda posso ajudar a Escola?". Muitos dos componentes da agremiação o culpam pelo momento que a Escola vive e clamam por sua saída. Não acho que a culpa seja só do presidente...

A dupla de carnavalescos está amadurecendo, porém, deve se esmerar um pouco mais nos detalhes. Deveria (e acho que vai) permanecer. Os demais quesitos da Escola estavam a contento este ano e merecem mais uma chance. Royce (este com contrato de 3 anos), mestre Bruxinha e o casal Renatinho e Fabiola tem tudo para permanecerem em seus postos.

O que deve realmente mudar na Escola é a mentalidade de seus dirigentes e componentes, que devem arregaçar as mangas e por a mão na massa para trazer de volta a agremiação que tornou-se um padrão de técnica para o Carnaval paulistano da segunda metade da década de 90 até a primeira metade da última década.

"Refletido no espelho... eu ví..."

Quando os tradicionais tigres despontaram na cabeceira da pista de desfiles, logo via-se que a caçulinha Império de Casa Verde estava diferente. Os bons tempos estavam de volta.

À frente da agremiação, um Roberto Szaniecki todo sorridente e orgulhoso anunciava o grande espetáculo que estava por vir. E olha, quem conhece o Roberto sabe bem que não é qualquer coisa que tira um sorriso do carrancudo polonês.

Logo na comissão de frente o impacto de um grande desfile!!!

O enredo "Na Ótica do Meu Império o Foco é Você" era complexo e poderia render um desfile confuso e sonolento. Porém, não foi o que se viu. A brincadeira dos magos da comissão de frente lembrava as impactantes aberturas da Escola que conquistou o bi-campeonato em 2005 e 2006. O coreógrafo Robson Nascimento (de volta ao seu devido lugar) mostrou quea "pancada" de 2011 foi por ele bem absorvida. A coreografia era simples mas muito bem realizada. Particularmente gostei muito.

Na sequência o belíssimo abre-alas com os tigres de pelúcia. Um carro monumental que trazia ainda acrobatas girando em estruturas metálicas (uma marca do Roberto) e um verdadeiro show de iluminação. Uma alegoria com a cara do Império.

Nos quesitos de desfile a Escola passou bem, com destaque para a bateria do mestre Zóinho, a melhor de São Paulo e para a estreia do casal João Carlos e Laís, que representavam os "Focos de Luz".

As fantasias de ala tinham o apuro do carnavalesco, com ricos detalhes e muitas plumas. Entre os figurinos, vale destacar a simplicidade da ala das crianças, que representaram os óculos de natação. Dava pra ver de longe a carinha de felicidade da criançada em não ter de carregar peso.

O samba enredo é sem duvidas o melhor da história da Escola com uma melodia muito gostosa e um refrão que contagiou o público. Impecável também foi a condução do mesmo pelo excepcional intérprete Carlos Junior, o homem dos 300 ingressos...rs

A segunda alegoria do Império trouxe referência às antigas civilizações, com direito a uma estátua de Zeus gigantesca e uma embarcação chinêsa lindíssima no fundo do carro.

O último carro também é digno de destaque, com esculturas e adereços de muito bom gosto. Nesta alegoria, havia um gigantesco painel aludindo ao espaço sideral que formava uma espécie de "meia-concha" no fundo da alegoria, colaborando para que o carro funcionasse mesmo com um grande cenário.

No geral, foi um grande desfile, prejudicado apenas por ser a segunda Escola a desfilar na noite de sexta-feira. De longe o melhor desfile do Império desde 2007.

No entanto, as mudanças para 2013 já começaram. Roberto Szaniecki voltou para a Acadêmicos do Grande Rio e assim teve que deixar a Escola. Para o seu lugar, o presidente Alexandre Furtado agiu com rapidez e anunciou a chegada de Alexandre Louzada. Nos demais postos não deve haver nenhuma mudança, porém, sabe-se que o intérprete Carlos Junior é um nome que aparece muito forte na pauta da Vai-Vai. Nas próximas semanas devemos ter algumas definições na agremiação.

"É verde e branco o meu amor..."

