segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Chove, chuva...

Mal começamos o primeiro mês de 2011 e uma velha conhecida já da as caras: a chuva!!!

É nesta época do ano que ela cai com maior intensidade e também com maior constância.

Mas o que tem a ver os dias chuvosos de janeiro com o tema do blog? Eu respondo: tudo!!!

Pois bem, em janeiro, as atividades voltadas ao Carnaval correm a todo o vapor. As Escolas de Samba estão na maior ancia por adiantar o máximo possível os seus trabalhos afim de apresentar ao público e aos jurados um belíssimo desfiles. Mas como em São Paulo nem tudo são flores, as "pobres" agremiações são as que mais sofrem com as águas. Na Terra da Garoa, não existe um complexo como a Cidade do Samba, do Rio de Janeiro, e com isso, cada Escola tem de procurar um local que se adeque a sua estrutura e a sua proposta de trabalho e transforma-lo em seu barracão. Acontece, que em muitos casos a dificuldade em se encontrar esse local é gigantesca. Quando os proprietários descobrem que o aluguel é para um Escola de Samba, praticamente dobram o valor achando que essas entidades "nadam" em dinheiro. Assim, resta a algumas agremiações a ingrata e árdua missão de fazer carnaval em baixo de pontes e viadutos espalhados pelos quatro cantos da cidade de São Paulo.

Nesta época de fortes chuvas e constantes enchentes, às que se "abrigam" embaixo de viadutos são as que mais sofrem. Em janeiro de 2010, por exemplo, Pérola Negra e Imperador do Ipiranga, que produziam seus carnavais em viadutos, perderam muito material após uma enchente. No caso da Imperador, que eu particularmente conheço muito bem, a mesma se encontrava em baixo do viaduto Grande São Paulo, ao lado do rio Tamanduateí. Pois bem, o rio transbordou e inundou o local. Esculturas, adereços e ferramentas de trabalho foram perdidas em meio a fúria das águas. Me lembro perfeitamente da imagem da escultura de um elefante, colocada na quarta alegoria da Escola, ter saído em meio as águas da enchente.

É meus amigos, esse é um problema gravíssimo que o Carnaval de São Paulo sofre. E a tendência, pelo menos nesses primeiros dias de janeiro é de que a máxima se repita. Afinal, estamos no dia 4 e a chuva tem sido insistente.

Mais do que um apelo aos orgãos públicos, faço aqui uma súplica, para que se tenha respeito com as Escolas de Samba e os seus profissionais. Carnaval, diferentemente do que muitos pensam, não acontece só em fevereiro, mas sim, durante o ano todo. Por isso, as condições para o trabalho devem existir.

Espero que realmente a tão falada "Fabrica de Sonhos", a versão paulistana da Cidade do Samba, saia do papel e passe à partir de 2013 a abrigar aquelas que fazem sem sombra de dúvidas, o Maior Espetáculo da Terra!!!



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