Uma das mais tradicionais Escolas de Samba do Brasil, a Mocidade Camisa Verde e Branco retornou a Elite do Carnaval paulistano após 3 anos desfilando no Grupo Acesso.

Apresentando-se com o enredo "É o Amor" a Verde e Branco da Barra Funda apostou na união de sua comunidade (um tanto quanto abalada após a prisão do presidente Ribamar de Barros) e na experiência em "abrir os desfiles" do carnavalesco Anselmo Brito.

Apesar de alguns bons momentos, a Escola não deu pinta em momento algum de que havia voltado para ficar. Muito pelo contrário. O espetáculo preparado pelo carnavalesco para a abertura do desfile não funcionou como se imaginava. Os componentes da comissão de frente sofreram com seus costeiros. Alguns dos integrantes inclusive chegaram a perder partes da indumentaria ao longo da pista. O tripé que acompanhava a comissão apresentou péssimo acabamento. Ponto alto no quesito a representação do saudoso Thobias (ex-presidente do Camisa) e de seus pais, fazendo referência ao amor pela agremiação.

O carro abre-alas era maravilhoso. Um dos melhores do ano seguramente. Todo revestido de pelúcia rosa e com dezenas de esculturas de cupidos, a alegoria causou impacto, porém, a única ressalva que fasso é de que o desenho deste carro em muito lembrava o abre-alas da Imperador do Ipiranga de 2010 elaborado pelo mesmo Anselmo Brito. Diferentes na temática, em ambos os casos os abre-alas eram semelhantes nas formas e na colocação de esculturas e destaques.

As alas do Camisa evoluiram de maneira magistral, mostrando que o chão da Escola ainda é o mesmo. O primeiro casal da agremiação (Leonardo Trindade e Joyce) não apresentou nada além do esperado, entretanto, me chamou a atenção por ostentar uma fantasia muito parecida com a do casal Emerson e Cinthia, ano passado na Unidos do Peruche. Fiquei com a pulga atrás da orelha.

Os demais carros alegóricos apresentaram formas batidas e acabamento sofrido (principalmente no que homenageava Oxum). Destaque para a segunda alegoria que representava o Taj Mahal e para o último carro que trazia um grande arlequim em alusão ao amor dos componentes por sua agremiação.

A "Furiosa" dirigida pelo mestre Jayson Ferro sustentou o ritmo durante todo o desfile. Certamente um dos pontos altos da Escola em 2012. O samba enredo nunca foi do meu agrado, mas passou corretamente na voz do rodado Agnaldo Amaral.

Ao final do desfile, a velha guarda do Camisa apresentou-se com uma elegancia poucas vezes vista em um desfile de Escolas de Samba. Realmente maravilhosa e digna de aplausos.

Acredito que o que faltou ao Camisa para permanecer no Grupo Especial foi trazer à tona mais de sua própria essência. Camisa Verde e Branco sempre foi um nome que impos respeito. É madrinha de agremiações do porte de Gaviões da Fiel e Império de Casa Verde. Portanto, merece estar na Elite do samba paulistano. Só que nem só de nome vivem as Escolas de Samba.

A Verde e Branco necessita de um choque de gestão. O presidente Ribamar até tentou, mas errou feio na escolha do seu carnavalesco. Com todo respeito ao Anselmo (que conheço muito bem), enquanto este achar que o gigantismo é a solução para se manter no Grupo Especial, continuará "quebrando a cara" ano após ano.

Para 2013 as mudanças deverão acontecer, porém, ainda não podemos precisar nada. Torço para que assim como Nenê de Vila Matilde e Unidos do Peruche, o Camisa Verde e Branco retome os seus dias de glória, pois é um dos grandes "celeiros" do samba paulistano.

Um olhar sobre o Carnaval 2012

Desde o final de fevereiro venho recebendo inúmeros e-mails e mensagens através das redes sociais, perguntando se a exemplo do ano passado, não postarei no blog as minhas opiniões a respeito dos desfiles do Carnaval de 2012.

Acho que chegou a hora.

À partir de hoje, postarei diáriamente as minhas impressões de duas ou três Escolas de Samba que abrilhantaram o maior espetáculo da terra este ano.

Seguindo a ordem natural, começarei com os desfiles de São Paulo (sexta 17 e sábado 18 de fevereiro).

Não deixem de interagir!!!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Cahê Rodrigues é o novo carnavalesco da Vai-Vai

Após alguns dias de expeculação, eis que a informação é confirmada: Cahê Rodrigues (foto) é o novo carnavalesco da Vai-Vai.

Cahê, que nos últimos 4 anos esteve à frente do Carnaval da Acadêmicos do Grande Rio, chega em São Paulo para substituir outro carioca, Alexandre Louzada, que fora demitido logo após o desfile de 2012.

Por meio de seu facebook, Cahê comentou a sua chegada a Bela Vista e rasgou elogios a maior campeã do Carnaval paulistano. Porém, não descartou uma possível "dobradinha" Rio/São Paulo.

A Escola deve anunciar nos próximos dias seu novo intérprete e o enredo para o Carnaval de 2013.

Prudence será enredo da Tom Maior em 2013

É isso mesmo meus amigos.

A história da marca de preservativos invadirá o Anhembí no Carnaval de 2013.

A Prudence, marca de preservativos da empresa DKT do Brasil será o tema do enredo da Escola de Samba Tom Maior no próximo Carnaval.

Toda a história da empresa, sua atuação social na prevenção das DST's / AIDS, parcerias junto a ONG's e pioneirismo no desenvolvimento de produtos que atendem não só às necessidades, mas também aos desejos dos consumidores que buscam sexo seguro e com prazer, serão representados (sabe-se lá como) no desfile.

"A Prudence está muito feliz e lisonjeada com essa notícia. A homenagem é prova do reconhecimento de todas as ações e investimentos feitos pela marca para o mercado e o consumidos brasileiro", comenta Denise Santos, gerente de marketing da DKT do Brasil.

"Parceiros como esse só engrandecem nossa Escola e todo o Carnaval paulistano, será um prazer realizar este Carnaval", comenta Luciana Silva, presidente da Tom Maior.

O título do enredo ainda não foi definido, mas a parceria já é garantida.

Tirem suas próprias conclusões...

Fonte: Justtv

sábado, 10 de março de 2012

União da Ilha confirma enredo sobre Vinícius de Moraes em 2013

O presidente da Uniçao da Ilha do Governador, Ney Filardis anunciou oficialmente neste sábado que o enredo da Escola para o Carnaval de 2013 será sobre Vinícius de Moraes. O ano marcará o centenário de nascimento do poeta e compositor. O título do enredo será divulgado em breve.

terça-feira, 6 de março de 2012

Carnaval de São Paulo - enredos, renovações e contratações (Carnaval 2013)

Informações oficiais divulgadas pelas Escolas:

Mancha Verde

Enredo: Mário Lago - o Homem do Século XX (título provisório);

Dragões da Real

Intérprete: Daniel Collete;

Acadêmicos do Tucuruvi

Mestre de Bateria: Adamastor;

Carnavalesco: Wagner Santos;

Corte da Bateria: Aberto Concurso;

Águia de Ouro

Mestre de Bateria: Juca;

Rosas de Ouro

Carnavalesco: Jorge Freitas

Fonte: www.ligasp.com.br

Jorge Freitas renova com a Rosas de Ouro

A presidente executiva da Sociedade Rosas de Ouro, Angelina Basílio, renovou o cotnrato do carnavalesco Jorge Freitas (foto) para 2013.

Jorge que está na Azul e Rosa desde 2008, trabalhará novamente exercendo dupla função na agremiação (carnavalesco/diretor de carnaval), no desenvolvimento do Carnaval de 2013.

Em 2012, a Rosas de Ouro levou para a avenida o enredo "O Reino dos Justus", uma homenagem a Hungria e ao publicitário Roberto Justus, filho de hungaros. A Escola conquistou o vice-campeonato.

Atual campeã do Carnaval carioca, Unidos da Tijuca estuda duas possibilidades de enredo

Campeã do Carnaval 2012, a Unidos da Tijuca pode, pelo segundo ano consecutivo, levar à Marquês de Sapucaí um enredo patrocinado. Antes mesmo da conquista do campeonato deste ano, a Escola já estudava duas possibilidades. Com o desfile que homenageou o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, que teve o apoio financeiro do governo de Pernambuco, o carnavalesco Paulo Barros assinou pela primeira vez um espetáculo patrocinado, ganhou o título, o segundo da carreira no Grupo Especial.

- Patrocínio é uma coisa que não me incomoda, embora muita gente pensasse o contrário. Por enquanto, há duas possibilidades de enredo. Um chegou diretamente para a Escola e outra através de mim. Mas, no momento, estou mais peocupado com as minhas férias. Quando voltar vou conversar com o presidente para ver o que será resolvido - revelou o carnavalesco, que embarca na próxima quarta-feira para a Baía Formosa, litoral sul do Rio Grande do Norte, e depois, para Las Vegas, nos Estados Unidos.

Fonte: Tudo de Samba

Luiza Brunet dispensada da Imperatriz Leopoldinense

Depois de brilhar por mais de uma década como rainha de bateria da Imperatriz Lopoldinense, Luiza Brunet (foto) não reinará mais à frente dos ritmistas da Verde e Branco da zona da Lopoldina. A bela foi dispensada da Escola , por conta de uma declaração que teria dado a um jornalista afirmando estar cansada de cumprir todas as obrigações relativas ao posto.

Segundo Wagner Araújo, diretor de carnaval da agremiação, a declaração de Luiza não foi o único motvo.

- Foi um pacote de fatores. Nos preparativos para o desfile deste ano, ela só esteve na quadra uma vez, na escolha do samba de enredo. O contato dela com a bateria só aconteceu nos dois ensaios técnicos na Avenida. A decisão foi tomada na semana passada. Tentamos falar com ela, mas ela some. Não respondeu a e-mail e nem aos telefonemas - revelou o dirigente.

Fonte: Tudo de Samba

Estácio de Sá busca volta por cima sob a batuta de Sylvio Cunha

Após o conturbado desfile de 2012, a Estácio de Sá parece ter se conscientizado de que precisa mergulhar em sua própria essência para retornar a colher os frutos plantados em um dos mais férteis "terreiros" do Carnaval brasileiro.

O "Berço do Samba", como é carinhosamente chamada a agremiação do Morro de São Carlos em referência a primeira Escola de Samba do Brasil, a Deixa Falar, anunciou logo após o desfile deste ano o desligamento do promissor carnavalesco Marcus Ferreira. Boa parte da comunidade (principalmente a comunidade virtual) criticou e isentou o jovem artista de qualquer culpa pelo desastre no Carnaval 2012. É verdade que ele é o menor culpado disso tudo, mas também não dá pra negar que no Marcus não se via o bom e velho estilo "estaciano".

E parece que a diretoria da Vermelho e Branco também entendeu assim. Tanto é que hoje me surpreendi com uma informação que me deixou extremamente feliz: Sylvio Cunha (foto), um dos mais experientes carnavalescos do Brasil pode estar retornando à Escola onde tanto foi feliz ao longo de sua carreira.

Sylvio Cunha é responsável por grandes desfiles ao longo de mais de 30 anos de carreira. Em 1980 na Unidos de Vila Isabel foi o carnavalesco do inesquecível "Sonho de um Sonho", enredo maravilhoso e com um samba igualmente espetácular de autoria do mestre Martinho da Vila, que rendeu a Azul e Branco um belo vice-campeonato. Na própria Estácio de Sá em 1984 (primeiro ano da agremiação com o nome atual), foi o responsável pelo desenvolvimento do enredo "Quem é Você? (Vem de Lá)", reeditado pela Escola em 2006 com assinatura do próprio Sylvio Cunha em parceria com Paulo Barros. Pela Portela, onde elaborou 5 carnavais, foi o autor de clássicos como "Achado Não é Roubado", "É de Ouro e Prata Esse Chão", "Tributo a Vaidade" e "Todo o Azul Que o Azul Tem". Coleciona ainda passagens por Unidos da Tijuca, Império Serrano, Arranco do Engenho de Dentro, entre outras.

Sylvio, mais do que um grande artista plástico é um estudioso e profundo conhecedor do Carnaval carioca em sua mais pura essência.

É também um dos profissionais do Carnaval que melhor conhece a alma da Estácio de Sá. Portanto, é ao meu ver a pessoa mais indicada para recolocar a Escola nos trilhos e devolve-la ao seu devido lugar.

Espero realmente que essa informação seja veridica e que se confirme o mais breve possível, pois com o retorno de um nome tão célebre quanto o de Sylvio Cunha ao holl dos grandes artistas do nosso Carnaval, podemos sonhar com a volta dos bons e velhos tempos, onde um enredo, era de fato um enredo.

É esperar pra ver.

Szaniecki: o retorno

Após a demissão do carnavalesco Cahê Rodrigues da Acadêmicos do Grande Rio, a diretoria da agremiação caxiense não perdeu tempo e "repatriou" Roberto Szaniecki (foto) para a elaboração do Carnaval 2013.

Não é novidade para ninguem que o polonês é mau visto por algumas agremiações tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo, porém, Grande Rio e Império de Casa Verde sempre se mostraram dispostas a investir no trabalho do experiênte carnavalesco que já esteve à frente do Carnaval da tricolor de Duque de Caxias em outras 5 oportunidades (1996, 2005, 2006, 2007 e 2008), conquistando dois vice-campeonatos (2006 e 2007) e outras duas 3° colocações (2005 e 2008).

O que pesa contra Roberto, no entanto, é que nos últimos anos, o artista colecionou trabalhos inacabados. E olha que isso não é nenhuma novidade na carreira de Szaniecki. Em 1996, pela própria Grande Rio, problemas com as chuvas que castigaram a baixada fluminense fizeram com que a Escola entrasse na Sapucaí com algumas alegorias inacabadas, comprometendo um conjunto que tinha tudo para ser impecável.

No entanto, os casos mais "graves" envolvendo o carnavalesco e seus trabalhos inacabados se deram em 2009 pela Mangueira e em 2010 pela Tom Maior. Em ambos os casos, Szaniecki se defendeu em uma entrevista dizendo que realmente não termina um trabalho se os "compromissos" não forem honrados pela diretoria. Para bom entendedor, meia palavra basta, né?!

Quem já teve a oportunidade de conviver com o Roberto sabe se tratar de uma pessoa de gênio difícil. Eu mesmo já pude comprovar isso. Mas ao mesmo tempo em que pese o seu constante mau-humor, Szaniecki é uma pessoa muito bacana e inteligentíssima. No entanto, para realizar um trabalho coerente necessita de um diretor de carnaval 24 horas por dia no seu pé.

Particularmente gosto muito do trabalho do Roberto, principalmente na Império de Casa Verde. Desejo toda a sorte do mundo ao polonês nesse retorno a Caxias e que possa dar continuidade ao trabalho que estava sendo tão bem realizado em sua última passagem pela agremiação.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Novidades no comando da bateria da União da Ilha do Governador

Reforço na bateria da União da Ilha. Em reunião realizada no último sábado, o presidente Ney Filardi convidou o veterano mestre Odilon (foto), ex-Mocidade para ser o coordenador e consultor da bateria da agremiação para o próximo Carnaval.

Mestre Riquinho continua no comando da bateria e o grande mestre Paulão, uma verdadeira legenda do Carnaval da Ilha foi nomeado presidente da ala.

Intitulado pela Escola como o "Trio de Notáveis", Riquinho, Odilon e Paulão serão apresentados a comunidade nesta quarta-feira, durante a festa de comemoração dos 59 anos de fundação da União da Ilha.

domingo, 4 de março de 2012

Origem do cavalo mangalarga marchador é o enredo da Beija-Flor para 2013

A origem do cavalo mangalarga marchador, raça brasileira que surgiu a mais de 200 anos no transporte do ouro em Minas Gerais para a Corte, no Rio de Janeiro, e que hoje é exportada para vários países, será tema do desfile da Beija-Flor de Nilópolis no Carnaval de 2013.


O enredo terá patrocínio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador. Magdi Shaat, presidente da ABCCMM, esteve no Rio durante o Carnaval para a assinatura do contrato com a Beija-Flor e para assistir a passagem da Azul e Branco de Nilópolis pela Marquês de Sapucaí.

sábado, 3 de março de 2012

Recordar é viver: Acadêmicos de Santa Cruz 1984

Enredo: "Acima da Coroa de um Rei, só Deus"
Compositores: Enoque, Netinho, Thiago e Henri

Já é zero hora
Um novo dia se inicia
Ô laro Exu, axé! para seus filhos de fé

Hoje o meu terreiro é na avenida
No asfalto vou montar o meu gongá
Com danças, fetiches e mágias
Que o meu povo contagia
E lindos cantos aos orixás

Auê, auê, auê no rufar dos atabaques
Firmar ponto que eu quero ver

Segura a pemba, a verde e branco é isso aí
Quem é de santo, devagar pra não cair
Que Ogum desceu, ele vem lá de Aruanda
Ele é senhor da guerra, Saravá a sua banda

Xangô e Yansã
Na cangira de umbanda ele é o Rei maior
O seu trono é na pedreira
Xangô nunca vai aló
Oxossi não é feiticeiro, é caçador
Na mata virgem no veloz ele atirou
Salve Oxalá, Deus supremo criador
Com sua luz nosso caminho iluminou

Yemanjá, Yemanjá
No meu jubileu de prata
Trago oferendas para a rainha do mar

Ko si oba kan ofi Olorun

Mario Lago na Mancha Verde

Para a surpresa geral da comunidade sambista de São Paulo, a Mancha Verde, atual 4° colocada do Carnaval paulistano acena com a possibilidade (para alguns o martelo já foi batido) de retratar em seu desfile em 2013 a vida e a obra de Mário Lago (foto).

Mário Lago, que falesceu em 2002 aos 89 anos foi compositor, ator, poeta, radialista e advogado. Entre suas composições mais famosas estão "Ai que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", feitas em parceria com Ataúfo Alves. A marchinha carnavalesca "Auróra", que ficou famosa na voz de Carmem Miranda foi feita em parceria com Roberto Roberti, e "Nada Além" esta em parceria com o maestro Custódio Mesquita e famosa na voz de Orlando Silva.

Lago também atuou em várias novelas, entre elas, "O Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante". Participou de peças de teatro e filmes como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.

Militante do antigo Partido Comunista, foi preso várias vezes. Mesmo assim não abandonou seus ideais e a sua luta por um Brasil melhor.

A idéia de homenagear Mário Lago no Carnaval de São Paulo é boa, porém, o sucesso deste enredo depende do trabalho de um carnavalesco de qualidade, algo que a Escola não tem.

Mário Lago foi enredo da Acadêmicos de Santa Cruz no Carnaval de 2001. O enredo "Mário Lago - Na Rolança do Tempo uma Vida de Histórias" desenvolvido pelo carnavalesco Fernando Alvarez rendeu à Escola a 3° colocação no Grupo de Acesso. Na ocasião, o samba enredo contava com um refrão muito popular: "Vou nas águas desse mar, meu senhor!/Quem pensava em te calar, não calou!"

Como podemos ver, o enredo é altamente conteúdista, o que dá à Escola um vasto leque de opções na abordagem do tema. Resta saber como a vida e a obra do homenageado será transformada em alegorias e fantasias, pois ao meu ver, é exatamente nesses dois quesitos que a Mancha Verde tem pecado nos últimos anos.

Caso o enredo seja realmente confirmado é uma tremenda bola dentro da agremiação que ano a pós ano vem demonstrando seriedade e amadurecimento.

O dia em que as lições de "Odú Obará" forem assimiladas por toda a agremiação e sua torcida, quem sabe chegue o dia da Mancha Verde finalmente gritar "é campeã". Por enquanto ainda é um sonho.

Acadêmicos do Cubango divulga premiados com o troféu Jorge Lafond

A Acadêmicos do Cubango divulgou a relação dos ganhadores do Troféu Jorge Lafond do Carnaval 2012.

Pelo décimo ano consecutívo, a Escola premiará os melhores do Carnaval dos Grupos de Acesso e demais artistas que se destacaram no último Carnaval.

A entrega do troféu acontece na quadra da agremiação no dia 14 de abril, à partir das 21 h. e com entrada franca.

Confira a relação dos agraciados:

Grupo de Acesso

Melhor Escola - Império Serrano;
Melhor Bateria: Acadêmicos da Rocinha;
Melhor Carnavalesco: Severo Luzardo Filho (Império da Tijuca);
Melhor Interpretação: Unidos do Viradouro;
Melhor Samba Enredo: Império Serrano;
Melhor Ala das Baianas: Estácio de Sá;
Galeria de Valha-Guarda: Inocentes de Belford Roxo;
Melhor Mestre-Sala: Peixinho (Império da Tijuca);
Melhor Porta-Bandeira: Alessandra Chagas (Unidos do Viradouro);
Melhor Ala de Passitas: Império da Tijuca;
Melhor Comissão de Frente: Acadêmicos da Rocinha;
Melhor Ala de Crianças: Unidos do Viradouro;
Rainha de Bateria: Isabella Gianazza (Acadêmicos da Rocinha).

Grupo B

Melhor Escola: Caprichosos de Pilares;
Melhor Bateria: Caprichosos de Pilares;
Melhor Carnavalesco: Amauri Santos (Caprichosos de Pilares);
Melhor Interpretação: Caprichosos de Pilares;
Melhor Samba Enredo: Arranco do Engenho de Dentro;
Melhor Ala das Baianas: Tradição;
Galeria de Velha-Guarda: Unidos de Padre Míguel;
Melhor Mestre-Sala: Diego Falcão (Caprichosos de Pilares);
Melhor Porta-Bandeira: Jaqueline Gomes (Caprichosos de Pilares);
Melhor Ala de Passistas: Unidos de Padre Míguel;
Melhor Comissão de Frente: Sereno de Campo Grande;
Melhor Ala de Crianças: União de Jacarepaguá;
Rainha de Bateria: Bianca Salgueiro (Caprichosos de Pilares).

Grupo C

Campeã: Unidos do Jacarezinho

Grupo D

Campeã: Unidos de Lucas

Grupo E

Campeã: Boca de Sirí

Homenagens Especiais

Wantuir de Oliveira;
Corte do Carnaval de Niterói;
Kiko Alves;
G.R.E.S. Mocidade Independente de Inhaúma;
Jornal "O São Gonçalo";
Rádio Arquibancada;
Quitéria Chagas (Musa da Unidos de Vila Isabel);
Elaine Ribeiro (Musa da Unidos do Porto da Pedra);
Vânia Flor (Musa dos Acadêmicos do Salgueiro);
Jéssica Pimentinha (Musa da União da Ilha do Governador).

Ex-União da Ilha, Verônica Lima é a nova porta-bandeira da Grande Rio

A Acadêmicos do Grande Rio, que no início da semana anunciou o desligamento da porta-bandeira Squel, já tem novidades para o posto.

Verônica Lima (foto), que pediu dispensa essa semana da União da Ilha do Governador foi contratada na tarde da última sexta-feira pela agremiação de Duque de Caxias.

Verônica retorna a Grande Rio após passagens por Imperatriz Lopoldinense e União da Ilha.

Na tricolor de Caxias, Verônica formará par com o mestre-sala Luiz Felipe, que foi mantido no cargo após o Carnaval.

Fonte: Galeria do Samba

Shayene Cesário vai estrear no cinema

Shayene Cesário (foto) fará sua estreia no cinema. A bela que já foi Rainha do Carnaval carioca e atualmente é musa da Portela foi convidada para integrar o elenco do filme "A + (A Positivo)", que tem o ator Marcello Novaes no elenco. A modelo viverá uma enfermeira que dedica sua vida a cuidar de pacientes soropositivos em cenas que serão gravadas em um hospital público de Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul, em março.

Ilha dividida entre dois enredos

A poeira do Carnaval ainda nem acentou e as Escolas de Samba já comaçam a pensar em 2013.

A União da Ilha do Governador deve anunciar nos próximos dias o tema de seu desfile para 2013. Segundo o presidente Ney Filardi, além da possibilidade de que o enredo seja sobre o arquiteto Oscar Niemeyer, idéia do próprio dirigente, o carnavalesco Alex de Souza sugeriu uma homenagem, na Marquês de Sapucaí, ao poeta Vinícius de Moraes.

Ambos os temas são batidos, sendo que Vinícius foi enredo do Império Serrano em 2011.

O que acham???